31 de outubro de 2007

BOB ESPONJA EDUCADOR

Realmente, a burrice esquerdopata não tem limites mesmo. Não me contive. Fui obrigado a surrupiar do blog cientistasocialnerd.blogspot.com (altamente recomendado) o objeto desta postagem. Vejam a que ponto chegou a "educação" brasileira. Nem o Bob Esponja escapa da ira e insanidade dos nossos espíritos revolucionários, pretensos salvadores da humanidade. Seria trágico, se não fosse excessivamente cômico. Eu tô rachando o bico até agora. A obra abaixo é minha leitura de cabeceira. Vocês acham engraçados Mister Bean, Woody Allen, Caceta e Planeta, Simpsons, Beavis & Butthead, Monty Pyton, Seinfeld.....? Perto de Wilker de Jesus Lira, todos eles me entendiam ou até me fazem chorar. Aliás, a leitura regular e disciplinada desse clássico da sociologia da cultura está sendo um eficaz coadjuvante no tratamento de minha síndrome do pânico. Quando começo a ter um piripaque, tomo logo em mãos meu "O merchandising...". Minha esposa já está percebendo as mudanças. Minha carranquice, meu já célebre mau humor, minha incorrigível incapacidade de ver o lado bom das coisas(embora não seja bem um pessimista resmungão) estão desaparecendo. E a cada leitura descubro mais e mais as potencialidades terapêuticas e pedagógicas dessa impagável monografia de fim de curso apresentada numa faculdade de comunicação lá da terra da peituda Fafá de Belém. Então corri logo que pude às Lojas Americanas e comprei tudo que havia em dvd do Bob Esponja. Assim, iniciei a educação liberal do meu filho, Arthur. Todo santo dia assistimos juntos ao Bob Esponja. O espírito capitalista já está tomando conta do meu amado rebento. Ele todo dia quer ir ao Shopping, não volta de lá senão de táxi, já sabe em quais alas do supermercado encontrar seus objetos de consumo, adora ver prédios sendo construídos (acho que no futuro ele vai enveredar pelo negócio da construção civil). Alimentação? Ah, meu Arthur só come danoninho e alimentos os mais sofisticados, quer dizer, caros. Fralda? Só da Johnson, com as demais ele fica com empolação na virilha. Já comprei até um livro sobre educação para o planejamento econômico ("Filhos inteligentes ficam ricos sozinhos"; aliás se depender do pai Arthur vai viver na penúria e, porra, alguém na minha família tem que ficar rico). Adora brincar com minha carteira, retirando e colocando de novo os cartões de banco. Só não o deixo manusear cédulas por uma questão de pura e simples higiene. Ah, como ele adora o Bob Esponja e odeia aquele mentecapto vagal do Lulla Molusco! E ele nem sabe quem é o presidente da Republica Federativa do Brasil! Mas, convenhamos, filho de peixe peixinho é. O meu herói em quadrinhos sempre foi, e será, Tio Patinhas. Quando criança, ficava puto, angustiado mesmo, quando o nosso pato capitalista perdia um centavo que fosse. E aquele maldito Donald, cuja carne não serve nem para hamburger? Só queria mesmo era dissipar a fortuna, duramente acumulada, do economicamente virtuoso tio. Enfim, depois de "Para Ler o Pato Donald”, de Ariel Dorfman e Armand Mattelart, a biblioteca do perfeito idiota latino americano foi enriquecida (ops!) com o livro que mudou a minha vida para melhor:
O Merchandising Capitalista no Desenho Bob Esponja Wilker de Jesus Lira RESUMO O Desenho animado Bob Esponja apresenta um merchandising do modo de produção capitalista, ou seja, reproduz, na sociedade moderna, o desejo da classe burguesa e tenta doutrinar tanto os filhos dos burgueses quanto os dos trabalhadores à ideologia desse sistema. Para propagandear sua ideologia, a classe dominante utiliza-se de instrumentos como a TV. Em um desenho animado, por exemplo, usa de animais e do fascínio natural que exercem sobre as crianças como maneira de influenciá-las e doutriná-las. Mas esses animais, na verdade, são seres humanos disfarçados para enganá-las, influenciá-las a aceitarem a ideologia capitalista, em que os produtores do desenho injetam valores do capitalismo e reproduzem um mundo onde funcionários trabalham de graça e até pagam para trabalhar. A diferença de classes é apenas um dos elementos do capitalismo presente no desenho. Nele também é exaltada a produção de riquezas e reproduzida a exploração dos trabalhadores e seu reflexo em ganho de mais valia para o patrão. O desenho também mostra como o trabalho é uma mercadoria comprada pelo patrão e como este pode consumi-la da maneira que melhor lhe apraz, fazendo com que seus empregados trabalhem até 24 horas por dia. O amor é confundido com interesses materiais. Não há família e nem parentes. Todos no desenho são amigos e a relação básica é a de produção e troca de valores materiais. Uma relação capitalista com trabalho e salário; com o detalhe de que o trabalho é sempre o máximo e valor do salário nunca é mencionado. Palavras-chave: alienação, Bob Esponja, capitalismo, crianças, ideologia, merchandising, televisão
Para ler todo o texto, clique no título desta postagem.
POST SCRIPTUM: Daqui pra frente, postarei periodicamente uma cuidadosa exegese, capítulo por capítulo, seção por seção, parágrafo por parágrado, a fim de provar que se podem extrair dessa magnífica obra ensinamentos preciosos de como educar seu filho na nobre arte de ganhar dinheiro apenas assistindo epsódios do desenho animado Bob Esponja.

A identidade nacional

Quem somos nós, brasileiros? Uma raça de animais preguiçosos, mendazes, fanfarrões, desonestos e, acima de tudo, ignaros. Aprendeu, Sérgio Buarque de Holanda? Concordam, leitores? Não? Vou ser mais didático e polido: ser brasileiro é ser um grandissíssimo filho-da-puta!

O tempora, o mores

Olavo de Carvalho perdeu emprego na revista Época, onde possuia uma coluna, por insistir num assunto (doutrinação ideológica nas escolas) que, na edição de 20/10/2007, virou matéria de capa. Pergunto: o que os ideólogos de cátedra e de redação estão fazendo com o nosso (inclusive das crianças) culhão?

29 de outubro de 2007

Lynyrd Skynyrd: nem uma Redneck Band nem Peace and Love Fuck off Make Love Not War Hippie Band

The words just flew out of my mouth. I was inside the Theater At Madison Square Garden for the 4th annual Jammy Awards when I issued my not-so-subtle plea. A representative of the Rock and Roll Hall of Fame was approaching the stage and I couldn’t keep the injustice of Lynyrd Skynyrd’s absence from the Hall of Fame to myself any longer. It’s not like the balloting for Cooperstown. Indiscretions and sorted vices cannot thwart an artist’s admittance. In rock and roll, those things are not just accepted, but expected. But just as is the case in the world of sports, enshrinement is not simply a testament to the longevity of one’s career. It serves as permanent evidence of the artist’s impact and a measure of their legacy. Since they became eligible in 1999 Lynyrd Skynyrd has been nominated for admission and has come up short. To some, Skynyrd is just confederate flags and reckless whiskey drinking. To others, they are just the handful of tunes that are still in heavy rotation at almost every classic rock station in this country. For many, Skynyrd’s lasting legacy is “Free Bird,” not only for the song’s gargantuan length, but for its mystique. People scream out for it, albeit sometimes sarcastically, at shows to this day. It has become Southern rock’s answer to “Stairway To Heaven.” But, just as was the case with Led Zeppelin, Skynyrd had a tougher time pleasing critics than it did selling albums. Although the concept for Cameron Crowe’s Almost Famous was initially based on his 1972 interview with the Allman Brothers Band, there are no two bands that he still writes about than Zeppelin and Skynyrd. The former group has its legacy cemented inside and outside of the Hall of Fame museum in Cleveland. Zeppelin will be remembered as the grandfathers of every hard rock genre, while those listen more closely will discover the skill with which they transformed the delta blues. They always resented the critical praise seemingly reserved only for the Rolling Stones, but continue find legions of fans in each coming generation.
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SIMPLE MAN - LYNYRD SKYNYRD

Mais do que Sweet Home Alabama, que foi uma resposta à soberba de Neil Young, ao atacar a honra do honesto e trabalhador homem do sul (Southerners, who loves the Dixie´s Land), acusando-o de, em sua essência, ser um retrógrado e empedernido racista, Simple Man é, para meu gosto, um hino a quem vê na pátria ( o solo comum em cuja lama nos preparamos para purificar o nosso espírito, conspurcado, ao mesmo tempo, pela futilidade da vida moderna e pelo desespero existencial do nihilismo), na família e em Deus os únicos alicerces sobre quais construir uma vida digna e feliz, em harmonia com as mais nobres aspirações da alma humana. (gary rossington - ronnie vanzant) Mama told me when I was young Come sit beside me, my only son And listen closely to what I say. And if you do this It will help you some sunny day. Take your time... dont live too fast, Troubles will come and they will pass. Go find a woman and youll find love, And dont forget son, There is someone up above. (chorus) And be a simple kind of man. Be something you love and understand. Be a simple kind of man. Wont you do this for me son, If you can? Forget your lust for the rich mans gold All that you need is in your soul, And you can do this if you try. All that I want for you my son, Is to be satisfied. (chorus) Boy, dont you worry... youll find yourself. Follow you heart and nothing else. And you can do this if you try. All I want for you my son, Is to be satisfied. (chorus) Mamãe me falou quando era jovem Sente-se ao meu lado, filho único meu E ouça atentamente o que digo E se você assim o fizer Isto o ajudará a ter um dia radiante Ocupe bem seu tempo, não viva tão rapidamente. Dificuldades virão e passarão. Encontre uma mulher e encontrará o amor Lembre-se, filho Há alguém superior lá em cima. REFRÃO [ E seja um tipo simples de homem Seja alguém que você ame e entenda Seja um tipo simples de homem Você não quer fazer isso por mim Se puder? ] Esqueça sua cobiça pelo ouro do homem rico Tudo de que necessita está em sua alma E você pode fazer isso se você tentar Tudo o que eu quero para você, meu filho. É que esteja satisfeito. --REFRÃO Garoto, não se aflija....você encontrará a si mesmo Siga o seu coração e nada mais E você pode fazer isso se você tentar Tudo o que eu quero para você, meu filho. É que esteja satisfeito ---REFRÃO

