Além da notória erudição e argúcia analítica, o prof. Romano prima pela compostura dialética e elegância discursiva, quer falando quer escrevendo. E, ainda por cima, é de uma competência pedagógica exemplar, que se destaca ainda mais pela seriedade que imprime às suas aulas e o respeito (e carinho) por aqueles que tem, ou tiveram, o prazer de ouvi-lo, como este feliz blogueiro.
Mas às vezes me irrita profundamente essa honrosa característica, sua bem conhecida polidez, acentuada ademais pela agudeza de espírito, finesse de poucos. Então, pergunto: quando é que o prof. Romano vai dominar a nobre arte do insulto e empregar, sem dó nem piedade, o poder corrosivo das palavras chulas e "palavrões"? Um VTNC proferido pelo prof. Romano, se combinado com o rigor teórico que lhe é peculiar, deve ser devastador para aqueles que se lambuzam na pocilga mental do gramscianismo, vale dizer, a canalha que ocupa redações de jornal e cátedras universitárias, além dos meliantes que ora se encontram no poder.
Vejam o que escreveu a obscurantista e autoritária viúva do asno-mor da Pedagogia revolucionária e digam se não tenho razão em indignar-me com a débil resposta do prof. Romano.Essa senhora, que só deve ser conhecida como viúva de Paulo Freire, parece ter sido re-alfabetizada com os mesmos procedimentos com que o finado marido, junto com seus títeres, imbecilizou o Brasil.
Ao menos, ela mereceria uma dura reprimenda gramatical, que não me furto a oferecer:
"Como educadora, historiadora, ex-professora da PUC e da Cátedra Paulo Freire e viúva do maior educador brasileiro PAULO FREIRE – e um dos maiores de toda a história da
humanidade – (...)"
Por que essa profusão de "e"? Será que ela pensa que isso dá vigor estilístico ao auto-elogio descarado e encobre sua completa falta do senso das proporções? Maior educador da história da humanidade!? Faz-me rir!
"(...)e repúdio ao tipo de jornalismo, que, a cada semana a revista VEJA oferece às pessoas ingênuas ou mal intencionadas de nosso país(...)"
Põe a outra vírgula, analfa.
" (...)enodoar pessoas as quais (sic) todos nós brasileiros deveríamos nos orgulhar."" (...)matéria publicada no n. 2074, de 20/08/08, conta, lamentavelmente com o apoio do filósofo Roberto Romano que escreve sobre ética, certamente em favor da ética do mercado, contra a ética da vida criada por Paulo (...)".
Acima, a viúva se mostra bastante coerente...com sua ideologia: só põe vírgula à esquerda ou, sob outro ângulo, rebela-se contra a ignominiosa proibição de se colocar vírgula entre sujeito e predicado, provavelmente por considerar que se trata aí de um rebotalho da ditadura a assombrar os filhos dessa iletrada democracia. Além do mais, ignora totalmente a função das orações subordinadas adjetivas explicativas, portanto, a diferença que há entre estas e as restritivas. Uso correto dos pronomes relativos, então, nem se fala.
"(...)Inadmissivelmente, a matéria é elaborada por duas mulheres, que, certamente para se sentirem e serem parceiras do "filósofo" e aceitas pelos neoliberais desvirtuam o papel do feminino na sociedade brasileira atual(...)"
De novo, porra! Põe o caralho da vírgula "neoliberal" à direita de "neoliberais"!
Maria do Espírito do Santo, minha querida, vc. fica calada aí diante de tal afronta à mulher! Ou vc. já sabe qual é a sua performance "no papel do feminino na sociedade brsileira"?"
(...)que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo(...)"
Essa senhora é insana, megalomaníaca. Arroga-se legisladora da língua portuguesa. Que bosta de verbo é esse que eu não conhecia, "miserabilizar", que, ademais, pode ter por objeto direto o adjetivo substantivado "pobre"?Eu conheço o verbo "miserar", que se conjuga no presente do indicativa assim: eu misero, tu miseras, ele misera, nós miseramos, vós miserais, eles miseram.É horroroso, coisa de pobre mesmo, mas existe.Dona sei lá o quê, a senhora está miserando o vernáculo, pauperizando o pensamento!
Na seqüência: "(...)embora (,) para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário(...)"
Viram que esse negócio da vírgula é patológico. Só que agora ela faltou com a esquerda. Será que é seu obtuso senso de justiça socio-gramatical aflorando?
"(...)pelo trabalho de meu marido – na qual (sic) esta política de distribuição da renda se baseou – que"
Não adianta, gramática não é com essa senhora. Ainda bem que optou pelos hífens, mas...
Aparentemente, o trecho que segue não contém nenhum estupro à gramática. No entanto, vejam que pérola resplandecente dos píncaros da esquerdopatia em estágio terminal:
"(...)que demonstrou ao mundo que todos e todas somos sujeitos da história e não apenas objeto dela. Nas 12 páginas, nas quais proliferam um civismo às avessas e a má apreensão da realidade, os participantes e as autoras da matéria dão continuidade às práticas autoritárias, fascistas, retrógradas da cata às bruxas dos anos 50 e da ótica de subversão encontrada em todo ato humanista no nefasto período da Ditadura Militar(...)"
"(...)temerem as idéias de um homem humilde, que conheceu a fome dos nordestinos, (sic) e que na sua altivez e dignidade restaurou a esperança no Brasil(...)"
Grande merda "conhecer" a fome dos outros. Quero ver, seu pedabobozinho de bosta, vc. ficar com o bucho vazio e manter-se "altivo e digno" ao sustentar tamanhas asneiras.
"(...)a Veja quer torná-lo insignificante e os e as que a fazem (!?)vendendo a sua força de trabalho, (sic) pensam que podem, a qualquer custo, eliminar do espaço escolar(...)"
Alguém pode me explicar que diabos de construção sintática é essa aí?" Por que ela não escreve como as pessoas normais: "aqueles ou aquelas que a fazem, ou melhor, que trabalham para a referida revista (e, como não poderia deixar de ser, vendendo a preço altíssimo seus serviços, não "a sua força de trabalho", que é a faculdade de produzir algo, passível de ser explorada apenas por quem naturalmente a detém, quando não se trata de escravos )
(...)Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de concluir que os pais, alunos e educadores escutaram a voz de Paulo, a validando e praticando(...)"
Não ficaria melhor assim, Ana Maria Araújo Freire: "...validando-a e pondo-a em prática".
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Conclamo todos os freqüentadores do Blog do Tambosi - ateus, teístas, deístas, agnósticos - a que deixem momentaneamente de lado suas divergências acerca da religião cristã e se dirijam à primeira Igreja (católica ou protestante, não importa), prosternem-se diante do Pai Criador, rezem com toda contrição possível e peçam ao Nosso Senhor Jesus Cristo que tenha mirericórdia e nos guarde do mal que nos espreita, a despeito de não a merecermos.
Pois só um milagre pode conter essa espiral de burrice militante que assolou o país.