29 de maio de 2008

OLAVO DE CARVALHO CLARO, PRECISO E DIRETO

Estou cada vez mais convencido de que os melhores textos do Olavo de Carvalho são aqueles que primam pela concisão, sobretudo pelo fato de que muito rodeio é antes sinal de hesitação e dúvida do que consciência nítida do problema examinado. Eis aí um exemplo ineqüivoco de "boa prosa" consagrada, com toda honestidade possível e imaginável, a quebrar mistificações e a dizer, sem meias palavras ou embromação pseudo-erudita, o que todo mundo sabe, mas não tem coragem de por à testa de sua própria consciência.
O primeiro dos estratagemas esquerdistas para solapar as bases morais, jurídicas e culturais do capitalismo não poderia ser exposto de uma maneira tão incisiva quanto o fez Olavo de Carvalho.
O nosso mais vivo e profundo senso histórico - de pertença a uma longa tradição cujas raízes foram fincadas na consciência dos gregos e hebreus e cujo tronco se fortaleceu com a idéia, co-originária ao aparecimento de Cristo, de que o divino e o terreno são traços constitutivos do homem e selam seu destino sobre a face da Terra - foi substituído (pois sucumbido por uma sutil lavagem cerebral) pela concepção superficial de que a história é uma mera concatenação de fatos exteriores destituídos de qualquer significação espiritual, portanto, pela visão corrente e "cientificista" de que o homem é um ente entre outros, jogado, sem chance de redenção, em meio à uniformidade e repetibilidade dos fenômenos naturais.
Curiosamente, essa "filosofia da história" não deixou de ser escatológica, prometendo-nos o desenlace final após a aniqulação dos poderes hostis do "capitalismo": a instauração de um Reino dos Ceus aqui na Terra, no qual a liberdade espiritual do homem cederia o lugar para a emancipação da classe operária e em que, oh porca miséria!, a trágica capacidade humana de distinguir o bem e o mal conjugada à impotência de buscar o primeiro e afastar-se deste último seria transformada - provavelmente, por uma eficaz engenharia social à la Admirável mundo novo - na cômica e patética correção política do igualitarismo militante com que a idéia de coletividade se impõe sobre o indivíduo de carne e osso.
É por essas e outras que a ignorância do grego e latim clássicos é ostentada hoje em dia como o supra-sumo da independência intelectual e do esprit de finesse assim como o vandalismo anárquico do relavista moral fornece a inspiração do moderno homme d´esprit. E assim a vida se arrasta em tempos moldados pela mecânica social marxista.
1968 prefigurou 1984
1968, o embuste que não terminou
Olavo de CarvalhoJornal do Brasil, 29 de maio de 2008 Se a celebração das seis décadas de existência do Estado de Israel vem consistindo essencialmente em culpá-lo por todo o mal que lhe fazem e em desejar com fervor a sua morte próxima, a dos 40 anos das rebeliões estudantis de 1968 não tem feito outra coisa senão tomar como realidade, a priori e sem o mínimo exame crítico, a auto-interpretação lisonjeira que seus líderes fizeram desse movimento na época da sua eclosão. Uma das poucas vozes dissonantes foi Nicolas Sarkozy – não por coincidência, um judeu –, que em discurso recente afirmou: “ O Maio de 68 impôs o relativismo moral e intelectual a todos nós. Impôs a idéia de que não existia mais qualquer diferença entre bom e mau, verdade e falsidade, beleza e feiúra. Sua herança introduziu o cinismo na sociedade e na política, ajudando a enfraquecer a moralidade do capitalismo, a preparar o terreno para o inescrupuloso capitalismo das regalias e das proteções para executivos velhacos .” Reagindo com indignação a essas palavras, o ativista-historiador Tariq Ali – ele mesmo um dos agitadores de 1968 -- exclama: “Não me venha com essa, Sarkozy!”. E, imaginando brandir contra o presidente francês argumentos irrespondíveis, pergunta: “Então, nós é que somos responsáveis pela crise do subprime , pelos políticos corruptos, pela desregulamentação, pela ditadura do livre mercado, pela cultura infestada por um oportunismo descarado, pela Enron, pela Conrad Black, entre outras coisas?” Mas a resposta a essa pergunta é, incontornavelmente, “sim”. O movimento de 1968, que na verdade começou em Harvard em 1967, marcou a conversão mundial da esquerda aos cânones da “revolução cultural” preconizada por Georg Lukács, Antonio Gramsci e os frankfurtianos. A ambição da militância, daí por diante, já não era tomar o poder, nem muito menos implantar o socialismo. Estas metas eram adiadas para depois de conquistado o objetivo primordial: destruir a civilização do Ocidente, corroer até à extinção completa as bases culturais e morais sobre as quais tinha se erigido o capitalismo. Ora, o que é o mais bem sucedido sistema econômico, quando amputado de seus fundamentos civilizacionais e reduzido à pura mecânica das leis de mercado? É um mundo de riqueza sem alma, um inferno dourado. Os revolucionários de 1968 produziram esse efeito por três vias e em três fronts: (1) Espalhados na mídia e nas instituições de cultura, empreenderam a agressão direta, pertinaz e brutal a todos os valores e símbolos mais veneráveis da civilização e a demolição deliberada do sistema de ensino, onde as aulas de grego e latim foram substituídas por seminários de sexo anal. (2) Infiltrados no meio empresarial como técnicos e consultores, persuadiram os capitalistas a “modernizar-se”, mandando às favas as exigências da moral tradicional e passando a agir segundo o modelo deformado do argentário sem escrúpulos. A caricatura marxista do empresariado tornou-se realidade, não raro encarnada pelos próprios homens de 1968, cuja posadíssima conversão à livre-empresa vinha acompanhada de uma ênfase cínica na eficiência amoral do sistema, propaganda irônica que só fazia ressaltar, de maneira implícita mas por isto mesmo ainda mais contundente, a superioridade moral do socialismo injustamente derrotado pelo mundo mau. (3) Atuando como líderes e porta-vozes de movimentos sociais, condenavam os efeitos de suas próprias ações como se elas não fossem obra deles e sim de uma abstração hedionda, “o capitalismo”, e simultaneamente exploravam a nostalgia do universo cultural destruído, cooptando de volta os velhos valores e símbolos civilizacionais, até mesmo os religiosos, esvaziando-os de seu sentido originário e reduzindo-os a slogans da propaganda anticapitalista. Com essa tripla operação, adquiriram o simulacro terrivelmente convincente de autoridade que até hoje aufere lucros morais de seus próprios crimes, debitando-os na conta da burguesia sonsa que se deixa intoxicar pelo seu discurso.