27 de outubro de 2007

ROCK ARISTOKRÁUTICO OU NÓS, CONSERVADORES, TEMOS O QUE OUVIR

Rockin' the Right The 50 greatest conservative rock songs. By John J. Miller EDITOR’S NOTE: This week on NRO, we’ve been rolling out the first five and now all 50 songs from a list John J. Miller compiled that appears in the June 5 issue of National Review . Here’s a look at #1 and get the whole list—complete with purchasing links—here. On first glance, rock ’n’ roll music isn’t very conservative. It doesn’t fare much better on second or third glance (or listen), either. Neil Young has a new song called “Let’s Impeach the President.” Last year, the Rolling Stones made news with “Sweet Neo Con,” another anti-Bush ditty. For conservatives who enjoy rock, it isn’t hard to agree with the opinion Johnny Cash expressed in “The One on the Right Is on the Left”: “Don’t go mixin’ politics with the folk songs of our land / Just work on harmony and diction / Play your banjo well / And if you have political convictions, keep them to yourself.” In other words: Shut up and sing. Hillsdale’s Comeback 09/10 They Protest Too Much 06/28 Fighting for Freedom 05/08 The Unsung Hero of the Cold War 04/30 The Writing Life 04/26 The Case Against 21 04/19 Editors: Turks on the Border Buckley: Impeach Bush? May: Between Jack Bauer and Dan Abrams McCarthy: Waterboarding and Torture Zalenski: October 28, 2007 Levin: Getting Reagan Right Tamny: Charlie Rangel’s Mixed-Bag Tax Plan Chetwynd: An American Loss Lopez: Aborting Dead-end Debate Hemingway: An Examination of Conscience Cusey: Bella Is Beautiful Kopel: Tricked by UNICEF Swindle: A Trip Downtown Editors: Tightening on Tehran But some rock songs really are conservative — and there are more of them than you might think. Last year, I asked readers of National Review Online to nominate conservative rock songs. Hundreds of suggestions poured in. I’ve sifted through them all, downloaded scores of mp3s, and puzzled over a lot of lyrics. What follows is a list of the 50 greatest conservative rock songs of all time, as determined by me and a few others. The result is of course arbitrary, though we did apply a handful of criteria. What makes a great conservative rock song? The lyrics must convey a conservative idea or sentiment, such as skepticism of government or support for traditional values. And, to be sure, it must be a great rock song. We’re biased in favor of songs that are already popular, but have tossed in a few little-known gems. In several cases, the musicians are outspoken liberals. Others are notorious libertines. For the purposes of this list, however, we don’t hold any of this against them. Finally, it would have been easy to include half a dozen songs by both the Kinks and Rush, but we’ve made an effort to cast a wide net. Who ever said diversity isn’t a conservative principle? So here are NR’s top 50 conservative rock songs of all time. Go ahead and quibble with the rankings, complain about what we put on, and send us outraged letters and e-mails about what we left off. In the end, though, we hope you’ll admit that it’s a pretty cool playlist for your iPod. 1. “Won’t Get Fooled Again,” by The Who. ; buy CD on Amazon.com The conservative movement is full of disillusioned revolutionaries; this could be their theme song, an oath that swears off naïve idealism once and for all. “There’s nothing in the streets / Looks any different to me / And the slogans are replaced, by-the-bye. . . . Meet the new boss / Same as the old boss.” The instantly recognizable synthesizer intro, Pete Townshend’s ringing guitar, Keith Moon’s pounding drums, and Roger Daltrey’s wailing vocals make this one of the most explosive rock anthems ever recorded — the best number by a big band, and a classic for conservatives. 2. “Taxman,” by The Beatles. buy CD on Amazon.com A George Harrison masterpiece with a famous guitar riff (which was actually played by Paul McCartney): “If you drive a car, I’ll tax the street / If you try to sit, I’ll tax your seat / If you get too cold, I’ll tax the heat / If you take a walk, I’ll tax your feet.” The song closes with a humorous jab at death taxes: “Now my advice for those who die / Declare the pennies on your eyes.” 3. “Sympathy for the Devil,” by The Rolling Stones. ; buy CD on Amazon.com Don’t be misled by the title; this song is The Screwtape Letters of rock. The devil is a tempter who leans hard on moral relativism — he will try to make you think that “every cop is a criminal / And all the sinners saints.” What’s more, he is the sinister inspiration for the cruelties of Bolshevism: “I stuck around St. Petersburg / When I saw it was a time for a change / Killed the czar and his ministers / Anastasia screamed in vain.” 4. “Sweet Home Alabama,” by Lynyrd Skynyrd. ; buy CD on Amazon.com A tribute to the region of America that liberals love to loathe, taking a shot at Neil Young’s Canadian arrogance along the way: “A Southern man don’t need him around anyhow.” 5. “Wouldn’t It Be Nice,” by The Beach Boys. ; buy CD on Amazon.com Pro-abstinence and pro-marriage: “Maybe if we think and wish and hope and pray it might come true / Baby then there wouldn’t be a single thing we couldn’t do / We could be married / And then we’d be happy.” 6. “Gloria,” by U2. ; buy CD on Amazon.com Just because a rock song is about faith doesn’t mean that it’s conservative. But what about a rock song that’s about faith and whose chorus is in Latin? That’s beautifully reactionary: “Gloria / In te domine / Gloria / Exultate.” 7. “Revolution,” by The Beatles. buy CD on Amazon.com “You say you want a revolution / Well you know / We all want to change the world . . . Don’t you know you can count me out?” What’s more, Communism isn’t even cool: “If you go carrying pictures of Chairman Mao / You ain’t going to make it with anyone anyhow.” (Someone tell the Che Guevara crowd.) 8. “Bodies,” by The Sex Pistols. ; buy CD on Amazon.com Violent and vulgar, but also a searing anti-abortion anthem by the quintessential punk band: “It’s not an animal / It’s an abortion.” 9. “Don’t Tread on Me,” by Metallica. buy CD on Amazon.com A head-banging tribute to the doctrine of peace through strength, written in response to the first Gulf War: “So be it / Threaten no more / To secure peace is to prepare for war.” 10. “20th Century Man,” by The Kinks. ; buy CD on Amazon.com “You keep all your smart modern writers / Give me William Shakespeare / You keep all your smart modern painters / I’ll take Rembrandt, Titian, da Vinci, and Gainsborough. . . . I was born in a welfare state / Ruled by bureaucracy / Controlled by civil servants / And people dressed in grey / Got no privacy got no liberty / ’Cause the 20th-century people / Took it all away from me.” 11. “The Trees,” by Rush. ; buy CD on Amazon.com Before there was Rush Limbaugh, there was Rush, a Canadian band whose lyrics are often libertarian. What happens in a forest when equal rights become equal outcomes? “The trees are all kept equal / By hatchet, axe, and saw.” 12. “Neighborhood Bully,” by Bob Dylan. ; buy CD on Amazon.com A pro-Israel song released in 1983, two years after the bombing of Iraq’s nuclear reactor, this ironic number could be a theme song for the Bush Doctrine: “He destroyed a bomb factory, nobody was glad / The bombs were meant for him / He was supposed to feel bad / He’s the neighborhood bully.” 13. “My City Was Gone,” by The Pretenders. ; buy CD on Amazon.com Virtually every conservative knows the bass line, which supplies the theme music for Limbaugh’s radio show. But the lyrics also display a Jane Jacobs sensibility against central planning and a conservative’s dissatisfaction with rapid change: “I went back to Ohio / But my pretty countryside / Had been paved down the middle / By a government that had no pride.” 14. “Right Here, Right Now,” by Jesus Jones. buy CD on Amazon.com The words are vague, but they’re also about the fall of Communism and the end of the Cold War: “I was alive and I waited for this. . . . Watching the world wake up from history.” 15. “I Fought the Law,” by The Crickets. ; buy CD on Amazon.com The original law-and-order classic, made famous in 1965 by The Bobby Fuller Four and covered by just about everyone since then. 16. “Get Over It,” by The Eagles. ; buy CD on Amazon.com Against the culture of grievance: “The big, bad world doesn’t owe you a thing.” There’s also this nice line: “I’d like to find your inner child and kick its little ass.” 17. “Stay Together for the Kids,” by Blink 182. ; buy CD on Amazon.com A eulogy for family values by an alt-rock band whose members were raised in a generation without enough of them: “So here’s your holiday / Hope you enjoy it this time / You gave it all away. . . . It’s not right.” 18. “Cult of Personality,” by Living Colour. ; buy CD on Amazon.com A hard-rocking critique of state power, whacking Mussolini, Stalin, and even JFK: “I exploit you, still you love me / I tell you one and one makes three / I’m the cult of personality.” 19. “Kicks,” by Paul Revere and the Raiders. ; buy CD on Amazon.com An anti-drug song that is also anti-utopian: “Well, you think you’re gonna find yourself a little piece of paradise / But it ain’t happened yet, so girl you better think twice.” 20. “Rock the Casbah,” by The Clash. ; buy CD on Amazon.com After 9/11, American radio stations were urged not to play this 1982 song, one of the biggest hits by a seminal punk band, because it was seen as too provocative. Meanwhile, British Forces Broadcasting Service (the radio station for British troops serving in Iraq) has said that this is one of its most requested tunes. 21. “Heroes,” by David Bowie. ; buy CD on Amazon.com A Cold War love song about a man and a woman divided by the Berlin Wall. No moral equivalence here: “I can remember / Standing / By the wall / And the guns / Shot above our heads / And we kissed / As though nothing could fall / And the shame / Was on the other side / Oh we can beat them / For ever and ever.” 22. “Red Barchetta,” by Rush. ; buy CD on Amazon.com In a time of “the Motor Law,” presumably legislated by green extremists, the singer describes family reunion and the thrill of driving a fast car — an act that is his “weekly crime.” 23. “Brick,” by Ben Folds Five. ; buy CD on Amazon.com Written from the perspective of a man who takes his young girlfriend to an abortion clinic, this song describes the emotional scars of “reproductive freedom”: “Now she’s feeling more alone / Than she ever has before. . . . As weeks went by / It showed that she was not fine.” 24. “Der Kommissar,” by After the Fire. buy CD on Amazon.com On the misery of East German life: “Don’t turn around, uh-oh / Der Kommissar’s in town, uh-oh / He’s got the power / And you’re so weak / And your frustration / Will not let you speak.” Also a hit song for Falco, who wrote it. 25. “The Battle of Evermore,” by Led Zeppelin. ; buy CD on Amazon.com The lyrics are straight out of Robert Plant’s Middle Earth period — there are lines about “ring wraiths” and “magic runes” — but for a song released in 1971, it’s hard to miss the Cold War metaphor: “The tyrant’s face is red.” 26. “Capitalism,” by Oingo Boingo. ; buy CD on Amazon.com “There’s nothing wrong with Capitalism / There’s nothing wrong with free enterprise. . . . You’re just a middle class, socialist brat / From a suburban family and you never really had to work.” 27. “Obvious Song,” by Joe Jackson. buy CD on Amazon.com For property rights and economic development, and against liberal hypocrisy: “There was a man in the jungle / Trying to make ends meet / Found himself one day with an axe in his hand / When a voice said ‘Buddy can you spare that tree / We gotta save the world — starting with your land’ / It was a rock ’n’ roll millionaire from the USA / Doing three to the gallon in a big white car / And he sang and he sang ’til he polluted the air / And he blew a lot of smoke from a Cuban cigar.” 28. “Janie’s Got a Gun,” by Aerosmith. ; buy CD on Amazon.com How the right to bear arms can protect women from sexual predators: “What did her daddy do? / It’s Janie’s last I.O.U. / She had to take him down easy / And put a bullet in his brain / She said ’cause nobody believes me / The man was such a sleaze / He ain’t never gonna be the same.” 29. “Rime of the Ancient Mariner,” by Iron Maiden. ; buy CD on Amazon.com A heavy-metal classic inspired by a literary classic. How many other rock songs quote directly from Samuel Taylor Coleridge? 30. “You Can’t Be Too Strong,” by Graham Parker. ; buy CD on Amazon.com Although it’s not explicitly pro-life, this tune describes the horror of abortion with bracing honesty: “Did they tear it out with talons of steel, and give you a shot so that you wouldn’t feel?” 31. “Small Town,” by John Mellencamp. ; buy CD on Amazon.com A Burkean rocker: “No, I cannot forget where it is that I come from / I cannot forget the people who love me.” 32. “Keep Your Hands to Yourself,” by The Georgia Satellites. ; buy CD on Amazon.com An outstanding vocal performance, with lyrics that affirm old-time sexual mores: “She said no huggy, no kissy until I get a wedding vow.” 33. “You Can’t Always Get What You Want,” by The Rolling Stones. ; buy CD on Amazon.com You can “[go] down to the demonstration” and vent your frustration, but you must understand that there’s no such thing as a perfect society — there are merely decent and free ones. 34. “Godzilla,” by Blue öyster Cult. ; buy CD on Amazon.com A 1977 classic about a big green monster — and more: “History shows again and again / How nature points up the folly of men.” 35. “Who’ll Stop the Rain,” by Creedence Clearwater Revival. ; buy CD on Amazon.com Written as an anti–Vietnam War song, this tune nevertheless is pessimistic about activism and takes a dim view of both Communism and liberalism: “Five-year plans and new deals, wrapped in golden chains . . .” 36. “Government Cheese,” by The Rainmakers. buy CD on Amazon.com A protest song against the welfare state by a Kansas City band that deserved more success than it got. The first line: “Give a man a free house and he’ll bust out the windows.” 37. “The Night They Drove Old Dixie Down,” by The Band. ; buy CD on Amazon.com Despite its sins, the American South always has been about more than racism — this song captures its pride and tradition. 38. “I Can’t Drive 55,” by Sammy Hagar. ; buy CD on Amazon.com A rocker’s objection to the nanny state. (See also Hagar’s pro-America song “VOA.”) 39. “Property Line,” by The Marshall Tucker Band. ; buy CD on Amazon.com The secret to happiness, according to these southern-rock heavyweights, is life, liberty, and property: “Well my idea of a good time / Is walkin’ my property line / And knowin’ the mud on my boots is mine.” 40. “Wake Up Little Susie,” by The Everly Brothers. ; buy CD on Amazon.com A smash hit in 1957, back when high-school social pressures were rather different from what they have become: “We fell asleep, our goose is cooked, our reputation is shot.” 41. “The Icicle Melts,” by The Cranberries. ; buy CD on Amazon.com A pro-life tune sung by Irish warbler Dolores O’Riordan: “I don’t know what’s happening to people today / When a child, he was taken away . . . ’Cause nine months is too long.” 42. “Everybody’s a Victim,” by The Proclaimers. ; buy CD on Amazon.com Best known for their smash hit “I’m Gonna Be (500 Miles),” this Scottish band also recorded a catchy song about the problem of suspending moral judgment: “It doesn’t matter what I do / You have to say it’s all right . . . Everybody’s a victim / We’re becoming like the USA.” 43. “Wonderful,” by Everclear. ; buy CD on Amazon.com A child’s take on divorce: “I don’t wanna hear you say / That I will understand someday / No, no, no, no / I don’t wanna hear you say / You both have grown in a different way / No, no, no, no / I don’t wanna meet your friends / And I don’t wanna start over again / I just want my life to be the same / Just like it used to be.” 44. “Two Sisters,” by The Kinks. buy CD on Amazon.com Why the “drudgery of being wed” is more rewarding than bohemian life. 45. “Taxman, Mr. Thief,” by Cheap Trick. ; buy CD on Amazon.com An anti-tax protest song: “You work hard, you went hungry / Now the taxman is out to get you. . . . He hates you, he loves money.” 46. “Wind of Change,” by The Scorpions. ; buy CD on Amazon.com A German hard-rock group’s optimistic power ballad about the end of the Cold War and national reunification: “The world is closing in / Did you ever think / That we could be so close, like brothers / The future’s in the air / I can feel it everywhere / Blowing with the wind of change.” 47. “One,” by Creed. ; buy CD on Amazon.com Against racial preferences: “Society blind by color / Why hold down one to raise another / Discrimination now on both sides / Seeds of hate blossom further.” 48. “Why Don’t You Get a Job,” by The Offspring. ; buy CD on Amazon.com The lyrics aren’t exactly Shakespearean, but they’re refreshingly blunt and they capture a motive force behind welfare reform. 49. “Abortion,” by Kid Rock. buy CD on Amazon.com A plaintive song sung by a man who confronts his unborn child’s abortion: “I know your brothers and your sister and your mother too / Man I wish you could see them too.” 50. “Stand By Your Man,” by Tammy Wynette. ; buy CD on Amazon.com Hillary trashed it — isn’t that enough? If you’re worried that Wynette’s original is too country, then check out the cover version by Motörhead.

