2 de novembro de 2007

O que quer e o que teme um esquerdopata

DEDICATÓRIA
A Karl Marx, Friedrich Engels, Vladmir Lenin, Leon Trotsky, Che Guevara, Carlos Lamarca, Luís Carlos Prestes, Nahuel Moreno e todos os que contribuíram ou contribuem, na teoria ou prática, para a construção de um mundo socialista.

PASSAGEM DO CAPÍTULO I "MERCHANDISING DO CAPITALISMO", P. 17. Propagandeando o capitalismo, esse sistema econômico sustenta sua própria existência. Não fosse assim, esse modo de produção que beneficia uma minoria enquanto mata de fome bilhões de pessoas em todo o mundo, jamais conseguiria manter as massas passivas diante de sua exploração. É como diz Adorno (2002, p. 36) “A idéia de ‘exaurir’ as possibilidades técnicas dadas, de utilizar plenamente as capacidades existentes para o consumo estético da massa, faz parte do sistema econômico que se recusa a utilizar suas capacidades quando se trata de eliminar a fome.” Afinal, para que eliminar a fome se é possível gastar bem menos com a propaganda que leva o faminto a suportá-la?

O nosso esquerdopata já na dedicatória diz pra que veio: cozida a teoria crítica ao molho de tucupi, dar sua modesta contribuição à causa do socialismo e, quiçá, tornar-se uma espécie de Anhangá protetor dos oprimidos contra o pendor predatório dos grileiros paraenses. Desse modo, se não tiver o mesmo destino que a Dorothy Stang, poderá ver seu nome estampado no peito de esquerdopatas mirins junto ao de Chê Guevara e outros mártires do homicídio solidário.

Porém, o medo de Wilker, talvez, é ser confundido com um privilegiado pelo "modo de produção" que "mata bilhões (sic) de pessoas no mundo todo". Calma Wilker, tenha fé em Deus, você tá paranóico! Se isso fosse verdade, você não teria nem nascido. Eu sei que é difícil, doloroso mesmo, mas raciocine um pouquinho. A população mundial em 2000 era cerca de 6 bilhões de mortos de fome, em 2007 atingiu a cifra de 6,6 bilhões de anoréxicos. A quantidade de bípedes implumes dotados da capacidade de falar (que é inversamente proporcional à sua também capacidade de pensar) só chegou a 1 bilhão no início do século XIX, sendo que o crescimento populacional atualmente incorpora esse número mais ou menos a cada 15 anos. Ora, se o capitalismo sobrevive das calorias de bilhões de pessoas, como essa propagação de come-e-dorme sobre o planeta foi possível? Tenha dó, Wilker! Você tá é de gozação com a gente.

E outra, não se deixe influenciar por essa turma da Escola de Frankfurt, esse pessoal é completamente despirocado. Não queira adornar (hehehe, entendeu o trocadilho?) sua monografia, que deve lhe ter custado muitos neurônios e horas de sono, com essas idéias de jerico importadas da Alemanha, maior fabricante de ideologias assassinas do planeta, com uma produtividade maior do que todas as fábricas de bugigangas instaladas na China.

E que maluquice é essa de que, para o capitalismo, é mais lucrativo fazer propaganda de si mesmo do que erradicar a fome? Você pensa que o burguês vai vender seus produtos para quem? Para o outro concorrente burgûes? Vai converter toda sua riqueza em comida e se empanturrar como um glutão insandecido? E quem vai trabalhar para ele? Mortos-vivos? E a indústria alimentícia, vc. acha que ela serve pra que? Para produzir comida em alta escala e exportá-la para Marte? Pelo que eu saiba, quem gosta de se auto-promover são as ditaduras comunistas, que não sobrevivem sem progadanda e ceifaram 100 milhões de vidas.

Por isso, escolha o seu milagre: ou o capitalismo mata bilhões de pessoas ou consegue tapear a fome apenas enchendo o bucho estético da massa com propaganda ideológica?

CONTINUA

ANÁLISE CRÍTICA DE "O MERCHANDISING CAPITALISTA NO DESENHO BOB ESPONJA": As bases teológicas da esquerdopatologia