27 de maio de 2008

The Death of Common Sense: How Law is Suffocating America. - book reviews

Steven Hayward
Thomas Paine's famous tract Common Sense helped ignite our original revolt against arbitrary rule. Comes now Philip Howard's The Death of Common Sense to add fresh fuel to the contemporary revolt against arbitrary rules. But recalling Tom Paine's understanding of what common sense about government entailed allows us to see that Howard's title is both apposite and ironic. Like Paine's slender tract in 1776, Howard's book has struck a national nerve, soaring on the best-seller list, landing its author on Oprah (to debate the now-infamous McDonald's hot coffee case), and sending politicians from both parties scrambling to enlist Howard to their side. Bob Dole has had Howard in for a chat, and President Clinton got Howard to accompany him to a photo-op on cutting government red tape. The Death of Common Sense is not recommended for people with high blood pressure or insomnia. It's loaded with splendid examples of regulatory and legal stupidity, and contains a blood-boiling outrage every few pages. Howard hits more targets than a gunman with an Uzi, all of them deserving. He blasts the Occupational Safety and Health Administration, local building restrictions, the Federal Aviation Authority, the Environmental Protection Agency, the State Department, and local health regulators. And that's just in the first 20 pages. My favorite bon mot is his tongue-in-cheek suggestion that we establish a bureaucracy to make life miserable for other bureaucrats, to be called the Bureau of Accusations, Stings, and Humiliations, or BASH. Beyond his barbs at the Endangered Species Act, the Americans with Disabilities Act, tort litigation in general, and a host of other targets, Howard also makes clear how the nature of individual rights has been distorted by the contemporary rights industry. Rights, Howard reminds again, are rights against the law, not positive goods that government is obligated to provide for any and all claimants. Others have made this point more analytically and philosophically, but Howard's anecdotal approach certainly makes it more vivid, which helps explain the book's great success, and great value. The "rights-as-claims" mentality easily blends into a scam, as Howard illustrates with the example of an out-of-service New York City transit bus hit by a garbage truck. Even though the bus was out of service and empty, 18 people claiming to be riders filed suit for injuries. Such scams often succeed, because of the perverse calculus of the lawsuit settlement game. Howard quotes from Hayek's The Constitution of Liberty, and even from REASON's own Tom Hazlett. He offers some judgments of genuine aphoristic quality, such as: "Government accomplishes virtually nothing of what it sets out to do. It can barely fire an employee who doesn't show up for work." Or this: "Modern law has not protected us from stupidity and caprice, but has made stupidity and caprice dominant features of our society." Or, in a slightly softer vein: "Law must not promise to purge people's souls. It cannot. Law can set up the conditions for interaction and work toward changes over time. When it tries to do more, it only drives us further apart."

20 de maio de 2008

SINAIS DA FÉ OU DO ORÁCULO DA CRUZ

Não há como distinguir com segurança um impostor de um "verdadeiro" profeta, mesmo a posteriori, isto é, depois de se verem cumpridas as profecias, a não ser por um "sinal histórico (signum rememorativum, demonstrativum, prognosticon)" (Kant, O conflito das faculdades), e eu acrescentaria sacrum. De fato, a capacidade divinatória do homem, se é que ela existe, só é possível, ao menos de ser concebida, como um poder sobrenatural concedido pelo próprio Deus, o qual somente, sendo eterno, omnisciente e omnipotente, pode ter uma perspectiva "atual" do futuro, cujas determinações são sempre incertas para os mortais. Como cristão, penso que o único capaz de tal proeza foi Jesus, porque, encarnando o Verbo, isto é, sendo o Deus que se colocou na condição humana, mostrou-nos ESTIGMATIZADO a verdade da Boa Nova, o advento do Reino dos Céus e o caminho da Salvação sob o símbolo expiatório do Mistério da Cruz. Quem crê no poder redendor do Sangue do Filho do Homem e tem a certeza moral do Espírito Santo não comete a impiedade gnóstica de pensar que a salvação eterna se obtém apenas e exclusivamente pelo conhecimento ou de se pretender um ponto de inflexão na história espiritual da humanidade. E não há falta humana maior do que aquilo que, para os gregos, selava o destino do herói trágico: a hybris. Nesse sentido, profecias stricto sensu são aquelas cujo "advinho" , consagrando-se moralmente à verdade revelada, "faz e organiza os eventos que previamente anuncia". (Kant, O conflito das faculddes). Ora, nenhum mortal, por definição, é capaz disso, caso em que seus vaticínios são auto-realizáveis só no sentido de que ele próprio não é causa moral e absoluta do que está por vir (a única coisa que depende de sua vontade, e que, falando com propriedade, já se constitui na Graça, é a disposição firme de cumprir o dever de buscar sua própria perfeição moral), mas, antes, efeito retardado daquilo que ilusoriamente projetou sobre si mesmo - como justificativa para a transformação do mundo - a partir dos cacos mal encaixados de sua vida pretérita, que ele organiza em conformidade com um futuro hipotético contruído à imagem e semelhança de seu instinto revolucionário. Bem, se isso é "profecia", eu tb sou profeta: prevejo que daqui a exatos 3 minutos estarei tomando uma xícara de café, porque tou decidido (no meu caso, um impulso patológico "irresistível", algo absolutamente destituído de valor moral) a ir a cozinha enchê-la com o precioso líquido preto, que eu já sei que se encontra na garrafa-térmica. O insano aqui seria eu ainda presumir que a empregada doméstica, o cafeicultor e o fabricante utensílios de cozinha agiram em concerto para tão elevado acontecimento.