25 de outubro de 2007

Comentário, talvez desnecessário, ao artigo "Entre o crime e a mentira" de Olavo de Carvalho

No referido artigo (para lê-lo na íntegra clique no título acima), Olavo de Carvalho apresenta e justifica a tese, tão ignorada quanto em si verdadeira, de que "o racismo é, por inteiro, uma criação da modernidade, das luzes, da mentalidade científica, ateística e revolucionária, e não das tradições religiosas que formam a base da nossa civilização". Nada teria a lhe acrescentar, não fosse a inclusão de Kant entre aquelas cabeças "iluminadas" comprometidas até a medula com a ideologia cientificista e, de certa forma, dedicadas à aniquilação dos valores morais e democráticos sedimentados nos mais anosos costumes dos povos europeus e em nossa longa tradição cristã. Conforme cita Olavo, Kant estava convicto de que “os negros da África, por natureza, não têm sentimentos acima da frivolidade”. Esta frase, se a memória não me falha, encontra-se em Antropologia de um ponto de vista pragmático, obra cujo propósito e cujo locus na filosofia moral de Kant foram examinados por mim num texto postado na seção "Artigos" deste blog. Não é que deseje absolver Kant de tão grave acusação nem destacá-lo da mística revolucionário-progessista do Iluminismo ou mesmo fazê-lo herdeiro solitário da metafísica medieval, resgatada em sua dignidade e preservada em sua essência dentro dos "limites da pura e simples razão". Antes, gostaria apenas de esclarecer a posição do filósofo de Königsberg na história da ciência moderna, o que, espero, me permitirá mostrar o quanto a “filosofia da razão pura” se distancia do ateísmo militante e anti-religioso do positivismo científico. Kant combate a metafísica em nome do inegável progresso científico observado a partir do século XVII, compactuando cegamente com os ideais iluministas e positivistas da época? Resposta: Não. A metafísica, segundo Kant, é um Faktum mesmo decorrente da natural propensão da razão humana a resolver problemas que emanam da sua própria estrutura interna, isto é, a ser arrastada a aporias e seduzida por “perguntas que a razão pura levanta para si mesma” e “que não podem ser respondidas por nenhum uso da razão na experiência nem por princípios daí tomados emprestados” (KrV, B21-22). Só que essa “propensão natural para a metafísica”, isto é, “a própria faculdade pura da razão” impõe também a cogente tarefa crítica de determinar, com certeza apodítica, se, e como, a razão pura pode resolver tais problemas. A tese básica da críticismo kantiano diz que a capacidade heurística da razão pura é finita, mas que esta, todavia, se obriga, por isso mesmo, a “alcançar uma certeza quanto ao saber ou não-saber dos objetos, isto é, ou decidir sobre os objetos de suas perguntas ou sobre a capacidade ou incapacidade da razão julgar algo a respeito deles, portanto, ou ampliar com confiança a nossa razão pura ou impor-lhe limites determinados e seguros” (Op. Cit., B 22). Em outros termos, a razão pura, no que tange aos problemas que ela própria engendra, tem que ou resolvê-los positiva e definitivamente ou provar a sua insolubilidade a partir de princípios verdadeiros a priori, o que equivale, segundo Kant, a se perguntar “como é possível a metafísica como ciência?” (Ibidem). Esta última questão, a filosofia kantiana da razão pura responde da seguinte maneira. Sob o pressuposto do realismo transcendental, isto é, da tese semântica que diz que tempo e espaço são entidades auto-subsistentes e, por conseguinte, que o conceito de objeto em geral tem o mesmo significado e extensão que o conceito de coisa em si, a metafísica é impossível como ciência. Isto explica por que, segundo Kant, na metafísica tradicional, que tomou a lógica como único e exclusivo organon na investigação da natureza, “encontram-se sempre inevitáveis contradições” (Ibidem), cujo efeito mais patente foi a estagnação diante do seguro e vertiginoso avanço que a física sofreu desde os tempos de Galileu e Copérnico. Porém, se se adota o pressuposto do idealismo transcendental, que sustenta que tempo e espaço são meras condições formais da sensibilidade, isto é, de nossa receptividade para os fenômenos, classe de objetos que, junto com as coisas em si, dividem o conceito de objeto em geral, a metafísica nada mais é que uma teoria da exposição desses objetos dos sentidos em conceitos puros do entendimento, isto é, uma teoria das propriedades a priori sem as quais a própria experiência seria impossível. Nessa perspectiva, a metafísica, denominada por Kant filosofia transcendental (em substituição do "soberbo" nome "ontologia"), se restringe a fornecer um cânon material para a investigação da natureza conduzida através de experimentos imaginados segundo leis matemáticas do movimento, isto é, desenhados de acordo com conhecimentos sintéticos a priori e, na medida em que estes são demonstravelmente verdadeiros, em consonância com os princípios metafísicos da construção, na intuição pura, do conceito empírico de matéria, os quais, por sua vez, necessariamente pressupõem a estrutura formal dos fenômenos tal como determinada pelos princípios constitutivos (puros) do entendimento. Assim, doutrina genuinamente científica é, para Kant, um sistema de proposições sintéticas teóricas (acerca da natureza) objetivamente válidas, que só podem ser obtidas com a solução experimental de problemas formulados à luz de princípios matemáticos verdadeiros a priori. Tanto na Crítica da razão pura quanto nos Princípios metafísicos da ciência da natureza, Kant procurou tão-somente fundamentar e explicar, nos quadros de sua lógica transcendental, a maneira de Newton formular e resolver problemas - com o auxílio de construtos imaginários, que pouco ou nada devem ao seu notório interesse por ocultismo, diria Irwing Bernard Cohen - acerca do movimento e das forças necessárias a produzi-lo, mas, em hipótese alguma, fornecer uma justificação, a título de verdades eternas, dos resultados axiomaticamente expostos nos Principia mathematica philosophia naturalis. Qualquer discurso que envolva proposições sintéticas teóricas cuja verdade, ou falsidade, não possa ser decidida dessa maneira, é um discurso sem significação objetiva, portanto, poder-se-ia dizer, puramente ideológico. Mais: que o discurso científico é verdadeiro apenas na medida em que, descrevendo a possibilidade empírica dos fenômenos, isto é, o comportamento possível dos eventos naturais, enuncia leis causais com base nas quais outros eventos da mesma espécie, e ainda assim sob certas condições empíricas matematicamente controladas, podem ser previstos. Fora desse âmbito, por exemplo, utilizado como fundamento explicativo dos fatos propriamente humanos, isto é, dos feitos da liberdade da vontade, o discurso científico se converte numa grande e manifesta falácia, vale dizer, em propaganda ideológica. Se, por um lado, Kant prova que a metafísica realista é irremediavelmente incapacitada, no campo da teoria, de conhecer o que quer que seja acerca de objetos incondicionados, tais como Deus, alma e mundo (entendido como totalidade absoluta dos objetos humanamente concebíveis), por outro, ele subtrai esses objetos da sanha otimista, e muitas vezes messiânica, da moderna ciência matemática e experimental, cujo domínio legítimo - em que ela deve ficar confinada - é o dos objetos condicionados pela nossa humana sensibilidade. À ciência não cabe, sustenta Kant, sequer pensar neles (se caso não forem empregados na formulação de procedimentos heurísticos, de cuja eficácia também não podemos concluir que tais objetos existem), prerrogativa da metafísica, que, como vimos, é “efetiva [wirklich] como propensão natural [ naturlich Anlage] (metaphysica naturais)" e, nesse sentido, supre todas as mais elevadas e sinceras aspirações espirituais do homem. Que a ciência, desde o século XVIII, tenha de fato se orientado segundo essas diretrizes epistemológicas de Kant, são outros quinhentos. Sabemos que não, sobretudo depois da emergência das ditas ciências humanas, que, embora não possuam qualquer autoridade intelectual ou moral para determinar o que o homem deve ou não fazer (a respeito de si mesmo, da sociedade e da natureza), pretendem destronar a metafísica, a religião e toda a cultura clássica do seu devido lugar na história da civilização ocidental, proclamando-se depositárias, quiçá por decreto divino, de uma nova e esotérica racionalidade. O racismo, algo absolutamente desconhecido pelas religiões e pelo pensamento grego e medieval (nisso, pelo menos, Olavo está coberto de razão), é fruto dessa prepotência gnóstica de querer submeter a transcendência ao mesquinho horizonte da prosáica história humana, ou seja, dessa impiedosa têndência dos mortais de buscar conhecer e dominar tudo, generalizando, para este propósito, procedimentos metodológicos que foram eficazes somente num campo muito reduzido da realidade. Sobre a condição humana, o cristianismo e a cultura clássica têm muito mais a dizer de significativo e verdadeiro do que esse arremedo de ciência (tanto no sentido kantiano quanto no sentido mais geral de Aristóteles) praticado pela grande maioria dos antropólogos, historiadores, sociólogos, cientistas políticos, psicólogos e gente como Richard Dawkins e outros picaretas "pós-modernos". Enfim, Kant (assim como Schopenhauer, que, não obstante desaprove a escravidão como a marca indelével da maldade humana, considera os negros intelectualmente inferiores e incapazes de fazer qualquer coisa de relevante, seja na moral e na política, seja na economia e nas ciências) pode até ter dado ocasião à insanidade dessas mentes revolucionárias e anti-clericais, mas nem por isso reza na mesma cartilha dos Enciclopedistas, embrenhando-se numa “guerra cultural” contra o catolicismo e a fé cristã, ou pontifica uma reforma radical da natureza humana, fechando os olhos despudoradamente para o legado cultural dos antigos e prometendo, cinicamente, a instauração do Reino dos Céus aqui na Terra.
Kant, como quase todos os observadores externos, nutriu certa simpatia e até ergueu o cetro da filosofia pela Revolução francesa, mas, apesar do entusiasmo com que ela foi recebida e que, segundo a sua opinião, teve o mérito de revelar publicamente o sentimento moral da espécie humana(despertando o sentimento de respeito pelo direito natural em quem, desinteressadamente, assistia de fora a esse sangrento espetáculo político), foi um intransigente conservador, não deixando de reconhecer os efeitos deletérios, mesmo cruéis, da mentalidade revolucionária quando esta invade a vida cotidiana, dos lares às tavernas, e inocula o veneno da discórdia no coração do povo, o qual, arrebatado pelas Erínias, abandona o Deus da justiça, divide-se em facções e precipita-se fanaticamente contra a ordem estabelecida.
Kant sempre censurou o crime e a mentira!