"Escrever sobre cultura pop não é tarefa das mais fáceis. Como encontrar algum caráter científico em algo assim tão popular? Mas é exatamente nessa tarefa que se pode encontrar um prazer sem igual. Este prazer consiste em enxergar algo mais onde as pessoas só conseguem ver elemento de diversão. E esse “enxergar algo mais” está intimamente ligado em observar algo mais".
"Todos os personagens da literatura infantil podem ser objetos de profunda análise científica no campo da comunicação. Todos eles estão repletos de ideologia e cada um tem seu conteúdo voltado a doutrinar seu público em um determinado aspecto da realidade"
Este é o pressuposto teológico de todo esquerdopata que se preze. Por trás de qualquer empreendimento humano, até a mais inócua estória infantil, esconde-se a sórdida e mefistofélica intenção de roubar a alma dos indefesos trabalhadores e levá-la a se refestelar, inerme, com o pecado "capital" do consumo. Para essa estranha religião, em que se apóia o fundamentalismo esquerdopata, o demônio se chama capitalismo; os anjos das trevas, burgueses; o hades, mercado, e a tentação, lucro. Como em toda religião monoteísta que se pretende universal, o fim último é a redenção, neste caso, salvar aqueles pobres deserdados da exploração de que são vítimas por conta da ganância sem limites dos cruéis burgueses, aos quais vendem, como se mercadoria fosse, sua força de trabalho. Para tanto, os trabalhadores (em linguagem eclesiástica, proletários ou classe expropriada)têm que se unir e fazer uma cruzada contra os vis burgueses, arrebatando-lhes a Jerusalém perdida e retomando a posse originária dos meios de produção. É claro que isso vai provocar o maior arranca-rabo, além de que a fé dos trabalhadores pode ser abalada profundamente no purgatório dos shopping centers. Daí por que essa fé só se mantém se os trabalhores (o povo escolhido, como a eles se referem o baixo clero, isto é, a casta sacerdotal dos sindicalistas e líderes estudantis, e alguns membros da elite eclesiástica, tais como sociólogos, cineastas, historiadores, críticos literários, jornalistas, artistas populares etc. ) ouvirem, com o coração aquebrantado, o divino chamado do Deus Marx e se converterem ao supremo dogma do materialismo histórico, convencendo-se,por conseguinte, de que são predestinados a gozar a bem-aventurança no paraíso da sociedade sem classes. Normalmente, o esquerdopata enfrenta os infiéis que se deixam seduzir pelos efêmeros prazeres proporcionados pelo mundo do trabalho e dos negócios, em detrimento da boa nova do ócio coletivo, evocando algumas frases de alto impacto psicológico contidas no livro - denominado O capital - em que a vontade do Deus Marx se revelou assim como empunhando a sua vulgata, um tal de Manifesto do partido comunista, e alguns panfletos publicados periodicamente por ideólogos que, mesmo não participando ativamente dos rituais da religião (muitos sequer são batizados), se auto-proclamam porta-vozes do povo e aderem à causa do socialismo.
Outro traço marcante do esquerdopata, sobretudo quando nutre alguma ambição intelectual, é a volúpia iconoclasta com que devasta impiedosamente a alta cultura erudita, que ele de todo ignora. Até mesmo faz pouco caso das escrituras sagradas da religião que professa. Por isso, o esquerdopata é absolutamente refratário à vida contemplativa, preferindo, como uma criança hiperativa, a infessa labuta na práxis revolucionária. Tal fica patente no fato de que ele nada lê, não consegue sustentar suas opiniões em bases racionais e quando é refutado (coisa que frequentemente acontece, se o adversário o deixar falar) pensa que a contradição em que incorre resulta da intolerância do interlocutor, que ele procura desqualificar "xingando-o daquilo que é e acusando-o daquilo que faz"É curioso também notar como ele ostenta a burrice e nunca se envergonha de falar besteira. Até onde consigo ver, a única explicação para tamanha e vaidosa estupidez é a crença, arraigada até as entranhas, de que está investido da nobre tarefa de moralizar o mundo e expiar seus pecados. É o que se pode depreender das passagens citadas acima, com as quais Wilker de Jesus Lira abre a introdução de "O merchadising capitalista no desenho Bob Esponja".
CONTINUA

Abominável mundo novo: algumas observações ao texto de Pascal Bernardin anteriormente postado

A filosofia marxista, desde que surgiu, convenceu muita gente de que as condições materiais da existência humana, isto é, a infra-instrutura econômica, determinam o modo de pensar e agir do indivíduo, isto é, a super-estrutura, e, por extensão, a maneira de nos organizarmos em sociedade. A mudança dessas condições, submetida inexoravelmente às "leis" dialéticas da história, culminaria no advento da sociedade sem classes, na qual cada um seria absolutamente livre para desenvolver as potencialidades inerentes à natureza humana. É claro que tais "leis", ao contrário das leis naturais, que regem o mundo físico, precisariam de uma mãozinha do proletariado e, por conseguinte, daqueles que vaticinam a exploração crescente desta classe pelo sistema capitalista, vale dizer, dos agitadores e propagandistas, ditos intelectuais de esquerda, progressistas ou orgânicos. Bernardin explica como essa estratégia, diante do fracasso do comunismo, se alterou, incorporando as conquistas do capitalismo à luta revolucionária, mediante a intrumentalização das inegáveis virtudes do liberalismo econômico e político. O esquerdismo, desde então, reconheceu que a verdade se encontra exatamente no oposto da tese de Marx: a vida espiritual, o mundo dos valores*, determina a maneira como os indivíduos encaram a vida material e agem em sociedade. Todavia, os epígonos de Marx não se deram por vencidos. Gramsci**, agora, é o guru da revolução, que, como já preconizava Marx, teria que se dar em escala planetária. Os capitalistas, ou melhor, os meta-capitalistas, que já acumularam tudo o que podiam acumular, podem financiar, e financiam mesmo, essa revolução da revolução, que corre silenciosa e procede de cima para baixo, subvertendo radicalmente a antiga ordem: não reivindica mais os meios de produção material, que podem perfeitamente ficar nas mãos da burguesia, mas se move, sorrateiramente, no campo impalpável e volátil da cultura. Seu propósito é a posse definitiva dos meios de produção intelectual, a partir dos quais somente é possível moldar, como um demiurgo invisível e inominável, cuja face se acomoda a qualquer máscara, as mentes e corações dos mortais. Trata-se de um, e o único, deus pagão onipotente que se nutre do caos e o controla pragmaticamente, de modo que daí resulte um cosmos estratificado em níveis de realidade, o mais alto dos quais completamente ignorado pelos indivíduos, que ficam aprisionados no nível mais baixo, a caverna platônica, não porque a luz da verdade os ofusque, mas porque já foram, como Édipo, auto-destituídos de olhos. A linguagem em que se lhe presta culto é o relativismo politicamente correto. O livro no qual sua vontade é revelada à humanidade e sobre cuja autoridade seus sarcerdotes impõem a metafísica ("o pensamento mágico" de uma apocalíptica hecatombe da Mãe-Terra provocada pelo pródigo "Filho-homem" ) e a ética ("o princípio da precaução" que constitui a consciência ecológica) globalistas é a própria natureza, denominada agora "meio-ambiente" e identificada com o Todo (holismo e panteísmo a serviço da reforma e administração do homem). A religião suprema, à qual todas as religiões monoteístas, para serem toleradas, têm que se submeter, chama-se Ecologia.
* Cabe aqui lembrar que o termo "valor" foi introduzido no meio acadêmico a partir do século XIX, provavelmente sob a inspiração de Nietzsche, a fim de marcar, em contraste com os juízos sobre "fatos", o caráter essencialmente subjetivo dos juízos morais, ou seja, dos juízos nos quais ocorrem os predicados "bem" e "mal".
** Gramsci é o tipo moderno de filósofo, um Boécio às avessas: sua Consolatio philosophiae é na verdade uma Inquinatio philosophiae