Heavy Rock Spectacular bye bye so long

What leads someone to create a blog and then restrict it to guests? Ok .This happened with the wonderful blog Heavy Rock Spectacular, whose name had been a loan of first & only album, originally released in the year 1972, of the mysterious British group Bram Stocker.
I am sorry, because only the privileged people henceforth will have access to the preciousness of progressive rock that were offered us almost daily.
I find such a proceeding, besides useless, somewhat neurotic. Will it be that the owner of the blog thought that the visitors, whose number was amazingly big and diversified, were not worthy of his generosity and dedication?

19 de maio de 2008

TUDO MUITO BEM CLARO E PRECISO: ACORDA BRASIL!

"[...]O pronunciamento do deputado Bolsonaro só pecou por incompletude, que a brevidade explica. Primeiro, não é só o ministro Genro que é terrorista e mentiroso. O governo Lula está repleto deles. Segundo, esses indivíduos não são só terroristas e mentirosos: são traidores do Brasil, mercadores da soberania nacional. Subiram ao poder para doar Roraima aos globalistas, a Petrobrás à Bolívia, Itaipu ao Paraguai, as favelas do Rio às Farc e, por toda parte, terras produtivas à Via Campesina. Nenhum brasileiro lhes deve respeito. O simples fato de alguém como o general Heleno, o deputado Bolsonaro ou até um zé-ninguém como eu lhes dirigir a palavra já é honra que não merecem. Não digo que o lugar deles seja a cadeia, onde há delinqüentes recuperáveis. Nem o cemitério, onde repousam defuntos virtuosos. Nem o lixo, que pode ser reciclado. Não, não há no mundo um espaço apropriado para eles. Talvez somente o inferno os abrigasse. Foi por isso que criaram o Foro de São Paulo. Cada um deles é agora o homem certo no lugar certo."
http://www.olavodecarvalho.org/semana/080519inconf.html ("Os homens certos no lugar certo" - Olavo de Carvalho)

18 de maio de 2008

A Igreja de Cristo Jesus: a razão de nossa fé

Cada nova "igreja verdadeira" que surge traz a reboque milhares de ateus, cujo ceticismo se funda na constatação óbvia de que, se uma é "verdadeira", todas as demais são "falsas" e seus "fundadores", mentirosos falastrões. Quem realmente confia em Deus não precisa de profetas nem de profecias!
Todo profeta é falso se sustenta o absurdo de que 'viu" o que é, por definição, invisível: o Infinito e Inefável que na tradição judaico-cristã se chama "Deus". Se é impossível que Deus se manifeste aos nosos sentidos, que, pela sua própria natureza, nos subtraem da transcendência, ou se deixe figurar pela mais fértil imaginação, cujo poder, se mal orientado, estimula a credulidade poética da idolatria, mas, empregado de maneira diligente, não ultrapassa a uniformidade dos construtos matemáticos, Ele só pode ser "concebido" pela razão e desde sua "concepção" encontrar acolhida e morada fixa no coração dos homens.
A Igreja de Cristo é também invisível. É a instituição da Fé em cada um que se esforça para agir como Cristo agiu e sofrer como Cristo sofreu. Aquele que assim vive (e só a própria pessoa pode ser testemunha no tribunal da consciência ) se religa com o Criador e todas as criaturas.
Cristo não "viu" Deus, mas é o próprio Deus que se fez carne para poder ser "visto". Mais: que ao fazer-se carne submeteu-se à crucificação para que Suas palavras se fizessem sentir, e deste sentimento brotassem ações, e destas ações se concretizasse a Salvação. Esse é Mistério da Cruz, impenetrável pelo entendimento humano mas simbolicamente arrebatador: é o Eros da com-paixão.