X-Ray of a Lie e a propaganda esquerdista no mundo

Vídeo X-Ray of a Lie desmascara a peça de propaganda pró-Chavez The Revolution Will Not Be Televised, de Kim Bartley e Donacha O'Briain. Conseguindo superar em desonestidade e cinismo Bowling for Columbine e Fahrenheit 9/11, do gorducho sem-vergonha Michael Moore, The Revolution... destorce, e omite parte dos, fatos ocorridos em 11 de Abril de 2002 na Venezuela, constituindo-se na maior farsa jornalística de todos os tempos. O documentário mentiroso, que correu o mundo e faturou inúmeros prêmios, sustenta que: a) Há, na Venezuela, uma minoria branca e privilegiada que oprime uma maioria pobre afro-descendente b) Chavez foi eleito por essa maioria e luta democraticamente para restituir-lhe a dignidade de cidadãos, frustando, assim, os mesquinhos interesses da elite branca e abastada. c) Em 11 de Abril de 2002, essa elite, com o apoio dos meios privados de comunicação e dos EUA, tentou um golpe de estado contra Chavez, o qual foi deposto, mas, logo depois, retornou ao poder nos braços da imensa maioria do povo venezuelano. X-Ray of a Lie mostra que nada disso é verdade, que, antes de mais nada, milhões de pessoas, pobres e ricas, brancas, negras e mestiças, saíram às ruas de Caracas exigindo a deposição de Chaves, que elas foram vítimas da violência perpetrada pelos partidários do ditador e, hoje, vivem atemorizadas, mas não bovinamente resignadas, como nós, brasileiros, diante da lavagem cerebral que sofremos dos defensores da revolução bolivariana e membros do Fórum de São Paulo.
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24 de outubro de 2007

SÉRIE EU ODEIO MPB - MASSIVE PROLETARIAN BEAT

Capitão Nascimento, socorro! Chico Buarque - Roda Viva Tem dias que a gente se sente Como quem partiu ou morreu A gente estancou de repente Ou foi o mundo então que cresceu A gente quer ter voz ativa No nosso destino mandar Mas eis que chega a roda-viva E carrega o destino pra lá Roda mundo, roda-gigante Roda-moinho, roda pião O tempo rodou num instante Nas voltas do meu coração A gente vai contra a corrente Até não poder resistir Na volta do barco é que sente O quanto deixou de cumprir Faz tempo que a gente cultiva A mais linda roseira que há Mas eis que chega a roda-viva E carrega a roseira pra lá Roda mundo (etc.) A roda da saia, a mulata Não quer mais rodar, não senhor Não posso fazer serenata A roda de samba acabou A gente toma a iniciativa Viola na rua, a cantar Mas eis que chega a roda-viva E carrega a viola pra lá Roda mundo (etc.) O samba, a viola, a roseira Um dia a fogueira queimou Foi tudo ilusão passageira Que a brisa primeira levou No peito a saudade cativa Faz força pro tempo parar Mas eis que chega a roda-viva E carrega a saudade pra lá Roda mundo (etc.)