Mais Bernardin: conferência realizada no Instituto Euro92

Machiavel pédagogue ou Le Ministère de la réforme psychologique, Éditions Notre-Dame des Grâces, 1995 L'Empire écologique ou La Subversion de l'écologie par le mondialisme, Éditions Notre-Dame des Grâces, 1998 LA FACE CACHEE DU MONDIALISME VERT par Pascal BERNARDIN Depuis la fin du communisme, le socialisme bat en retraite en concédant davantage d'espace à des mécanismes laissant une plus grande marge de liberté aux comportements individuels. Mais la menace n'a pas disparu. S'il n'est plus question de grandes lois historiques qui feraient du Prolétariat l'instrument et le véhicule du Progrès, c'est l'Ecologie - plus précisément les élites scientifiques et écologiques qui se sont auto-désignées comme les messies des temps nouveaux - qui entend imposer ses objectifs comme éléments régulateurs de la liberté des individus. Dans le texte qui suit, Pascal Bernardin, auteur de "l'Empire écologique" montre comment le problème de la gestion des "biens communs" est aujourd'hui utilisé comme alibi pour réécrire complètement les règles de la justice et de la morale, tout en prétendant rester dans le droit chemin d'une critique libérale. Ce texte est la transcription d'une conférence prononcée à l'Institut Euro 92 le 14 Avril 1999. --------------------------------- Permettez-moi, tout d’abord, de me présenter. Je suis polytechnicien et docteur en informatique. J’enseigne l’informatique fondamentale, c’est à dire les mathématiques de l’informatique à l’Université d’Aix-Marseille III. Je le précise parce que je serai amené à parler de questions scientifiques maintes fois débattues, en particulier la question de l’effet de serre. Je suis venu vous parler de mon ouvrage intitulé L’Empire Ecologique , paru en décembre 98 et qui traite de l’écologie dans ses principales dimensions, à l’exception notoires des aspects juridiques et éducatifs. Au cours de cette conférence, je vais vous montrer comment et dans quel but la politique et les thèmes écologiques s’articulent avec les deux phénomènes politiques majeurs de la dernière décennie et de la fin du siècle, à savoir la perestroïka et l’émergence du nouvel ordre mondial. Les questions écologiques sont des questions fondamentales qui touchent à tous les domaines : domaine économique, politique, constitutionnel, financier, voire éthique et religieux. Il s’agit donc pour moi d’une question véritablement centrale, qui reprend certaines idées libérales mais qui déborde très au-delà de ce seul cadre. Tout d’abord, dans la première partie de cette intervention, je vais vous parler des objectifs soutenus par les élites post-communistes qui sont restées en place malgré la disparition du communisme et l’effondrement du mur de Berlin, et qui se retrouvent aujourd’hui intégrées dans l’ensemble des élites dites mondialistes, en place au coeur des institutions internationales. Vous noterez la différence entre mondialisme et mondialisation. Je conserve le terme de mondialisme pour décrire l’émergence de forces politiques au niveau mondial. Je réserve le terme de mondialisation pour l’émergence d’un marché global et d’institutions économiques et financières globales. La situation politique du dernier quart de ce siècle a été marquée par la chute du mur de Berlin, et simultanément par l’instauration d’un "Nouvel ordre mondial" voulu par le président Georges Bush. J’estime que l’analyse de ces deux phénomènes est restée très incomplète. En effet, aucune explication réelle du phénomène de la perestroïka n’a été donnée. Par ailleurs, les objectifs précis de la mondialisation et du mondialisme sont restés très flous. Autrement dit, nous sommes à l’heure actuel dans un vide conceptuel absolu; vide qui touche aux deux éléments principaux de la vie politique mondiale de cette fin de siècle. Ce sont ces éléments que je vais mettre en lumière, en prenant comme fil conducteur l’écologie. En ce qui concerne le mondialisme, je m’appuierai exclusivement sur les textes officiels des institutions internationales – et ils sont extrêmement nombreux -, comme Our Global Neighbourhood (1995 - Oxford University Press), un rapport de la Commission sur la gouvernance globale (Commission on Global Governance). C’est une commission mise en place sous l’égide de l’ONU qui comprenait des gens éminents et de très haut rang, en particulier Jacques Delors, à ce moment là Président de la Commission européenne. Par ailleurs, nous nous référerons Ethics and Spirituals Values, rapport rédigé par la Banque mondiale, centré sur les valeurs éthiques et spirituelles pour un développement durable; c’est à dire pour un développement écologiquement sain, ou tout du moins prétendu tel. Enfin, et non des moindres, un document issu de la conférence de Copenhague, organisée par les Nations unies (Sommet mondial pour le développement social, du 6 au 12 mars 1995), qui s’intitule Les Dimensions Ethiques et Spirituelles du Développement Social . Pour les références à la perestroïka, je m’appuie également sur des documents publics, qui n’ont pas la même autorité puisqu’ils n’ont pas l’estampille des Nations unies, mais écrits par Gorbatchev et Chevernadze entre autres. De la perestroïka à l’écologie Alors d’abord qu’est ce que la perestroïka ? Contrairement à ce que les médias veulent bien nous dire, c’est autre chose que l’écroulement du mur de Berlin sous une poussée démocratique irrépressible. La perestroïka est en réalité un mouvement qui a été planifié dès la fin des années 1950. Sa description nous vient d’un certain Golitsyne, officier supérieur du KGB, passé à l’Ouest à la fin des années 1960. Nous retrouvons ses écrits dans des rapports qui étaient destinés aux Services secrets, mais aussi dans un ouvrage public paru avant 1985 et l’arrivée au pouvoir de Gorbatchev. Que dit-il ? Que la perestroïka est un processus socialiste révolutionnaire qui s’inspire de la nouvelle politique économique de Lénine; qu’il est destiné à restructurer (perestroïka signifie restructuration) le socialisme en URSS, et non l’éradiquer. Surtout, il s’agit de restructurer l’image que les Occidentaux peuvent avoir du socialisme en général. Tout en écartant radicalement la thèse d’un complot mondial, ma conviction est que c’est l’ensemble des thèmes révolutionnaires contenus dans la perestroïka que l’on retrouve au cœur de la