Quem denuncia já se põe como juíz e carrasco do denunciado ou então pressupõe uma autoridade terrena absoluta a cujo escrutínio submeter sua denúncia. Marx denunciou as "iniquidades" do capitalismo (qual é o tribunal apto a julgar o capitalismo? ) e vejam no que deu. Se Cristo ou Sócrates estivessem a "denunciar", respectivamente, os ímpios e os sofistas, um não seria crucificado e o outro condenado a tomar sicuta. Ambos, sem fazer qualquer resistência e mesmo escapando à humana tentação do ressentimento, é que foram denunciados: o grego por "perverter" a juventude e o judeu por "violar" a Lei Mosaica!

Fides, spes et caritas

Fé em Deus é o desejo profundo e sincero de que o fim último de nossa existência se constitua ele próprio o princípio supremo do Bem, desejo que é tanto mais real quanto menos se arrefece diante dos revezes da fortuna e das dúvidas que, teoricamente, a razão suscita. Trata-se, pois, de um sentimento de prazer perante a condição sob a qual somente é possível o objeto necessário de uma vontade moralmente determinada. É acima de tudo o que nos leva a tomar por verdadeira a promessa da Salvação, na medida em que esta promessa foi firmada no "pacto" ungido com o Sangue derramado de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Reino dos Ceús está dentro de nós se, pecadores como somos, cumprirmos incondicionalmente, em cada ato, palavra e pensamento, a parte que nos cabe: amar ao próximo como a nós mesmos e a Deus sobre todas as coisas. Deus, em sua infinita misericórdia, espera dos seus filhos o sacro-ofício.
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Faith in God is the deep and sincere desire that the last finality of our existence coincides with the supreme principle of the Good, desire that is so much more real as fewer it decreases before contingencies of the fortune and of the doubts that, theoretically, the reason raises. It consists, therefore, in a pleasure feeling before the condition under which is only possible the necessary object of a will morally motivated. It is above all what moves the intellect to take for true the promise of the Salvation, in the measure in that this promise was stamped with the "pact" of the spilled Blood of Our Lord Jesus Christ. Kingdom in the Sky is inside of us if, sinners as we are, we accomplish unconditionally, in each action, word and thought, our part in agreement : to love the our neighbor as to us same and to God above all of the things. God, in His infinite mercy, waits of their children the sacred-occupation

ÁRVORE GENEALÓGICA DO NACIONAL SOCIALISMO

Por Kuehnelt-Leddihn

17 de maio de 2008

Erik von Kuehnelt-Leddihn - citações

Seguem algumas citações de Erik von Kuehnelt-Leddihn, autor, entre outras importantes obras, de Leftism, From de Sade and Marx to Hitler and Marcuse. Era considerado um verdadeiro "livro ambulante de conhecimentos", falava 8 idiomas e conseguia ler em 17 outros.
Economista, cientista político, historiador e teólogo, Kuehnelt-Leddihn foi um intelectual católico de primeira grandeza, tendo muito influenciado o movimento conservador norte-americano.
Dele nunca ouviremos falar em nossas universidades, dominadas como estão pelo marxismo cultural e pela completa e acabada mediocridade
"Right is right and Left is wrong."

