25 de novembro de 2007

97% dizem acreditar totalmente na existência de deus; 75% acreditam no diabo

Resta saber em que acreditam os demais 3%. E aí, ateus e agnósticos, em que vocês acreditam? Pelo menos, Sottomayor e acólitos acreditam piamente em que esses 97% de brasileiros são um bando de tolos preconceituosos ou então intolerantes fingidos, e isso na hipótese de que eles não ponham em suspeição o Datafolha. Quando indagados sobre a existência de Deus, 97% dos brasileiros afirmam acreditar totalmente; 2% dizem ter dúvidas e 1% não acreditam. Mesmo entre os que não têm religião, 81% acreditam que Deus existe. A crença na existência do Diabo é menor, embora também seja compartilhada pela maioria: 75% acreditam totalmente, 9% têm dúvidas e 15% não acreditam que ele exista. Entre os evangélicos pentecostais a taxa dos que acreditam no Diabo chega a 95%. Já entre os espíritas, a taxa dos que não acreditam (50%) supera a dos que acreditam (44%). A maioria dos brasileiros também acredita totalmente que Jesus ressuscitou após morrer na cruz (93%), que o Espírito Santo existe (92%), na ocorrência de milagres (87%), que Maria deu a luz a Jesus, apesar de virgem (86%), que Jesus voltará à Terra no final dos tempos (77%), que a hóstia é o corpo de Jesus (65%), que após a morte, algumas pessoas vão para o céu (64%) ou para o inferno (58%), que existe vida após a morte (60%) e que existem santos (57%). A maior parte dos brasileiros (44%) não acredita em reencarnação; 37% acreditam totalmente e 18% têm dúvidas.

O diabo é o pai do rock: ao inferno com a música de protesto, seja lá contra (ou em defesa do) que.

Considerada pioneira do heavy metal cristão, Stryper apenas dá pro gasto, perdendo feio, por exemplo, para o tonto do King Diamond e até pros expoentes "mais destacados" do tal black metal, como o tosco Venon ou o inaudível Bathory, ótimos, pelo menos, para vc. se livrar de adventistas que batem a sua porta. E pensar que há pessoas que levam a sério essas efusões de rebeldia adolescente (Hitler e Stalin já foram garotinhos de calças curtas) ou que exigem que a música desempenhe um papel na vida maior que a própria vida ou, ainda, que pensam que arte, religião, ciência e filosofia estejam a serviço de causas assumidas a partir de vagos e, por vezes, contraditórios ideais políticos, cujas conseqüências práticas em geral nos escapam e cuja realização pode deixar este "vale de lágrimas" muito pior do que já é. É nisso que resulta a reificação de crenças, ou da falta delas, reduzindo-as a uma insana causa política, a ser defendida ou atacada conforme a loucura do momento. Eu não sei se Deus existe ou não existe. De uma coisa, porém, tenho certeza (teoricamente falando), esse conhecimento é humanamente impossível( Isso seria facilmente rotulado de agnosticismo, mas rótulos também não provam nada, além de gerar confusão conceitual), quem quiser possuí-lo que perca tempo por sua própria conta e risco, o que não é pretexto, no entanto, para se proibir a especulação metafísica ou acusá-la de irracionalidade. E em tal certeza (agora, numa perspectiva moral) se funda a minha fé: eu desejo ardentemente que Ele exista, o que, embora não altere em nada a realidade das coisas, me faz um bem incrível, que é me coagir a vivenciar a fé no seu devido e sagrado lugar: o fórum intimo de minha consciência, deixando aos que se dizem ateus, agnósticos e até cristãos (sejam católicos sejam protestantes), se assim preferirem, a batalha política pela conquista e difusão das "verdades" mais quentinhas do momento. "É o destino habitual das novas verdades começar como heresias e terminar como superstições." Thomas Henry Huxley, o "buldogue" de Charles Darwin e pai do genial Aldous Huxley
Obs.: Se a fé como vivência espiritual e exercício da liberdade interior torna as pessoas que sinceramente a tenham no coração moralmente melhores do que aquelas que não a experienciaram, por qualquer que seja o motivo, é uma questão que, quando me ocorre no intercurso do dia-a-dia e, sobretudo, diante de contendas com meus semelhantes, trato logo de afastar de minha mente, porque isso seria precisamente tratar a fé como coisa e jogá-la no campo das relações sociais para escrutínio jurídico e político: tento me esforçar para não julgar ninguém senão pelos atos que pratica ou que, pelo menos, incita os outros a praticar (e isso ainda se tais atos eu considerar nocivos a minha liberdade), nunca pelo que diz - de bom ou de mal, não importa - se passar em sua alma.
Voltando ao que interessa aqui. Então ninguém pode, sem ser leviano, me acusar de que este blog, que - nunca inoportuno lembrar - é meu, esteja maculado pela falta de deversidade, intolerância e censura despótica. Nas janelinhas para "comentários", o internauta pode se expressar como queira, até me xingar (sugestões: "filho-da-puta", "débil mental", "boiola", "esquerdopata frustrado", "filhote da ditadura", "cuzão", "pseudo-intelectual de merda", "babaca", "analfabeto" etc. etc. etc. Só não valem "direitista" e "conservador retrógrado", porque isso é um elogio que eu não mereço). Quanto à música, repeitando-se o meu corrompido senso estético, há pra quase todos os gostos: Satanistas e cultores das forças abissais (se não se incomodarem em admitir a possibilidade da existência do mal sob a forma personalizada do capeta, também ateus): Mercyful Fate Cristãos: Stryper Esquerdopatas, em especial guevaristas: Nathalie Cordone Metaleiros puristas: Judas Priest Fans de fans de heavy metal: Tenacious D Rockeiros que só curtem "art rock", "progressive music" e afins: Procol harum Trash metal: Megadeth Southern rock: Lynyrd Skynyrd Hard rock setentista: BÖC Rock'n'roll e baladinhas românticas: Elvis Presley Música erudita: Telemann Rock japonês: Mariner Rock do leste europeu: Omega Rock italiano; Osanna Krautrock(que, vejam só, tá sendo praticamente esquecido aqui): Amon Düül II Virtuoses da guitarra que gostam de solar o tempo todo: Yngwie Malmesteen Jazz rock ou quase isso: Camel Pop rock de sintetizador: Alphaville Rock com influência da música eletrônica contemporânea: Kraftwerk Enfim, só tão faltando blues, jazz, mpb e outras vertentes da música popular atual que eu desconheço ou simplesmente detesto. Mas isso se corrige com o tempo. In God We Trust - Stryper, ao vivo em Belo Horizonte