politique écologique qui se met en place à l’heure actuelle. Il n’y a pas de hasard. On se rappellera que Gorbatchev, dans ses écrits, dit explicitement que l’écologie est un véhicule révolutionnaire. Aujourd’hui, Gorbatchev est le Président de la Croix verte internationale. Parlons maintenant des objectifs du pouvoir mondialiste. Ce pouvoir cherche à l’évidence à tirer parti à la fois de l’expérience démocratique et libérale – les références aux éléments libéraux sont nombreuses, mais en les considérant dans un cadre qui n’a en réalité pas grand chose à voir avec le libéralisme – afin d’en faire une synthèse guidée par un objectif en vérité collectiviste. Ce pouvoir part du principe – libéral ! – que toute coercition est vouée à l’échec, et que les méthodes non coercitives, et qui laissent aux gouvernés l’illusion de la liberté, sont celles qui doivent être utilisées pour arriver au but cherché. L’idée de refuser la coercition pour ne faire appel qu’au sentiment de liberté est une idée fondamentale utilisée par un grand nombre de penseurs. Je pense par exemple à Antonio Gramsci, le révolutionnaire du début du siècle, qui a toujours considéré que la politique stalinienne était une erreur, et qu’elle ne pouvait mener qu’à l’échec de la Révolution, tout simplement parce qu’il fallait d’abord procéder à une révolution culturelle - une révolution de la superstructure idéologique - pour ensuite réussir à mener cette révolution dans l’infrastructure. Ceci est l’exemple typique d’une idée non coercitive, que j’appellerai aussi non aversive (pour reprendre une certaine terminologie de psychologie sociale), dont le but est de viser en priorité la culture avant de chercher à modifier la strate économique. D’autres courants d’idées développent la même approche : comme par exemple B. Skinner, le fondateur d’une école de psychologie - le Behaviorisme - qui énonce en substance que l’homme est une machine à laquelle il suffit de donner les bons stimuli pour en obtenir les bonnes réponses. Skinner dit également, de manière encore plus explicite, que la contrainte est inutile : mais par contre que les renforcements non aversifs - c’est à dire les récompenses - sont toujours extrêmement utiles pour modifier le comportement des individus. Les renforcements aversifs, eux, provoquent l’opposition et la crispation des individus et de la société, et sont par conséquent voués à l’échec. Une application des théories du contrôle D’autres travaux de psychologie sociale s’appliquent à développer cette approche. Je pense à la psychologie de l’engagement, une théorie psychologie selon laquelle on modifie efficacement les comportements, et par conséquent les valeurs, en amenant les gens à s’engager (au sens du management), et donc en s’interdisant par cela toute pratique aversive. Nous voyons ainsi apparaître une différence fondamentale entre pouvoir et contrôle. L’exercice du pouvoir est la technique traditionnellement adoptée dans tous les Etats de la planète. Elle a pour principal défaut de se heurter à la révolte latente des individus qui lui sont soumis. L’exercice du contrôle est une technique toute différente qui consiste à placer les gens dans un cadre tel qu’ils auront un sentiment de liberté, voire de grande liberté, alors que cette liberté sera en réalité étroitement canalisée dans un cadre fixé par les gouvernants. Cette opposition entre contrôle et pouvoir permet d’assurer la synthèse de nombreux travaux, et de comprendre ce qui est en train de se passer tant en Occident que dans l’ancien bloc communiste. Les idées qui président autant à la perestroïka qu’à l’instauration du Nouvel ordre mondial sont une application des théories du contrôle. Elles visent à modifier les cadres qui organisent nos actions dans tous les domaines. Ces cadres sont nombreux : cadres religieux - les principaux cadres mentaux sont fournis par la religion -, cadres éthiques – cités dans les documents sus mentionnés -, cadres idéologiques. Plus généralement, il s’agit de réorganiser la culture et les objectifs de notre société par rapport à un "but supra-ordonné" - c’est à dire un but final de la société autour duquel tous les autres buts s’ordonnent. Nous voici donc confrontés, pour nos problèmes écologiques, à un ennemi, qui n’est plus communiste, mais collectiviste. L’ennemi toujours socialiste est toujours vivant, et, quoiqu’il se soit immergé dans dans la culture libérale, il poursuit toujours la vieille idée de réaliser la synthèse du "socialisme de marché", mais par d’autres moyens. Une description plus scientifique de la logique de ce mouvement révolutionnaire s’articule autour de la théorie des systèmes et de la théorie du chaos. Pour ceux qui ne sont pas familiers avec ces concepts, je vais vous décrire la théorie du chaos à partir d’un exemple très simple. Si l’on place une cigarette au milieu de cette pièce, la fumée la remplira très rapidement . Pourtant la fumée vient quasiment d’un seul point, le bout de la cigarette, et cinq minutes plus tard, ces particules de fumée rempliront toute la pièce. Cet exemple signifie que des particules de fumée, qui sont initialement dans des positions très proches, peuvent au bout d’un temps relativement court se retrouver dans des positions extrêmement éloignées, voire totalement antagonistes. La caractéristique d’un système qui se trouve dans une situation de chaos est qu’il peut évoluer dans des directions radicalement opposées. D’un point de vue constructiviste - c’est à dire du point de vue d’individus qui veulent agir sur la société pour la mener vers un état donné - cette expérience signifie que si l’on peut choisir une particule de fumée, et si l’on connait précisément l’évolution des particules de fumée, on peut choisir celle qui se retrouvera dans tel coin, là où l’on souhaiterait qu’elle arrive. Si une particule ne se trouve pas là où je désire l’amener, il suffit de la déplacer très légèrement dès le départ - aux conditions initiales, comme disent les scientifiques - pour qu’elle finisse là où je désire qu’elle soit. La caractéristique d’une situation de chaos serait ainsi de permettre de modifier radicalement l’évolution future, tout en n’apportant que de légères modifications à la situation initiale. Pour user d’un langage plus abstrait, on dira qu’une situation chaotique se contrôle avec des forces très faibles, comme