SÉRIE EU ODEIO MPB - MASSIVE PROLETARIAN BEAT

Uma exegese, feita pelo impagável Adolar Gangorra, do hino infanto-juvenil do guru da geração coca-cola Renato Russo. O falecido Renato Russo era, sem dúvida, um ótimo músico e um excelente letrista. Escreveu verdadeiras obras de arte cheias de originalidade e sentimento. Como artista engajado que era, defendia os pontos de vista nos quais acreditava em suas letras. E por isto mesmo, talvez alguns deles excedam a lógica e o bom senso. Como no caso da música “Eduardo e Monica”, do álbum “Dois” da Legião Urbana, de 1986, onde a figura masculina (Eduardo) é tratada sempre como alienada e inconsciente enquanto a feminina (Monica) é a portadora de uma sabedoria e um estilo de vida evoluidíssimos. Analisemos o que diz a letra. Logo na segunda estrofe, o autor insinua que Eduardo seja preguiçoso e indolente (Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar: Ficou deitado e viu que horas eram) ao mesmo tempo em que tenta dar uma imagem forte e charmosa à Monica (enquanto Monica tomava um conhaque, Noutro canto da cidade, Como eles disseram.). Ora, se esta cena tiver se passado de manhã como é provável, Eduardo só estaria fazendo sua obrigação: acordar. Já, Mônica, revelaria-se uma cachaceira profissional, pois virar um conhaque antes do almoço é só para quem conhece muito bem o ofício. Mais à frente, vemos Russo desenhar injustamente a personalidade de Eduardo de maneira frágil e imatura (Festa estranha, com gente esquisita). Bom, “Festa estranha” significa uma reunião de porra-loucas atrás de qualquer bagulho para poderem fugir da realidade com a desculpa esfarrapada que são contra o sistema. “Gente esquisita” é basicamente, um bando de sujeitinhos que tem o hábito gozado de dar a bunda após cinco minutos de conversa. Também são as garotas mais horrorosas da Via-Láctea. Enfim, esta a tal “festa legal” em que Eduardo estava. O que mais ele podia fazer? Teve que encher a cara para poder suportar aquele pesadelo, como veremos a seguir. Assim temos: (-Eu não estou legal Não agüento mais birita.) Percebe-se que o jovem Eduardo não está familiarizado com a rotina traiçoeira do álcool. É ainda um garoto puro e inocente, com a mente e o corpo sadios. Bem ao contrário de Mônica, uma notória bêbada sem vergonha do underground. Adiante, ficamos conhecendo o momento em que os dois protagonistas se encontraram (E a Monica riu e quis saber um pouco mais sobre o boyzinho que tentava impressionar). Vamos por partes: em “E a Monica riu”, nota-se uma atitude de pseudo-superioridade desumana de Monica para com Eduardo. Ela ri de um bêbado inexperiente! A diante, é bom esclarecer o que o autor preferiu maquiar. Onde se lê “quis saber um pouco mais” leia-se “quis dar para”! É inaceitável tentar passar uma imagem sofisticada da tal Monica. A verdade é que ela se sentiu bastante atraída pelo “boyzinho que tentava impressionar”! Há um certo preconceito em se referir ao singelo Eduardo como “boyzinho”. Não é verdade. Caso fosse realmente um playboy, ele não teria ido se encontrar com Monica de bicicleta, como consta na quarta estrofe (Se encontraram então no parque da cidade. A Monica de moto e o Eduardo de camelo.) Se alguém aí age como boy, esta seria Monica, que vai ao encontro pilotando uma ameaçadora motocicleta. Como é sabido, aos dezesseis anos (Ela era de Leão e ele tinha dezesseis.) todo boyzinho já costuma roubar o carro do pai, principalmente para impressionar uma maria-gasolina como Monica. E tem mais: se Eduardo fosse mesmo um playboy, teria penetrado com sua galera na tal festa, quebraria tudo e ia encher de porrada o esquisitão mais fraquinho de todos na frente de todo mundo, valeu? Na ocasião de seu primeiro encontro, vemos Monica impor suas preferências, uma constante durante toda a letra, em oposição a humilde proposta do afável Eduardo (O Eduardo sugeriu uma lanchonete Mas a Monica queria ver o filme do Godard.). Atitude esta, nada democrática para quem se julga uma liberal. Na verdade, Monica é o que convencionou chamar de P.l.M.B.A. (Pseudo lntelectual Metida à Besta Associado, ou seja, intelectuerdas, alternativos e esquisitões vestidos de preto em geral), que acham todo filme americano é ruim e o que é bom mesmo é filme europeu, de preferência francês, preto e branco, arrastado pra caralho, e com bastantes cenas de baitolagem. Em seguida, Russo utiliza o eufemismo “menina” para se referir suavemente à Monica. (O Eduardo achou estranho e melhor não comentar Mas a menina tinha tinta no cabelo.). Menina? Pudim de cachaça seria mais adequado. À pouco vimos Monica virar um Dreher na goela logo no café da manhã e ele ainda a chama de menina? Além disto, se Monica pinta o cabelo é porque é uma balzaca querendo fisgar um garotão viril ou porque é uma baranga safada impregnada de luxúria. O autor insiste em retratar Monica como uma gênia sem par (Ela fazia Medicina e falava alemão) e Eduardo como um idiota retardado (E ele ainda nas aulinhas de inglês.). Note a comparação de intelecto entre o casal: ela domina o idioma germânico, sabidamente de difícil aprendizado, já tendo superado o vestibular altamente concorrido para medicina. Ele, miseravelmente, tem que tomar aulas para poder balbuciar “iéis”, “nou” e “mai neime is Eduardo”! Incomoda a forma como são usadas as palavras “ainda” e “aulinhas”, para refletir idéias de atraso intelectual e coisa sem valor, respectivamente. Coitado do Eduardo, é um jumento mesmo… Na seqüência, ficamos a par das opções culturais dos dois (Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus, De Van Gogh e dos Mutantes, De Caetano e de Rimbaud). Temos nesta lista um desfile de ícones dos P.l.M.B.A.s, muito usados por quem acha que pertence a uma falsa elite cultural. Por exemplo, é tamanha uma pretensa intimidade com o poeta Manuel de Souza Carneiro Bandeira Filho, que usou-se a expressão “do Bandeira”. Francamente, “Bandeira” é aquele juiz que fica apitando impedimento na lateral do campo. A saber: o sujeito mais normal dessa moçada aí, cortou a orelha fora por causa de uma sirigaita qualquer. Já viu o nível, né? Só porra-louca de primeira. Mais uma vez insinua-se que Eduardo seja um imbecil acéfalo (E o Eduardo gostava de novela) e crianção (e jogava futebol de botão com seu avô.). A bem da verdade, Eduardo é um exemplo. Que adolescente de hoje costuma dar atenção a um idoso? Ele poderia estar jogando videogame com garotos de sua idade ou tentando espiar a empregada tomar banho pelo buraco da fechadura, mas não. Preferia a companhia do avô em um prosaico jogo de botões! É de tocar o coração! E como esse gesto magnânimo foi usado na letra? Foi só para passar a imagem de Eduardo como um paspalho energúmeno. É óbvio, para o autor, o homem não sabe de nada. Mulher, sim, é maturidade pura! Continuando, temos (Ela falava coisas sobre o Planalto Central, Também magia e meditação.). Falava merda, isto sim! Nesses assuntos esotéricos é onde se escondem os maiores picaretas do mundo. Qualquer chimpanzé lobotomizado pode grunhir qualquer absurdo que ninguém vai contestar. Por que? Porque não se pode provar absolutamente nada. Vale tudo! É o samba do crioulo doido. E quem foi cair nessa conversa mole jogada por Monica? Eduardo, é claro, o bem intencionado de plantão. E ainda temos mais um achincalhe ao garoto (E o Eduardo ainda estava no esquema “escola-cinema-clube-televisão”.). O que o sr. Russo queria? Que o esquema fosse “bar da esquina - terreiro de macumba - roda de capoeira - delegacia” ? E qual é o problema de se ir a escola, caralho? Em seguida, já se nota que Eduardo está dominado pela cultura imposta por Mônica (Eduardo e Monica fizeram natação, fotografia, Teatro e artesanato e foram viajar.). Por ordem: 1) Teatro e artesanato não costumam pagar muito imposto. 2) Teatro e artesanato não são lá as coisas mais úteis do mundo. 3) Natação e fotografia? Porque os dois não foram estudar para o concurso do Banco do Brasil? Vagabundos… Agora temos os versos mais cretinos de toda a letra (a Monica explicava p’ro Eduardo Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar:). Mais uma vez, aquela lengalenga esotérica que não leva a lugar nenhum. Vejamos: a Monica trabalha na previsão do tempo? Não. Monica é geóloga? Não. Monica é professora de química? Não. Monica é alguma aviadora? Também não. Então o que diabos uma motoqueira transviada pode ensinar sobre céu, terra, água e mar que uma muriçoca não saiba? Novamente, Eduardo é tratado como um debilóide pueril capaz de comprar alegremente a torre Eiffel, após ser convencido deste grande negócio pelo caô mais furado do mundo. Santa inocência… Ainda em, (Ele aprendeu a beber,), não precisa ser muito esperto para sacar com quem… é claro, com Monica, a campeã do alambique! Eduardo poderia ter aprendido coisas mais úteis como o código Morse ou as capitais da Europa, mas não. Acharam melhor ensinar para o rapaz como encher a cara de pinga. Muito bem, Monica! Grande contribuição! Depois temos (deixou o cabelo crescer). Pobre Eduardo! Àquela altura, estava crente que deixar crescer o cabelo o diferenciaria dos outros na sociedade. lsso sim é que é ativismo pessoal. Já dá pra ver aí o estrago causado por Monica na cabeça do iludido Eduardo. Sempre à frente em tudo, Monica se forma quando Eduardo, o eterno micróbio, consegue entrar na universidade (E ela se formou no mesmo mês Em que ele passou no vestibular.). Por esse ritmo, quando Eduardo conseguir o diploma, Monica deverá estar ganhando o seu oitavo prêmio Nobel. Outra prova da parcialidade do autor está em (porque o filhinho do Eduardo ‘tá de recuperação.). É interessante notar que é o filho do Eduardo e não de Monica, que ficou de segunda época. Em suma, puxou ao pai e é burro que nem uma porta. O que realmente impressiona nesta letra é a presença constante de um sexismo estereotipado. O homem é retratado como sendo um simplório alienado que só é salvo de uma vida medíocre e previsível graças a uma mulher naturalmente evoluída e oriunda de uma cultura alternativa redentora. Nesta visão está incutida a idéia absurda de que o feminino é superior e o masculino, inferior. É sabido que em todas culturas e povos existentes, o homem sempre oprimiu a mulher. Porém isso não significa, em hipótese alguma, que estas sejam superiores do que os homens. São apenas diferentes. Se desde o começo dos tempos o sexo feminino fosse o dominador e o masculino o subjugado, vários erros também teriam sido cometidos de uma maneira ou de outra. Por que ? Ora, por que tanto homens, mulheres e colunistas sociais fazem parte da famigerada raça humana. E, como se sabe muito bem, é aí que sempre morou o perigo. Não importa quem seja: Monica ou Eduardo! Adolar Gangorra tem 71 anos, é editor do periódico humorístico Os Reis da Gambiarra e não perde um show sequer dos “The Fevers” e do “Benito de Paula Cover”.

SÉRIE EU ODEIO MPB - MASSIVE PROLETARIAN BEAT

Esta pode servir de trilha sonora ao regime de cotas na Universidade, neste caso, para sambista vagabundo Martinho da Vila - O Pequeno Burguês Felicidade, passei no vestibular Mas a faculdade é particular Particular, ela é particular Particular, ela é particular Livros tão caros tantas taxas pra pagar Meu dinheiro muito raro, Alguém teve que emprestar O meu dinheiro, alguém teve que emprestar O meu dinheiro, alguém teve que emprestar Morei no subúrbio, andei de trem atrasado Do trabalho ia pra aula, sem Jantar e bem cansado Mas lá em casa à meia-noite tinha Sempre a me esperar Um punhado de problemas e criança pra criar Para criar, só criança pra criar Para criar, só criança pra criar Mas felizmente eu consegui me formar Mas da minha formatura, não cheguei participar Faltou dinheiro pra beca e também pro meu anel Nem o diretor careca entregou o meu papel O meu papel, meu canudo de papel O meu papel, meu canudo de papel E depois de tantos anos, Só decepções, desenganos Dizem que sou um burguês muito privilegiado Mas burgueses são vocês Eu não passo de um pobre-coitado E quem quiser ser como eu, Vai ter é que penar um bocado Um bom bocado, vai penar um bom bocado,

23 de outubro de 2007

Rock ´n´ Roll Forever

O maldito esquerdismo tentou minar por dentro o rock, forçando-o a sair de si e a rodopiar no vazio sob a batuta de Dioniso, o sistema capitalista apenas lhe fixou os limites para além dos quais o rock deixava de ser o que de fato sempre foi: uma música de qualidade razoável que, para o "espanto" do esnobismo intelectual, deu sangue novo à música popular, inclusive aproximando-a da música de conservatório. O preço da hybris rockeira foi, sei lá, aquele conjuntinho escroto chamado, rídiculo!, Sex Pistols, e todo o modismo sonoro que veio a reboque (com aquele messianismo de pop star, como o intragável Bono Vox e sua consecratio tertii mundi). O Capitalismo obrigou alguns rockeiros revoltadinhos a aprender fazer e ouvir boa música, a ideologia comunista simplesmente estragou definitivamente o minguado senso estético dos demais (os espiritos de porco) e lhes impôs seu imperativo categórico: quanto pior, melhor.