"Man is rather stupid than wicked." Liberty or Equality, pg 189

"The three fundamentally leftist revolutions, those that spawned France's democracy, Russian's international socialism, and Germany's national socialism, formed and fashioned the history of the last two hundred years and established the 'Centuries of the G' — guillotines, gaols, gallows, gas chambers, and gulags." Leftism Revisited, pg xvii
"We share with the beasts a craving for sameness and a gregariousness which makes us desire the company of people of our own age, sex, race, creed, political conviction, class and taste. But it is exclusively human to have a thirst for diversity, i.e., to be happy in the company of those who are different from us in every respect, as well as to travel, to enjoy other foods, hear other tunes, see other plants, beasts, and landscapes. The delight in the variations of creation distinguishes man from beast as much as religion or reason." The Principles of The Portland Declaration
"America is built on a voluntaristic basis. To be an American is frequently not an accident but a matter of choice and free decision. It means conscious assimilation and amalgamation. The word Americanism is not without real significance." Liberty or Equality, pg 99
"It is the low drive for sameness and the hatred of otherness that characterizes all forms of leftism, which inevitably are totalitarian because, defying the divine diversity of the universe, these ideologies want to convert us by force to sameness -- sameness being the brother of equality. The leftist vision enjoins uniformity: the nation with one leader, one party, one race, one language, one class, one type of school, one law, one custom, one level of income, and so forth. Since nature provides diversity, this deadening sameness can be achieved only by brute force, by leveling, enforced assimilation, exile, genocide. All forms of totalitarianism, all leftist ideologies, reaching their culmination in the French, Russian, and German Revolutions, have gone that way -- with the aid of guillotine, gallows, gas chambers, and Gulag." The Principles of The Portland Declaration