le déplacement quasiment infinitésimal des particules de fumée de la mauvaise à la bonne position initiale. Si l’on transpose cette approche au domaine social, au domaine économique ou au domaine politique, les conséquences sont bien évidemment immenses. Selon la théorie des systèmes, si vous vous voulez modifier la trajectoire de la particule de fumée, vous qui êtes en dehors de ce système, vous devez faire partie d’un système d’ordre supérieur. Nous devons donc imaginer que le sous-système inférieur, la fumée, est soumis à un système d’ordre supérieur - par exemple l’expérimentateur ; celui-ci pouvant être lui-même soumis à un autre système, disons par exemple un système juridique conditionné lui aussi par sa dépendance à l’égard d’un quatrième système d’un ordre encore supérieur, comme le système législatif, et ainsi de suite. Nous avons donc une hiérarchie de systèmes où chacun d’entre eux peut intervenir sur le système de rang immédiatement inférieur grâce à des forces très faibles. Donc le système (la fumée) peut voir ses trajectoires modifiées grâce à des forces infinitésimales, appliquées par un opérateur dont on pourra, s’il se trouve lui-même dans une situation chaotique, modifier le comportement par des forces également très faibles, le processus se répètant indéfiniment d’un niveau à l’autre. Ainsi, si nous considérons une hiérarchie systémique d’univers chaotiques, nous pouvons les manipuler avec des forces très faibles à chaque niveau. Concilier un libéralisme apparent avec un constructivisme toujours réel. Je ne vous décris en l’occurrence rien d’autre que les institutions de pouvoir international qui sont en train de se mettre en place, avec une hiérarchie de niveaux, d’abord mondial, puis continental, régional, national, départemental, municipal, etc. La particularité de cette théorie des systèmes, lorsqu’elle est appliquée aux sciences sociales, est de permettre, en théorie, de concilier libéralisme – un libéralisme "apparent" - et collectivisme – mais un collectivisme bien "réel" ; ce qui, du point de vue médiatique et politique, n’est bien entendu pas neutre. Nous avons ainsi un sous-système qui est en bas, celui des acteurs économiques, dans une situation apparemment libérale ; puis au-dessus, des institutions internationales, qui ne canalisent pas nécessairement l’action de ces acteurs économiques, mais modifient leurs anticipations en manipulant la monnaie, le budget, les législations ou les règles du commerce international. Nous avons alors un dirigisme réel en haut et, pour les besoins médiatiques, une apparence très suffisante de libéralisme en bas. Nous avons exactement la même chose dans le domaine politique, avec une démocratie apparente et un dirigisme, voire un totalitarisme, tout à fait réels. En bas on vote, mais le cadre dans lequel s’effectue ce vote est prédéterminé par le haut. Je vous rappelle que le mondialisme est le mouvement qui s’identifie avec l’émergence de forces politiques mondiales, au premier rang desquelles l’ONU. Celle-ci représente une véritable force politique mondiale. Elle répond à une logique qui, pour une part, lui est interne. D’autre part, le mondialisme se donne pour objectif la création d’une nouvelle civilisation, comme on le verra dans la suite de mon exposé. Ne nous méprenons pas : nous avons besoin d’institutions internationales dans certains domaines ; mais ces domaines sont en fait peu nombreux. Après avoir exposé les méthodes, je vais maintenant vous parler des objectifs. Le premier, tel qu’il est clairement exprimé dans tous les documents cités, est de diminuer, ou tout au moins de stabiliser la population humaine, avec des chiffres variables selon les sources. Il y a des textes qui parlent de cinq cent millions d’hommes ! C’est le cas par exemple de Jacques-Yves Cousteau pour qui la population humaine ne devrait pas dépasser le demi milliard d’hommes. Un deuxième objectif est d’imposer, grâce à l’influence des médias, mais aussi par la loi, des valeurs écologiques impliquant une modification profonde de nos valeurs. C’est ainsi que certains vont même jusqu’à envisager de créer une nouvelle religion, s’appuyant sur une nouvelle spiritualité, comme l’évoquent ouvertement certains des ouvrages auxquels j’ai fait référence. Troisième objectif : l’égalisation mondiale des revenus. Les textes sont surabondants et totalement explicites Ils révèlent une obsession égalitariste qui tend à l’égalisation des revenus sur l’ensemble de la planète. Ce qui implique bien évidemment un contrôle de l’économie, des ressources et de la finance. Une fois que l’on a ces objectifs bien en tête, il n’est pas difficile de comprendre que l’écologie constitue un formidable levier pour en assurer la réalisation. Le faux procès de la couche d’ozone J’évoquerai d’abord le trou dans la couche d’ozone, puis l’effet de serre. Et pour cela, je commencerai par la question des "buts supra-ordonnés" dont je vous ai parlé tout à l’heure. Il s’agit d’un concept de psychologie sociale, développé par exemple dans les travaux de Mustapha Shérif. En substance, nous dit-on, deux groupes antagonistes - ou tout au moins apparemment antagonistes - ne peuvent parvenir à coopérer ou à se rapprocher que s’il existe un but susceptible de focaliser l’ensemble de leurs énergies. Ce but, qualifié de " supra-ordonné ", doit fédérer tous les autres buts, en particulier ceux des acteurs individuels, mais aussi des Etats, des ministères, ou de toute autre organisation dirigeante. Ceci revient à réinventer le totalitarisme si l’on se rappelle que, par le passé, les "buts supra-ordonnés" ont été ceux de la race, de la classe ou d’une caste. Alors que le trou dans la couche d’ozone n’est encore qu’un simple galop d’essai, l’effet de serre, lui, est véritablement conçu et présenté comme un "but supra-ordonné" majeur. Je pense par exemple à Al Gore lorsqu’il dit qu’il faut créer une nouvelle civilisation dont la protection de l’environnement sera le pivot. Interrogeons-nous d’abord sur la réalité de ces phénomènes. Le trou dans la couche d’ozone, comme vous vous en rappelez sans doute, fut le symbolr d’une époque où l’ouverture du journal télévisé de 20 heures se faisait fréquemment avec une image en fausses couleurs représentant l’Antarctique et le trou, cet énorme trou qui, nous disait-on, grossissait inexorablement et