Long live rock´n´roll

A história do rock desde a década de 60 é uma parte significativa da história da ocupação gramsciana da cultura pop, cujo enredo foi genialmente resumido por Frank Zappa: "Na década de 60, queríamos mudar o mundo; nos anos 70, descobrimos que isso era impossível;desde então, resolvemos ganhar dinheiro". Ou seja, o experimentalismo e a abertura da música rock para outros gêneros, inclusive a música erudita, resultaram no que hoje é, com justa razão, reverenciado como "classic rock" (hard rock, psicodelia, progressive rock, krautrock, folk rock, art rock, fusion etc.), dividindo os nossos heróis da guitarra em, de um lado, músicos altamente competentes e devotados à criação e, de outro, em uns velhinhos mal resolvidos que ainda pensam ralizar o sonho de uma sociedade pacífica regada a "sexo, drogas e rock´n´roll" . Estamos realmente no momento propício à apreciação estética dessa vertente da música contemporânea, porque, naquele período, tudo estava obnubilado pelas drogas, pelo sexo livre e inconsequente, pela libertinagem, pelo ataque covarde à família, ao conforto da vida burguesa e á religião cristã, consequentemente, pelo rompimento radical com valores mais caros à civilização ocidental, enfim, por tudo aquilo que fazia corar a face dos pais e aumentar a adrenalina dos filhos. Tanto é verdade, que a maioria dos grupos famosos daquela época, como Led Zepelin, Black Sabbath, Jethro Tull, Deep Purple, Pink Floyd, Rush, Gentle Giant e uma infinidade de outros, foram completamente diluídos pelo show business (com algumas raríssimas e honrosas excessões), transformando-se numa pasta insossa, indiscernível no amálgama indigesto da música pop, sendo que o rock atual não diz mais nada em termos estritamente artísticos, se, porventura, não retornar ás "raízes". Disso tudo, sobrou o rock como "atitute juvenil", "expressão da rebeldia", "desconforto adolescente" etc, o que também o bom e velho "espírito do capitalismo" tratou logo de por em seu devido lugar, do qual as drogas, infelizmente, emergiram como a menina dos olhos de ouro do crime organizado. Está provado: rock, sobretudo o bom rock, é coisa de gente velha, que ouve esse tipo de música com as mesmas expectativas e critérios que ouve um Bach, um Pachelbel, um Dvojak etc, mas que, ao mesmo tempo, se purga da insasatez da juventude, guardando no coração apenas a ingênua, porém, de certa forma, edificante, imagem de um futuro promissor. O entusiasmo hiponga como agente da contra-cultura está morto e enterrado. Viva a indústria fonográfica, vivam os avançaos tecnológicos, viva a reprodutibilidade técnica da beleza, pois o que é bom só se eterniza no passado, como parte de uma tradição, recente que seja, da qual o tempo expurga os dejetos. It´s only rock´n´roll ( but i like it).

18 de outubro de 2007

A CAPES NÃO RECOMENDA O MESTRADO EM FILOSOFIA DA UFPE: Nota 2 para a proposta de visão filosófica engajada (para além da hipocrisia)

Reproduzi neste blog o artigo do Reinaldo Azevedo sobre os absurdos contidos na prova do último "extra-vestibular" para o curso de filosofia da UFPE, sob o irônico título "A revolussão curtural do menistro Intelék Thualy Hadad a nível de velstibulá"(http://aristokraut.blogspot.com/2007/09/revolusso-curtural-do-menistro-ret.html).
Neste artigo, que revelou o grau de indigência da educação brasileira e deve ter causado algum estrago no bunker dos defensores de um "ensino universitário público, gratuito e de qualidade, o articulista da Veja apresenta e comenta 3 estapafúrdias questões dessa prova, que não se presta nem à seleção de antas acéfalas para o cargo de palhaço assistente do Circo de Moscou. Além de crassos erros sintáticos e de grafia bem como de atribuição incorreta de obra a autor, em uma delas há uma nítida tentativa de sondagem e cooptação ideológicas, o que reflete perfeitamente o quanto as nossas universidades (infelizmente, não só a UFPE) se transformaram em centros avançados de doutrinação política. Professores, parece, não querem mais uma vida puramente teórica devotada à busca da verdade ( pois tal é um "ignóbil luxo burguês") nem se limitam mais à formação intelectual e moral do aluno (fim que, para eles, só é perseguido por quem adota uma postura ingênua e acrítica perante a realidade social, ou seja, pelos espíritos reacionários e conservadores). O negócio, agora, é ser pago (e bem) com o dinheiro do contribuinte para treinar a molecada na militância pela “excelsa causa” da transformação da sociedade, isto é, para instigá-la à rebeldia contra o "opressivo e injusto sistema capitalista", enfim, para a revolução socialista. Como se pode ver, é dura a vida da "zelite" brasileira, vulgo classe média, que paga uma baita carga tributária e, no frigir dos ovos, financia a vagabundagem estudantil ( junto com seus gurus, é claro), que sonha em lhe subtrair o que, legitima e penosamente, conquistou, ou seja, o que, no linguajar esquerdista, se constitui em "privilégios".

Como os nossos intelectuais orgânicos (orgânico não só no sentido gramsciano, mas mesmo no sentido agronômico de estrume, isto é, de excremento que pode ser utilizado como fertilizante, neste caso, na lavoura de ideologias amanhadas sobre o nem um pouco árido solo cinzento do cérebro juvenil) atuam em todos os níveis de ensino, do maternal ao pós-doutorado, era de se esperar que a esquerdopatia dos "livre-pensadores" da UFPE repercutisse de alguma maneira no programa de mestrado em filosofia desta instituição, o qual, para minha "surpresa", sucumbiu sob o peso da avaliação da Capes, que, convenhamos, deve ser tudo menos rigorosa. Vejamos, resumidamente, o que aconteceu. O programa de mestrado em filosofia da UFPE possui três linhas de pesquisa (Metafísica e subjetividade; Ética e filosofia política; Filosofia da ciência e da linguagem ) e conta com 13 docentes (9 do corpo permanente e 4 colaboradores), tendo iniciado suas atividades em 1979. Na última avaliação trienal da Capes (2004-2006), obteve nota 2, ficando, pois, entre os programas que não "atendem ao requisito básico estabelecido pela legislação vigente para serem reconhecidos pelo Ministério da Educação por meio do Conselho Nacional de Educação (CNE) e, em decorrência, expedirem diplomas de mestrado e/ou doutorado com validade nacional".
De acordo com a ficha de avaliação do programa, disponível no sítio da Capes ( http://servicos.capes.gov.br/avaliacaocontinuada/ ): 1)Proposta do programa -"Alguns projetos de pesquisa estão formulados de maneira inadequada, seja pela excessiva generalidade, seja pela falha na delimitação da problemática" 2)Corpo docente - Todos possuem doutorado e dividem sua atividade docente entre a graduação e a pós-graduação. No entanto, "5 dos professores do corpo permanente não desenvolvem atividade de orientação no programa, o que indica que alguns alunos não estejam recebendo orientação". Além do mais,"devido ao reduzido número de alunos a relação de alunos por docente permanente está abaixo da média da área".
3)Corpo discente, teses e dissertações - As nove dissertações concluídas no período 2004-2005 "oscilam entre o nível médio e bom, sendo que uma delas é de caráter eminentemente descritivo, carecendo de maior reflexão teórica"
4)Produção intelectual - Considerada muito baixa. Foram publicados 2 artigos em periódicos Nacional A, 1 em Nacional B e 6 em Nacional C. Dos livros publicados, o relatório da Capes afirma que alguns "são de qualidade teórica muito discutível, contendo inclusive graves transgressões do vernáculo".
5) Parecer final - Propõe a visita dos consultores ao programa, que, ao que tudo indica, confirmaram todas as deficiências apontadas, entre as quais o fato de que "as inciativas implementadas até o momento não foram suficientes para dar a consolidação que se espera de um programa com mais de 20 anos de existência e que passou por uma profunda reformulação há mais de 10 anos".
Não quero dizer com isso que o episódio do extra-vestibular tenha determinado o fracasso do mestrado na avaliação da Capes. Contudo, é inegável que os professores de filosofia da UFPE estão colhendo os frutos daquilo que plantaram. Como se pode observar no ítem 2 acima, boa parte deles deixa seus orientados do mestrado à própria sorte para se dedicar com afinco à tarefa de, conforme suas preferências políticas, moldar a cabeça dos pupilos da graduação. Afinal, orientação e pesquisa têm que começar cedo! E orientação eficaz na prática é orientação ........... ideológica, cujo princípio elementar pode ser decantado da tese marxiana segundo a qual os filósofos até então se preocuparam apenas em interpretar a realidade quando o que deveriam fazer é transformá-la. Não é à toa, portanto, a baixa produtividade intelectual do quadro docente do programa, que, se levarmos a sério as informações do ítem 4, inclui alguns semi-analfabetos*. Ou bem se procura conhecer a verdade ou se empenha em alterá-la de modo a ocultar a miséria do nosso conhecimento. Ou se ama a sabedoria ou se entrega à mentira.Tertius non datur. Mas esta tem pernas curtíssimas, pois o mentiroso, sendo incapaz de se deleitar com o espetáculo da verdade, nutre tanta aversão à vida contemplativa, que acaba, cedo ou tarde, por se auto-enganar, revelando, inadvertidamente, as suas vis intenções ou, ao menos, sendo vítima dos efeitos colaterais do seu próprio embuste. Não deu outra. O feitiço voltou-se contra o feiticeiro.