16 de maio de 2008

Lula Cortês & Zé Ramalho - Peabiru

Sem dúvida, o melhor disco de rock progressivo do Brasil

12 de maio de 2008

¿Cómo es que son tres? - Leo J. Trése

Estoy seguro que ninguno de nosotros se molestaría en explicar un problema de física nuclear a un niño de cinco años. Y, sin embargo, la distancia que hay entre la inteligencia de un niño de cinco años y los últimos avances de la ciencia es nada comparada con la que existe entre la más brillante mente humana y la verdadera naturaleza de Dios. Hay un límite a lo que la mente humana -aun en condiciones óptimas- puede captar y entender. Dado que Dios es un Ser infinito, ningún intelecto creado, por dotado que esté, puede alcanzar sus profundidades. Por eso, Dios, al revelarnos la verdad sobre Sí mismo, tiene que contentarse con enunciarnos sencillamente cuál es esa verdad; el «cómo» de ella está tan lejos de nuestras facultades en esta vida, que ni Dios mismo trata de explicárnoslo. Una de estas verdades es que, habiendo un solo Dios, existen en El tres Personas divinas -Padre, Hijo y Espíritu Santo-. Hay una sola naturaleza divina, pero tres Personas divinas. En lo humano, «naturaleza» y «persona» son prácticamente una y la misma cosa. Si en una habitación hay tres personas, tres naturalezas humanas están presentes; si sólo está una naturaleza humana presente, hay una sola persona. Así, cuando tratamos de pensar en Dios como tres Personas con una y la misma naturaleza, nos encontramos como dando cabezazos contra un muro. Por esta razón llamamos a las verdades de fe como esta de la Santísima Trinidad «misterios de fe». Las creemos porque Dios nos las ha manifestado, y El es infinitamente sabio y veraz. Pero para saber cómo puede ser así tenemos que esperar a que El se nos manifieste del todo en el cielo. Por supuesto, los teólogos pueden aclarárnoslo un poquito. Explican que la distinción entre las tres Personas divinas se basa en la relación que existe entre ellas. Está Dios Padre, quien mira en su mente divina, y se ve cómo es realmente, formulando un pensamiento de Sí mismo. Tú y yo, muchas veces, hacemos lo mismo. Volvemos nuestra mirada sobre nosotros mismos y formamos un pensamiento sobre nosotros. Este pensamiento se expresa en las palabras silenciosas «Juan Pérez» o «María García». Pero hay una diferencia entre nuestro propio conocimiento y el de Dios sobre Sí mismo. Nuestro conocimiento propio es imperfecto, incompleto. (Nuestros amigos podrían decirnos cosas sobre nosotros que nos sorprenderían, ¡sin contar lo que dirían nuestros enemigos!) Pero, aun si nos conociéramos perfectamente, aun si el concepto que de nosotros tenemos al enunciar en silencio nuestro nombre fuera completo, o sea una perfecta reproducción de nosotros mismos, tan sólo sería un pensamiento que no saldría de nuestro interior, sin existencia independiente, sin vida propia. El pensamiento cesaría de existir, aun en mi mente, tan pronto como volviera mi atención a otra cosa. La razón es que la existencia o la vida no son parte necesaria de un retrato mío. Hubo un tiempo en que yo no existía en absoluto, y volvería inmediatamente a la nada si Dios no me mantuviera en la existencia. Pero con Dios las cosas son muy distintas. El existir pertenece a la misma naturaleza divina. No hay otra manera de concebir a Dios adecuadamente que diciendo que es el Ser que nunca tuvo principio, el que siempre fue y