menaçait de recouvrir toute la planète, de nous absorber, de nous brûler, avec pour conséquence une augmentation considérable et inéluctable du nombre de cancers de la peau, des mutations génétiques incontrôlées, ou encore la destruction inévitable la bio-diversité (puisque certaines espèces y sont plus sensibles que d’autres). Depuis lors, le souffle est retombé. Et l’on n’a plus entendu parler du trou dans la couche d’ozone depuis fort longtemps. Que faut-il en retenir ? Un entrefilet de cinq centimètres et demi sur quatre et demi, du prix Nobel de chimie Paul Crutzen, en page vingt-quatre d’un numéro du journal Le Monde : " lorsque des prévisions apocalyptiques furent avancées, y lit-on, on ne connaissait pas exactement l’ampleur de la détérioration de la couche d’ozone. Maintenant on sait que les dégâts seront très faibles. La démonstration a été faite que la couche d’ozone se détériore à un rythme fort ralenti. " C’est l’avis de nombreux autres scientifiques. On nous a dit que ce trou serait causé par les CFC (Chloro-Fluoro-Carbone), un produit chimique qui sert notamment dans les circuits de réfrigération. Ces CFC ont été fabriqués industriellement après la seconde guerre mondiale, et leur production en masse a marqué les années 1960, l’époque du grand bon économique. Or, la communauté scientifique connaît le trou dans la couche d’ozone – la littérature scientifique en fait foi - depuis 1929; c’est à dire au moins trente ans avant que la production intensive des CFC n’ait commencé. Ils ne peuvent donc pas être la cause du phénomène. Mais son existence servait à merveille les desseins de certaines organisations internationales – notamment l’Organisation météorologique mondiale, toujours à la recherche de budgets plus importants pour financer ses recherches. C’est elle qui a initié la grande campage de sensibilisation des opinions publiques. Pour cela, les scientifiques qui lui apportaient leur soutien – comme Paul Crutzen, avant qu’il ne change semble-t-il d’avis – ont développé des modèles mathématiques complexes qui démontraient – nous disait-on - que les CFC rejetés par l’homme détruisaient inexorablement la couche d’ozone. Mais ces modèles étaient en réalité fondés sur des bases expérimentales extrêmement fragiles et incomplètes. Aujourd’hui il est quasiment admis et prouvé que ces modèles étaient incapables de simuler la réalité, donc qu’ils étaient faux. Comme je vous l’ai déjà dit, la littérature scientifique montre clairement que dès 1929, donc bien avant la production en masse des CFC, le trou dans la couche d’ozone était déjà une réalité. Il résulte d’un phénomène naturel qui existe depuis toujours et qui touche des contrées extrêmement éloignées, essentiellement le Pôle Sud. Ce qui est en cause est principalement l’activité volcanique naturelle du globe. Les volcans rejettent infiniment plus de chlore dans l’atmosphère que les CFC. Par exemple, je citerai le Mont Erebus, un volcan de l’Antarctique en éruption permanente, et qui rejette en permanence des milliers de tonnes de gaz, notamment des composés chlorés, juste à l’endroit où l’on situe le fameux trou dans la couche d’ozone. Nous disposons donc aujourd’hui de nombreux éléments qui vont dans un sens totalement incompatibles avec la thèse des médias qui désigne l’homme comme l’auteur de ce crime écologique. Cela dit, les conséquences économiques et politiques, elles, sont bel et bien réelles. Il y a d’abord la création d’instances internationales chargées de contrôler l’évolution du trou, et d’inciter les Etats à arrêter ce processus destructeur. Elles sont cependant restées relativement discrète, par rapport à ce qui se passe sur l’autre front, celui de l’effet de serre. Il y a ensuite l’effet médiatique et psychologique qui s’est traduit par l’introduction dans la conscience collective d’un sentiment nouveau : celui d’une authentique responsabilité mondiale qui impliquerait aussi bien les Russes, les Chinois, les Américains que les Européens (car, dans l’atmosphère, tous nos déchets finissent par se mélanger). Ainsi est apparue, et s’est imposée l’idée que l’on était bel et bien en face d’un véritable problème commun, qu’il fallait nécessairement gérer en commun. Un sentiment d’interdépendance s’est ainsi créé qui conduit les opinions publiques à considérer que leur sort est désormais lié aux rejets de CFC qui souillent l’autre côté de la planète. Refuser de l’admettre vous désigne automatiquement comme complice d’une entreprise de destruction de la planète. Se diffuse ainsi un sentiment d’allégeance, non plus à une communauté locale, nationale, voire européenne, mais à une communauté mondiale. Ce facteur psychologique représente un fait politique de première grandeur. L’imposture de l’effet de serre. Maintenant, parlons de l’effet de serre. Il résulte, nous dit-on, du réchauffement dû au gaz carbonique rejeté dans l’atmosphère par la combustion du bois, du gaz naturel ou du pétrole. Cette menace est terrifiante puisqu’il devrait en résulter une élévation de la température terrestre moyenne comprise entre deux et cinq degrés. Le niveau des mers pourrait monter de plusieurs dizaines de centimètres. Les maladies tropicales remonteraient jusque chez nous et le cycle de l’eau potable dans son ensemble serait totalement perturbé. Il s’agirait donc d’un problème vraiment global, touchant l’ensemble de la planète, puisque toute activité humaine implique une production d’énergie, donc des rejets de gaz carbonique. C’est un problème économique global qui touche toute la société, dans la moindre de ses activités, telle se chauffer ou se déplacer. Tout le domaine social, politique et institutionnel sera donc fatalement concerné. Même l’éthique parce que, compte tenu du danger infini que fait courir cette menace à l’ensemble de la planète, il faudra, nous dit-on, modifier tout notre système de valeurs, y compris les valeurs spirituelles. Il faudra également adapter le droit international, modifier aussi tout le système éducatif. On est donc en présence d’un phénomène "systémique", quasiment à l’état pur, et qui touche à tous les domaines de liberté et d’organisation des êtres humains. La Commission trilatérale, dont les membres représentent à eux seuls à peu près soixante pour cent des forces économiques de la planète, évoque clairement l’objectif d’une réduction de la