Que o referido extra-vestibular foi uma fraude meticulosamente deliberada e não apenas um eventual equívoco cometido pelo beócio que elaborou a prova, não tenho dúvida alguma. Leiam o infeliz artigo “Sobre pulga e elefantes” publicado no Jornal do Comércio, do Recife, pelo prof. Inácio Strieder, coordenador do curso de Filosofia, respondendo à denúncia do Reinaldo Azevedo (http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2007/04/spinoza-dana-frevo-ou-toca-viola.html ), levem ainda em consideração o fato de que a UFPE só se deu o trabalho de corrigir a merda feita pela pressão externa que sofreu, mas não simplesmente por tomaram conhecimento do problema (anulou as três questões depois que, no Talk Show de 19 de Março, o Olavo de Carvalho, que teve seu nome mencionado em uma delas, atacou a UFPE e seu reitor por conta disso; e só anulou a prova toda porque o artigo do Reinaldo Azevedo provocou o maior estardalhaço na imprensa, inclusive na pernambucana), e tirem suas próprias conclusões. Que o desempenho pífio do Mestrado em Filosofia da UFPE segundo a avaliação da Capes é um dos múltiplos sintomas da esquerdopatia que, como uma, digamos, peste Vermelha da modernidade, está minando o prestígio e dignidade da figura do professor universitário e reduzindo o ensino superior, sobretudo nas ciências humanas, a uma panacéia de emblemas politicamente corretos, também não tenho dúvida. Quem, como eu, está familiarizado com o ambiente acadêmico no Brasil sabe perfeitamente que isso é a pura e incontestável verdade. Se negar, é porque ou contraiu o vírus do esquerdismo, e está comprometido até a medula com a propagação da epidemia, ou então desenvolveu completamente a doença, e está lutando para angariar fundos ( através de ongs, movimentos sociais, partidos políticos, sindicatos etc.) em benefício das vítimas, isto é, distribuir “eqüitativamente” o coquetel de drogas necessárias ao “tratamento terapêutico” bem como encabeçar campanhas sociais para livrá-las do “preconceito sanitarista e pró-manicomial” da aristocracia escolástica a serviço do capital “especulativo”
A duas únicas questões que ainda me afligem são: como essa aids mental surgiu e que medidas dietéticas têm eficácia na sua prevenção? Responder a segunda é uma necessidade absolutamente profilática que cada um pode determinar segundo o nível de contaminação ideológica a que está exposto. Como meu sistema imunológico é geneticamente bem constituído – a alta resistência que eu tenho a essas infecções retóricas me permite inclusive driblar o sex-appeal de algumas petralhazinhas deliciosas e manter-me fiel a minha esposa -, apenas sugiro que vocês, por conta própria, descubram a dieta que lhes convêm (acho que a leitura de “Sobre a filosofia universitária” de Schopenhauer é um bom começo) Quanto a primeira, estou meditando profundamente a respeito e me reservo o direito de não “formar opiniões” antes de resolver todas as dificuldades inerentes ao assunto. Quem não quiser, ou não tiver condições de, enfrentar a questão e for apressadinho, que procure a Doutora Marilena Chauí ou seus acólitos. Mas, para não deixá-los a mercê das forças demoníacas que habitam os nossos campi universitários, seguem algumas passagens do livro do Allan Bloom “O declínio da cultura ocidental”, leitura obrigatória para quem não está num estágio muito avançado da doença:
“A universidade americana, na década de 60, estava passando pelo mesmo desmantelamento da estrutura do ensino racional que a universidade alemã experimentara na década de 30. Não acreditando mais na sua vocação superior, ambas transigiram com uma turba de alunos altamente ideologizados. Aliás, o conteúdo da ideologia era o mesmo: engajamento em valores políticos. A universidade abandonou todo propósito de estudar ou de informar sobre valores – solapando a percepção do valor daquilo que ensinava, enquanto entregava a decisão acerca dos valores ao povo, ao Zeitgeist (espírito da época), ao pertinente. [...] Claro, todo aquele que é um contemplativo profissional, sujeito a um emprego bem pago e de prestígio, mas que igualmente acreditava não haver nada a contemplar, se vê numa posição difícil consigo mesmo e em relação à comunidade. O imperativo de promover a igualdade, de eliminar o racismo, o sexismo e o elitismo (crimes peculiares de nossa sociedade democrática), assim como a guerra, é esmagador para alguém incapaz de definir outro interesse digno de defesa. A circunstância de a Alemanha atravessar um surto de direitismo político [ há controvérsias aqui; leiam, pelo menos, “O caminho da servidão, de hayek] e os Estados Unidos outro de esquerdismo não deve iludir-nos. Tanto num caso como no outro, as universidades cederam sob a pressão de movimentos de massa, fazendo-o em grande parte por considerarem que esses movimentos possuíam uma verdade moral superior a que universidade alguma seria capaz de suprir. Entendeu-se que o engajamento tinha maior profundidade do que a ciência, a paixão do que a razão, a História do que a natureza, o jovem doq eu o velho [...]. Alguns estudantes descobriram que, com um empurrãozinho, os pomposos mestres que os catequizavam em matéria de liberdade acadêmica podiam virar ursos de circo. As crianças tendem a ser melhores observadores dos adultos do que estes costumam ser das crianças, pois dependem tanto deles que é grande o seu interesse em descobrir as fraquezas dos mais velhos. Esses estudantes perceberam que os professores não acreditavam realmente que a liberdade de pensamento fosse necessariamente boa e útil, que suspeitavam que tudo isso era ideologia para acobertar as injustiças do ´sistema´ e que podiam ser reduzidos à benevolência perante tentativas violentas de substituição da ideologia”.
________________________________ · Segundo um aluno do curso de Filosofia da UFPE, que, anonimamente, faz um comentário ao artigo do Reinaldo Azevedo ( http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2007/04/spinoza-dana-frevo-ou-toca-viola.html ), o responsável pela elaboração da famigerada prova não foi, como muitos acreditavam, o Inácio Strieder, mas um outro professor, um tal de Marcelo Luiz Pelizolli. Embora não se identifique, para não sofrer represálias, e dê a entender que quer salvar a pele do Strieder, o aluno parece estar falando a verdade. Comparem uma das questões, aliás, a mais hermética e que mais agride o vernáculo, com a “área” de interesse do Pelizolli: http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2007/04/spinoza-dana-frevo-ou-toca-viola.html Emergência do Paradigma Ecológico, A MARCELO LUIZ PELIZZOLI

Os artigos compilados valorizam a reflexão sobre os fundamentos filosóficos da questão ambiental hoje, apontando sempre para orientações éticas. A perspectiva e fio condutor da argumentação se caracteriza pela necessidade imperiosa de se implementar uma postura holístico-integradora que priorize a vida, a promoção da alteridade, a ruptura da totalização hegemônica atual em nome da solidariedade. Editora: Vozes ISBN: 8532622151 Ano: 1999 Edição: 1 Número de páginas: 160 Acabamento: Brochura Formato: Médio Complemento: Nenhuma Coleção: EDUCACAO AMBIENTAL. Complemento da Edição: Nenhum

24. Peter Singer, diante do Cristianismo, da Ecologia profunda e da Ética ambiental:

A) esqueceu completamente a natureza, e atualmente continua a mesma situação [sic, o que ou quem está na mesma situação?]]. Ela [sic, ela quem?] não é profunda nem sincera, pois apela para o totalitarismo. A ética ambiental é urgente.

B) estimulou o afastamento do homem com[sic] a natureza mas pode ajudar na atualidade. Ela [sic, ela quem?] é profunda e romântica, mas pode cair na visão genérica do Todo antes do singular. A ética ambiental é urgente.

C) evitou a violência e pode ajudar na ecologia. Ela [sic, ela quem] é romântica mas não é profunda, tem problemas políticos. A ética ambiental deve ser utilitarista e imediata.

D) teve apenas uma teologia da salvação e não da criação. Ela [sic, de novo! ela quem catzo?] é traduzida como amor biocêntrico [sic] à natureza. A ética ambiental deve ser antropocêntrica.

E) estimulou o conflito do homem com a natureza mas pode empactar[sic] na atualidade. Ela [sic, tenha paciência! Como cada alternativa termina com “ética ambiental...”, acho que ele está se referindo a ecologia ambiental]é profunda e pictórica, mas pode resurgir[sic] na visão genérica do Todo antes do plural. A ética ambiental é passageira.

Hehehehehe... Já se pode saber quem é o Führer da transgressão vernacular no curso de Filosofia da UFPE;

17 de outubro de 2007

MAPHIA - Hans im Glück (1978)

Esse é genuinamente krautrock, da boa e velha estirpe alemã. Absolutamente obscuro, não há uma informação sequer na Net acerca desse grupo. Como de costume, o som é meio esquisito, mas, na mesma proporção, escandalosamente original e agradável. Para quem procura esquisitices e foge do progressivo standard, este é um prato cheio.
Link para download, clique no título desta postagem

OMEGA - 10000 Lépés (1969)

Lendário grupo progressivo da Hungria, que faz um space rock sinfônico embebido por um certa atmosfera noir. Vocais em húngaro e elaboradas improvisações dão um toque exótico ao som. Altamente recomendado aos amantes da boa música.
Download do disco: clique no título da postagem

16 de outubro de 2007

A psicodelia dos 60 & 70 no Brasil, da garagem às misturas regionais

História do rock psicodélico brasileiro com links para download de inúmeros e raros discos aristokraut ii: A psicodelia dos 60 & 70 no Brasil, da garagem às misturas regionais

raridades do progressivo e psicodélico brasileiros

Rocord Collectors Dreams, do Hans Pokora, o maior colecionador mundial de discos (vinil) de hard rock, progressivo e psicodélico. Seu acervo contém milhares de preciosidades do mundo inteiro, das Filipinas a Bolívia, passando pelo Oriente Médio, Leste Europeu etc.. A série RCD, 1001, 2001, 3001, 4001, se constitui na verdadeira bíblia dos colecionadores, que lhes fornece o parâmetro para aferir o valor de mercado dos seus ítens. Por exemplo, um disquinho significa que o a bolacha vale entre 150 e 200 marcos; 5 disquinhos, 1150 a 2000 marcos, e 6 disquinhos, acima de 2000 marcos, podendo chegar a uma cifra astronômica, dependendo do quanto é raro e da qualidade da música. De valor incomensurável, é o disco Peabiru de Lula Cortês e Zé Ramalho, lançado em 75 pela extinta gravadora Rozenblit, cuja sede, situada no Recife, à margem do Rio Capibaribe, simplesmente foi vítima de um incêndio criminoso, que destruiu boa parte das fitas masters Clique no título desta postagem para ver artigo sobre o antológico disco do Lula Cortês e fazer download do mesmo.

1- GRUPO ÁGUA - Transparência /cotação 2 disquinhos

2- ALEX - O fabuloso/cotação 2 disquinhos

3- AVANÇO 5 - Somos jovens/cotação 5 disquinhos

4- BANGO - Bango /cotação 5 disquinhos

5- BEGGERS - Blackstones disco 3/ cotação 5 disquinhos

6-BRASA SEIS - Som Quente - /cotação 3 disquinhos

7- OS CARBONOS - vol. 2 /cotação 1 disquinho

8- OS CONDORS - Os condors /cotação 1 disquinho (tem uma versão de Aimless lady do Grand Funk Railroad e uma versão hard, em inglês, de Padre Cícero de Tim Maia)

9- LULA CORTÊS & ZÉ RAMALHO - Peabiru/cotação 6 disquinhos

15 de outubro de 2007

Deutsch Nepal - AMON DÜÜL II

Ein General stand an meiner Wiege, Sprach: «Es ist ein schönes Kind Es wird mein Mann, Wie ich ihn liebe, Gouverneur vielleicht, in Deutsch Nepal!» Ich bin geboren Im Land der Krieger, äh - Krieger, Bemühe mich Ein Held zu sein. Doch die Siege - äh - Lassen auf sich warten, äh - warten! Vielleicht irrte sich der General - General - General! Um general esteve em meu berço, disse: "É uma bela criança Será meu homem, Como eu o quero, Governador talvez, no Nepal alemão!" Eu nasci Na terra das guerras, ah - guerras, Esforço-me para ser um herói. Em todo caso, os triunfos - ah - Fazem-se esperar, ah - esperar! Talvez, equivoque-se o general - general - general!