siempre será. La única definición real que podemos dar de Dios es decir «El que es». Así se definió a Moisés, recordarás: «Yo soy el que soy.» Si el concepto que Dios tiene de Sí mismo ha de ser un pensamiento infinitamente completo y perfecto, tiene que incluir la existencia, ya que el existir es de la naturaleza de Dios. La imagen que Dios ve de Sí mismo, la Palabra silenciosa con que eternamente se expresa a Sí mismo, debe tener una existencia propia, distinta. A este Pensamiento vivo en que Dios se expresa a Sí mismo perfectamente lo llamamos Dios Hijo. Dios Padre es Dios conociéndose a Sí mismo; Dios Hijo es la expresión del conocimiento que Dios tiene de Sí. Así, la segunda Persona de la Santísima Trinidad es llamada Hijo precisamente porque es generado por toda la eternidad, engendrado en la mente divina del Padre. También se le llama el Verbo de Dios, porque es la «Palabra mental» en que la mente divina expresa el pensamiento de Sí mismo. Luego, Dios Padre (Dios conociéndose a Sí mismo) y Dios Hijo (el conocimiento de Dios sobre Sí mismo) contemplan la naturaleza que ambos poseen en común. Al verse (hablamos, por su puesto, en términos humanos), contemplan en esa naturaleza todo lo que es bello y bueno -es decir, todo lo que produce amor- en grado infinito. Y así la voluntad divina mueve un acto de amor infinito hacia la bondad y belleza divinas. Dado que el amor de Dios a Sí mismo, como el cono cimiento de Dios de Sí mismo, son de la misma naturaleza divina, tiene que ser un amor vivo. Este amor infinitamente perfecto, infinitamente intenso, que eternamente fluye del Padre y del Hijo es el que llamamos Espíritu Santo, «que procede del Padre y del Hijo». Es la tercera Persona de la Santísima Trinidad. Dios Padre es Dios conociéndose a Sí mismo. Dios Hijo es la expresión del conocimiento de Dios de Sí mismo. Dios Espíritu Santo es el resultado del amor de Dios a Sí mismo. Esta es la Santísima Trinidad: tres Personas divinas en un solo Dios, una naturaleza divina. Un pequeño ejemplo podría aclararnos la relación que existe entre las tres Personas divinas: Padre, Hijo y Espíritu Santo. Supón que te miras en un espejo de cuerpo entero. Ves una imagen perfecta de ti mismo con una excepción: no es más que un reflejo en el espejo. Pero si la imagen saliera de él y se pusiera a tu lado, viva y palpitante como tú, entonces sí que sería tu imagen perfecta. Pero no habría dos tú, sino un solo Tú, una naturaleza humana. Habría dos «personas», pero sólo una mente y una voluntad, compartiendo el mismo conocimiento y los mismos pensamientos. Luego, ya que el amor de sí (el amor de sí bueno) es natural a todo ser inteligente, habría una corriente de amor ardiente y mutuo entre tú y tu imagen. Ahora, da rienda suelta a tu fantasía, y piensa en el ser de este amor como una parte tan de ti mismo, tan hondamente enraizado en tu misma naturaleza, que llegara a ser una reproducción viva y palpitante de ti mismo. Este amor sería una «tercera persona» (pero todavía nada más que un Tú, recuerda; sólo una naturaleza humana), una tercera persona que estaría entre tú y tu imagen, y los tres unidos mano en mano, tres personas en una naturaleza humana. Quizá este vuelo de la imaginación pueda ayudarnos a entender opacamente la relación que existe entre las tres Personas de la Santísima Trinidad: Dios Padre «mirándose» a Sí mismo en su mente divina y mostrando allí