consommation d’énergie dans les pays développés comprise entre 20 et 60 %. Je vous laisse imaginer ce que cela signifie en terme économique. Que faut-il en penser, du point de vue scientifique ? Deux écoles s’affrontent. La première, l’école des libéraux, soutenus par des savants américains de renom, parle explicitement d’imposture. La deuxième école est celle des révolutionnaires qui, depuis la fin des années soixante, ne cessent d’annoncer une catastrophe imminente. Pour eux, il est incontestable que la température a déjà commencé à augmenter ; et même que le niveau des mers subit déjà un phénomène d’élévation sensible. En réalité, ceux qui parlent ainsi se fondent encore une fois sur des modèles très incomplets, approximatifs, et donc complètement faux, de l’avis même des savants les plus rigoureux et les plus objectifs. Toutes les prévisions déduites de ces modèles se sont jusqu’ici toujours révélées inexactes, très éloignées de la réalité. La plus belle preuve de leur erreur réside dans leur incapacité à donner une simulation acceptable des évolutions climatiques du passé. Les équations qu’ils utilisent sont très simplifiées. Notamment, elles n’intègrent pas les phénomènes d’ondes planétaires, qui jouent dans ce domaine un rôle important. Des travaux plus rigoureux, et qui ne s’appuient pas uniquement sur des modèles de simulation mathématiques, suggèrent qu’il y a effectivement une certaine augmentation de la température dûe au gaz carbonique. Ils ne nient pas que les rejets humains puissent exercer une influence sur l’évolution des climats. Mais ils montrent que cette influence est extrêmement faible - de l’ordre de 0,5 degré seulement -, qu’elle est donc à la limite de l’indécelable, et qu’elle ne représente en fait pas grand chose par rapport aux fluctuations climatiques naturelles que l’on enregistre par delà les siècles. Nous ne devons pas oublier que le climat est un élément qui varie en permanence. Par ailleurs, un demi-degré de réchauffement serait plutôt une bonne chose car l’augmentation de la concentration en gaz carbonique qui le provoquerait bénéficierait plus qu’elle ne nuirait à la croissance des plantes, donc à l’agriculture, aux forêts, et plus généralement à la vie - puisque celle-ci se fonde d’abord sur le phénomène de photosynthèse. Il est peut-être possible d’identifier quelques effets secondaires négatifs bien insignifiants; mais fondamentalement les écologistes ne convainquent qu’eux-mêmes, et ceux qui ont envie d’être convaincus. En fait, l’effet de serre est principalement imputable aux modifications de l’activité solaire, le soleil étant le principal vecteur d’influence sur le climat. Les scientifiques observent cette influence depuis une cinquantaine d’années. Même si nous n’en comprenons pas encore tous les mécanismes, c’est un phénomène qui est de mieux en mieux connu. Par ailleurs, il est bien connu également que des éléments contingents, comme la modulation du rayonnement galactique, exercent une influence sur l’évolution de la couverture nuageuse et ainsi modifient la manière dont une partie des rayons solaires est renvoyée vers l’espace. Alors qu‘en dire, sinon que ce à quoi nous avons affaire n’est qu’une grosse " escroquerie ". La majorité des savants s’efforcent de résister à cette double imposture médiatique, et politique (parce que les hommes politiques, s’ils le voulaient vraiment, auraient tous les éléments à leur disposition pour savoir ce qu’il en est véritablement). Le principe de précaution, retour à la pensée magique. Les conséquences de cette imposture sont gigantesques car elles touchent à tous les domaines, qu’ils soient économiques, éthiques et spirituels. Il faut donc bien comprendre ce qui est en cause. Notamment tout ce qui découle de la mise en pratique de ce fameux "principe de précaution" auquel tout le monde se réfère aujourd’hui de plus en plus ouvertement. Ce principe dit en substance que toute action doit être interdite dont il n’est pas prouvé de manière certaine qu’elle n’entraînera pas d’effets négatifs. Fait essentiel, ce principe de précaution se trouve d’ores et déjà, de facto, intégré dans le droit, tant dans le droit international que dans le droit français. Il ne s’agit pas seulement d’une lubie d’intellectuels. Mais d’un instrument extrêmement puissant qui nous replonge directement dans l’univers de la pensée magique. En effet, si on le suit à la lettre il en découle que dès que quiconque envisage un danger, aussi imaginaire soit-il, se crée une règle de droit qui nous interdit tout ce qui pourrait concrétiser ce danger (imaginaire) et nous enjoint ce qui pourrait l’écourter. Ainsi, si un écologiste prétend, de manière convaincante (mais purement rhétorique) que brûler du pétrole augmente la température de l’atmosphère, même si personne en fait n’en sait rien, et s’il n’en existe aucune preuve scientifique, il résulte du principe de précaution que cette assertion devient ipso facto vraie du point de vue du droit, et entraîne des effets juridiques. L’aboutissement d’une telle approche est, logiquement, de conduire à l’arrêt de toute activité économique, et de toute activité tout court ! Concrètement, il s’agit seulement de limiter l’activité économique des pays développés, de manière, nous dit-on, à favoriser le rattrapage des pays sous-développés. Je suis bien entendu favorable au développement des pays sous-développés, mais pourquoi freiner le développement des autres ? Pour terminer, je voudrais revenir sur les objectifs du mouvement mondialiste et évoquer un instant un texte extraordinaire. Il s’agit du Report From The Iron Mountain " (1967, trad. française de 1984 sous le titre La Paix Indésirable ? – rapport sur l’utilité des guerres ). Son sujet : l’utilité économique des guerres. Plus exactement, dans la perspectives de la convergence entre le système soviétique et le système américain - donc de la disparition des guerres - comment remplacer le rôle économique que remplissait le système militaro-économique par quelque chose d’autre ? Sur bien des aspects, c’est un rapport délirant. Mais il a tout de même fait l’objet, en son temps, d’un très vif débat aux Etats Unis, auquel ont participé les plus grands intellectuels du pays. Il a notamment bénéficié d’une couverture médiatique maximale. Parmi les solutions proposées comme substitution au système