DISCOS RECOMENDADOS

Album de estréia do virtuose tecladista japonês George Murasaki, que gravou, salvo engano, mais três excelentes discos e depois formou o Mariner. A terra do sol nascente se revelou não apenas um portentoso mercado fonográfico e escala incontornável das turnês dos grandes grupos de hard e heavy, mas um celeiro de competentíssimos músicos e grupos, como o Bow Wow, que lançou em 75 o que eu considero o primeiro disco de heavy metal, antecipando em 3 anos a nwobhm. Em praticamente todos os conjuntos pesados do Japão se nota a nítida influência do vigoroso Deep Purple, que é uma verdadeira lenda por lá. Murasaki, tecladista tecnicamente tão bom quanto John Lord, graduou-se em engenharia e matemática nos Estados Unidos
Três discos do conjunto japonês Creation, lançados entre 1975 e 1977. Felix Pappalardi, ex-baixista do legendário Mountain assassinado pela esposa no início dos anos 80, participa de um deles. Excelentes canções, algumas bem pesadas, conduzidas com riffs empolgantes e guitarras de tirar o fôlego (aliás, um show à parte).
Disco ao vivo do conjunto alemão de (pasme) southern rock (talvez por isso não é considerado krautrock legítimo); hards altamente elaborados (como "too many people e a versão de "come together" dos Beatles) com a marvilhoso vocal de Geff Harrison. Para os frequentadores deste blog que gostam de música, da boa música, independentemente de estilos e gêneros, encontram-se acima sugestões de algumas pérolas do hard setentista, que podem ser baixadas no melhor blog de música do planeta, capitaneado por um sujeito da Índia (o negócio lá não é só nirvana e preservação da vida bovina),o heavyrockspetacular (link ao lado)

Veja meu Slide Show!

FRASE DA SEMANA

"Muitas pessoas são educadas o bastante para não falar com a boca cheia, porém não se preocupam em fazê-lo com a cabeça oca."
Orson Welles

VISITA A LENIN

Mais um extrato do sensasional "Gog" do Giovanni Papini. O mega-milionário entediado e sumamamente extravagante, Gog, apresenta suas impressões do não menos entendiado e responsável direto pela maior desgraça que já se abateu sobre a cabeça dos pobres mortais, Lenine, cuja mente assassina ainda hoje inspira aqueles que fazem da malandragem intelectual seu ganha-pão. Ótima leitura para quem quer conhecer as causas profundas da esquerdopatia, enfermidade mental que atinge 9 em cada 10 professores universitários. Moscú, 3 julio He estado porfiando casi un mes, pero al fin lo he conseguido. Había venido a Rusia únicamente para conocer a este hombre y no quería marcharme sin haberle oído hablar. Me parece, en su género, uno de los tres o cuatro vivientes que vale la pena de escuchar. Llegar hasta él me ha costado casi veinte dólares -regalos a las mujeres de los comisarios, propinas a los soldados rojos, donativos a los asilos de huérfanos-, pero no lo lamento. Decían que Vladimiro Ilitch estaba enfermo, cansado, y que no podía recibir a nadie, a excepción de sus íntimos. No permanece ya en Moscú, sino en una aldea vecina, en una antigua villa de señores, con el acostumbrado peristilo de columnas blancas a la entrada. El viernes por la noche las últimas dificultades habían sido vencidas y el teléfono me advirtió que el domingo se me esperaba. Dijeron a Lenin que mi capital podría ayudar a los difíciles comienzos de la «Nep» y había consentido en verme. Fui recibido por la esposa, una mujer gorda y taciturna, que me miró como las enfermeras miran a un nuevo enfermo que entra en la sala. Encontré a Lenin en un pequeño balcón, sentado ante una gran mesa cubierta de grandes hojas de dibujos. Me produjo la impresión de un condenado al cual se le permite gandulear en paz en las últimas horas de su vida. La característica cabeza de tipo mongólico parecía hecha de queso viejo y seco; árida y, sin embargo, blanda. Entre los labios sucios, la calavera mostraba ya la fila siniestra de sus dientes. El cráneo, vasto y desnudo, hacía el efecto de una caja barbárica construida con el hueso frontal de algún monstruo fósil. Dos ojos turbios e inquisitivos de pájaro solitario estaban agazapados dentro de los párpados sanguinolentos. Las manos jugueteaban con un lápiz de plata: se veía que habían sido grandes y fuertes manos de labrador, pero con su descarnadura anunciaban la muerte. No podré olvidar nunca sus orejas de marfil chupado, tendidas hacia fuera como para coger los últimos sonidos del mundo, antes del gran silencio. Los primeros minutos del coloquio fueron más bien penosos. Lenin se esforzaba en estudiarme, pero con aire distraído, como si cumpliese un deber que ahora ya no le importaba. Y yo, ante aquella máscara azafranada y cansada, no tenía valor para hacer las preguntas que me había propuesto. Murmuré al azar un cumplido sobre la gran obra realizada por él en Rusia. Y entonces aquella cara medio muerta se llenó de arrugas espectrales que querían ser una sonrisa sarcástica. -Pero si todo estaba hecho -exclamó Lenin con un brío inesperado y casi cruel-; todo estaba hecho antes de que llegásemos nosotros. Los extranjeros y los imbéciles suponen que aquí se ha creado algo nuevo. Error de burgueses ciegos. Los bolcheviques no han hecho más que adoptar, desarrollándolo, el régimen instaurado por los zares y que es el único adaptado al pueblo ruso. No se pueden gobernar cien millones de brutos sin el bastón, los espías, la policía secreta, el terror, las horcas, los tribunales militares, las galerías y la tortura. Nosotros hemos cambiado únicamente la clase que fundaba su hegemonía sobre este sistema. Eran sesenta mil nobles y tal vez unos cuarenta mil grandes burócratas; en total, cien mil personas. Hoy se cuenta cerca de dos millones de proletarios y de comunistas. Es un progreso, un gran progreso, porque los privilegios son veinte veces más numerosos, pero el noventa y ocho por ciento de la población no ha ganado mucho en el cambio. Esté seguro de que no ha ganado nada, y es al mismo tiempo lo que se quiere, lo que se desea, aunque por otra parte era absolutamente inevitable. Y Lenin comenzó a reír en sordina como un comerciante que ha engatusado a alguien y contempla alegremente las espaldas del burlado que se va. -Entonces -murmuré-, ¿y Marx, y el progreso, y lo demás? -A usted, que es un hombre potente y extranjero -añadió-, se lo podemos decir todo. Nadie lo creerá. Pero recuerde que Marx mismo nos ha enseñado el valor puramente instrumental y ficticio de las teorías. Dado el estado de Rusia y de Europa me he tenido que servir de la ideología comunista para conseguir mi verdadero fin. En otros países y en otros tiempos hubiera elegido otra. Marx no era más que un burgués hebreo aferrado a las estadísticas inglesas y admirador secreto del industrialismo. Le faltaba el sentido de la barbarie, y por esta razón era apenas una tercera parte del hombre. Un cerebro saturado de cerveza y de hegelianismo, en el que el amigo Engels esbozaba alguna idea genial. La Revolución rusa es una completa negación de las profecías de Marx. Donde no había casi burguesía, allí ha vencido el comunismo. »Los hombres, señor Gog, son salvajes espantosos que deben ser dominados por un salvaje sin escrúpulos, como yo. El resto es charlatanería, literatura, filosofía y músicas para uso de los tontos. Y como los salvajes son semejantes a los delincuentes, el principal ideal de todo Gobierno debe ser el de que el país se asemeje lo más posible a un establecimiento penal. La vieja mazmorra zarista es la última palabra de la sabiduría política. Bien meditado, la vida del presidiario es la más adaptada al promedio vulgar de los hombres. No siendo libres, están, al fin, exentos de los peligros y de las molestias de la responsabilidad y se hallan en condiciones de no poder realizar el mal. Apenas un hombre entra en la prisión, debe, por la fuerza, llevar la vida de un inocente. Además, no tiene pensamientos ni preocupaciones, pues ya están aquí los que piensan y mandan por él; trabaja con el cuerpo, pero su espíritu descansa. Y sabe que todos los días tendrá qué comer y podrá dormir, aunque no trabaje, aunque esté enfermo, y todo esto, sin las preocupaciones que incumben al libre para procurarse su pan cada mañana y un lecho cada noche. Mi sueño es transformar a Rusia en un inmenso establecimiento penal, y no se imagine que lo diga por egoísmo, pues con un tal sistema, los más esclavos y sacrificados son los jefes y los que los secundan. Lenin calló un momento y se puso a contemplar un diseño que tenía ante sí. Representaba, según me pareció, un palacio alto como una torre, agujereado por innumerables ventanas redondas. Me atreví a formular una de mis preguntas: -¿Y los campesinos? -Odio a los campesinos -respondió Vladimiro Ilitch con un gesto de asco-, odio al mujik idealizado por aquel reblandecido occidental llamado Turguenev y por aquel hipócrita fauno convertido que se llama Tolstoí. Los campesinos representan todo lo que detesto: el pasado, la fe, la herejía y la manía religiosa, el trabajo manual. Los tolero y los acaricio, pero los odio. Quisiera verlos desaparecer todos, hasta el último. Un electricista vale, para mí, por cien campesinos. »Se llegará, según espero, a vivir con los alimentos producidos en pocos minutos por las máquinas en nuestras fábricas químicas, y podremos al fin hacer la matanza de todos los labriegos inútiles. La vida en la naturaleza es una vergüenza prehistórica. »Tenga usted en cuenta que el bolcheviquismo representa una triple guerra: la de los bárbaros científicos contra los intelectuales podridos, del Oriente contra el Occidente y de la ciudad contra el campo. Y en esta guerra no dudaremos en la elección de las armas. El individuo es algo que debe ser suprimido. Es una invención de aquellos gandules griegos o de aquellos fantásticos germanos. Quien resista será extirpado como una pústula maligna. La sangre es el mejor abono ofrecido a la Naturaleza. »No crea que yo sea cruel. Todos estos fusilamientos y todas estas horcas que se levantan por mi orden me disgustan. Odio a las víctimas, sobre todo porque me obligan a matarlas. Pero no puedo hacer otra cosa. Me vanaglorio de ser el director de una penitenciaría modelo, de un presidio pacífico y bien organizado. Pero aquí se hallan, como en todas las prisiones, los rebeldes, los inquietos, aquellos que tienen la estúpida nostalgia de las viejas ideologías y de las mitologías homicidas. Todos ésos son suprimidos. No puedo permitir que algunos millares de enfermos comprometan la felicidad futura de millones de hombres. Además, al fin y al cabo, las antiguas sangrías no eran una mala cura para los cuerpos. Hay una cierta voluptuosidad en sentirse amo de la vida y de la muerte. Desde que el viejo Dios fue muerto -no sé si en Francia o en Alemania-, ciertas satisfacciones han sido acaparadas por el hombre. Yo soy, si quiere, un semidiós local, acampado entre Asia y Europa, y, por tanto, me puedo permitir algún pequeño capricho. Son gustos de los que, después de la decadencia de los paganos, se había perdido el secreto. Los sacrificios humanos tenían algo bueno: eran un símbolo profundo, una alta enseñanza; una fiesta saludable. Y yo, en vez de los himnos de los fieles, siento llegar hasta mí los alaridos de los prisioneros y de los moribundos, y le aseguro que no cambiaría con la novena sinfonía de Beethoven esa sinfonía, canto anunciador de la beatitud próxima. Y me pareció que el rostro descompuesto y cadavérico de Lenin se inclinaba hacia delante para escuchar una música silenciosa y solemne, que tan sólo él podía oír. Apareció la señora Krupskaia para decirme que su marido estaba cansado y que tenía necesidad de un poco de reposo. Me marché en seguida. He gastado casi veinte dólares para ver a este hombre, pero en verdad no me hace el efecto de que los haya malgastado.