3 de maio de 2008

AMON DÜÜL II - Yeti (1970)

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Salve, salve! Clássico dos clássicos, kraut nas últimas! Para meu gosto, o melhor album do Amon Düül II e uma das coisas mais impressionantes que já ouvi. Psicodelia de primeiríssima qualidade. O som é denso, profundo e único. Todos os ingredientes do krautrock (jazz, música atonal, experimentações eletrônicas, progressive rock, Stockhausen, cosmic rock e outros baratos indispensáveis a uma nice trip) numa mistura para a qual qualquer comparação soa no mínimo indevida. Longas e elaboradíssimas sequências instrumentais, pontuadas com momentos "orientais" (acústicos), improvisações malucas e aquele clima tétrico, servindo perfeitamente de trilha sonora ao pior de seus pesadelos. Ficaria ainda melhor se os vocais fossem em alemão! Não deixa de ser esquisito. Mas o que esperar de uma boa música rock? Se é uma coisa que não suporto na música popular é a mesmice, o que tá fora de cogitação em se tratando de John Weinzierl, Chris Karrer, Renate Knaup-Kroetenschwanz e o resto da turma!
Album duplo em vinil. Faixas:
1 Soap Shop Rock: Burning Sister/Halluzination Guillotine/Gulp a Sonata 13:47 2 She Came Through the Chimney 3:01 3 Archangels Thunderbird 3:33 4 Cerberus 4:21 5 The Return of Ruebezahl 1:41 6 Eye-Shaking King 5:40 7 Pale Gallery 2:16 8 Yeti (Improvisation) 18:12 9 Yeti Talks to Yogi (Improvisation) 6:18 10 Sandoz in the Rain (Improvisation) 9:00

JERUSALEM - Same (1972)

Banda produzida por Ian Gillan e, como não poderia deixar de ser, clone do Deep Purple. Porém, muito boa. Hard rock eficiente e excitante em alguns momentos. O som é naquela linha meio nervosa e quebrada do album Fireball. Recomendado não só a fans da maior banda de rock de todos os tempos.

DIES IRAE - First (1971)

Prog rock hiper sofisticado com inequívoca influência do Black Sabbath. Mais um clássico do krautrock. Guitarras furiosas duelam com riffs de harmônica. Como sempre, aquela agradável mistura de peso e agressividade com melodias complexas e bem estruturada, tudo isso executado com extremo virtuosismo. Vale a pena conferir.

VIRUS - Revelation (1971)

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Prog rock com muito peso, banda alemã tipica do movimento kraut. Excelentes guitarras combinadas com expressivo órgão e vocal em inglês. Algo entre Pink Floyd e, sei lá, Grand Funk Railroad, na linha do primeiro do Eloy. Não obstante essas referências, a música do Virus é absolutamente original, reservando gratas surpresas auditivas ao longo de todo o album. Belas variações melódicas marcadas com riffs criativos. Enfim, tão bom quanto o seu debut album.