militaro-industriel figurait la création d’une menace écologique fictive qui permettrait de remplir une " mission ". Quelle mission ? Dans l’esprit des auteurs, il s’agissait de trouver le moyen de conserver à l’Etat un minimum de contrôle effectif sur l’appareil économique. Autrement dit, d’utiliser la réglementation écologique pour maintenir dans les mains de l’Etat une capacité d’action économique (mais aussi psychologique) qui se substituerait à celle dont il disposait dans le passé du fait des dépenses d’armement. Ce texte remonte aux années 1965-1967. Mais nous subissons sa postérité. Dans L’Empire Ecologique , je montre comment tout un courant, représenté aujourd’hui par le vice-président américain Al Gore, s’inspire de cette problématique. La conséquence de tout ceci, aujourd’hui, ce sont les protocoles adoptés lors de la conférence de Kyoto : quotas de gaz carbonique, vente et revente de ces quotas…Il en résultera que la production baissera dans les pays développés et augmentera dans les pays sous-développés. On aura des délocalisations massives d’industries, de capitaux, de technologie, voire même de main d’œuvre et de compétences. Autrement dit, le point d’arrivée de toute cette manipulation scientifique, médiatique, et politique, correspond très directement à ce qu’étaient les objectifs de départ formulés dans les années 1970 par les tenants du "Nouvel ordre mondial". Mais tout cela se fait aujourd’hui sous le couvert d’un langage soit disant libéral, au nom du libéralisme. La caractéristique de cette nouvelle idéologie au pouvoir est de nous affirmer que, depuis la disparition du communisme, nous sommes libres de faire ce que nous voulons ; mais, attention, seulement à l’intérieur de certaines limites, déterminées par le niveau de rejets de gaz carboniques acceptable ! Ainsi se trouve conciliés une certaine apparence de libéralisme, avec un constructivisme et un dirigisme tout à fait réels, puisque ce que l’on y retrouve est une approche "systémique" caractérisée où les acteurs économiques de niveau inférieur sont libres de faire ce qu’ils veulent, mais dans un cadre pré-déterminé par les institutions internationales, en particulier celles qui ont en charge les questions de l’effet de serre. L’écologie, levier d’un détournement de l’Etat de droit. Quels sont les éléments de libéralisme que ce système conserve ? Le premier, psychologiquement le plus important, est l’illusion de la liberté individuelle. C’est l’héritage de tous les travaux de psychologie sociale qui ont établi de manière certaine que l’on ne peut gouverner un pays ou faire fonctionner une économie, ni en fonctionnant comme les soviétiques, ni en autorisant une trop grande autonomie des acteurs. Le système actuel intègre cette critique, puisque vous y trouvez une liberté individuelle qui est tout à fait considérable, avec une apparence de pluralisme, mais qui intègre un point qu’il n’est pas permis de remettre en cause : la question de l’effet de serre. Vous avez donc un système complexe, auto-organisé, sans contrôle apparent, avec un ordre social spontané. Vous avez également un Etat de droit, autre élément fondamental. Donc, apparemment et du point de vue des médias, nous sommes dans un Etat de droit. Nous sommes gouvernés par des lois, et non par des hommes ou des dictateurs. Mais ces lois, règles abstraites, s’inscrivent au sein d’un cadre qui est prédéterminé par les institutions internationales, en particulier celles qui ont en charge l’effet de serre, et sont donc en mesure d’exercer une influence décisive sur toutes les activités économiques. Nous sommes donc gouvernée par des lois. La contrainte est réduite au minimum. Nous nous sommes affranchis de tout système totalitaire pour rentrer dans quelque chose qui a les apparences d’une société de droit. Mais ce ne sont que les apparences d’une société ouverte, parce que cette société, encore une fois, s’inscrit dans un cadre qui a été pré-fixé. Il y a en quelque sorte instrumentalisation, détournement des idées libérales par le biais du caractère central donné à la gestion collective de certains "biens communs" tels l’atmosphère. La gestion de ces "biens communs" est l’alibi, le levier qui permet aujourd’hui d’aller jusqu’à réécrire complètement les règles de la justice et de la morale, tout en prétendant rester dans le droit chemin de la critique libérale. Cela permet de manipuler les valeurs ou les attitudes, de manipuler les normes sociales et la sensibilité. A l’instar de la conception marxiste évoquée au début de mon intervention, nous avons affaire à la modification de la superstructure par la modification des règles qui s’appliquent à la société. Cette synthèse "systémique" offre, au niveau inférieur, un semblant de société ouverte, mais avec un échelon supérieur qui s’emploie à générer des règles finalisées d’où découle une société qui n’a plus que les apparences de l’ouverture. Nous ne sommes plus dans une société ouverte. Nous n’en avons que l’ apparence. C’est une société fermée qui s’inscrit dans la logique d’une telle approche L’objectif, j’y reviens, est rien moins que de créer une nouvelle civilisation. De manière globale, on a quelque chose qui ressemble fort à une manipulation de la conception de Dieu. Là encore, les textes des institutions internationales sont explicites. Ils nous montrent que l’écologie se résume souvent à une volonté de ramener les individus vers une conception païenne de la nature, où c’est la nature qui est la divinité. Ce qui est ainsi clairement recherché est une modification explicite de la conception de l’homme, de Dieu, de la nature, du monde … donc une modification des conceptions culturelles de fond de notre civilisation. Notre civilisation est fondée sur une conception judéo-chrétienne de l’homme, que l’on soit chrétien, juif ou musulman. Ce paradigme - l’homme, un être voulu et conçu par Dieu -, est la base de notre droit. Dès lors que l’on comprend que la conception de l’homme dans l’Univers est fondamentalement mise en cause – "l’homme, cet être néfaste et polluant" -, on a également compris que l’écologie vise finalement rien moins qu’au renversement de cette conception pour lui substituer la collectivité. L’homme ne vient plus qu’en second. On passe de l’homme en tant qu’individu, à l’homme comme membre de la collectivité. Le totalitarisme n’est pas mort.