la Imagen de Sí, tan infinitamente perfecta que es una imagen viva, Dios Hijo; y Dios Padre y Dios Hijo amando la naturaleza divina que ambos poseen en común como amor vivo, Dios Espíritu Santo. Tres personas divinas, una naturaleza divina. Si el ejemplo que he utilizado no ayuda nada a nuestro concepto de la Santísima Trinidad, no tenemos por qué sentir frustración. Tratamos con un misterio de fe, y nadie, ni el mayor de los teólogos, puede aspirar a comprenderlo realmente. A lo más que puede llegarse es a distintos grados de ignorancia. Nadie debe sentirse frustrado si hay misterios de fe. Sólo una persona enferma de soberbia intelectual consumada pretenderá abarcar lo infinito, la insondable profundidad de la naturaleza de Dios. Más que resentir nuestras humanas limitaciones, tenemos que movernos al agradecimiento porque Dios se ha dignado decirnos tanto sobre Sí mismo, sobre su naturaleza íntima. Al pensar en la Trinidad Beatísima tenemos que estar en guardia contra un error: No podemos pensar en Dios Padre como el que «viene primero», y en Dios Hijo como el que viene después y Dios Espíritu Santo un poco más tarde todavía. Los tres son igualmente eternos al poseer la misma naturaleza divina; el Verbo de Dios y el Amor de Dios son tan sin tiempo como la Naturaleza de Dios. Y Dios Hijo y Dios Espíritu Santo no están subordinados al Padre en modo alguno; ninguna de las Personas es más poderosa, más sapiente, más grande que las demás. Las tres tienen igual perfección infinita, igualdad basada en la única naturaleza divina que las tres poseen. Sin embargo, atribuimos a cada Persona divina ciertas obras, ciertas actividades, que parecen más apropiadas a la particular relación de esta o aquella Persona divina. Por ejemplo, atribuimos a Dios Padre la obra de la creación, ya que pensamos en El como el «generador», el instigador, el motor de todas las cosas, la sede del infinito poder que Dios posee. Parecidamente, ya que Dios Hijo es el Conocimiento o la Sabiduría del Padre, le adscribimos las obras de sapiencia; es El quien vino a la tierra para darnos a conocer la verdad y salvar el abismo entre Dios y el hombre. Finalmente, dado que el Espíritu Santo es el Amor infinito, le apropiamos las obras de amor, especialmente la santificación de las almas, ya que resulta de la inhabitación del Amor de Dios en nuestra alma. Dios Padre es el Creador, Dios Hijo es el Redentor, Dios Espíritu Santo es el Santificador. Y, sin embargo, lo que Uno hace, lo hacen Todos; donde Uno está, están los tres. Este es el misterio de la Trinidad Santísima: la infinita variedad en la unidad absoluta, cuya belleza nos colmará en el cielo.

11 de maio de 2008

¿Qué teme el ateo de Oxford? - Paul Johnson

¿Qué teme el ateo de Oxford?¿Por qué se han acobardado los ateos? Tras haber proclamado durante un siglo que los argumentos a favor de la existencia de Dios sólo debían exponerse a la luz del día y la discusión pública para desmoronarse ignominiosamente, ¿por qué comienzan a sentir pánico de sus propios argumentos? ¿Por qué, después de atrincherarse en su altiva arrogancia, empiezan a temblar de repente? Lo pregunto a la luz de la terminante negativa de Richard Dawkins a abandonar su seguro reducto académico para debatir conmigo, en un foro abierto, según reglas convenidas y con coordinación neutral, la existencia o inexistencia de Dios. Si el cabecilla del lobby antiteísta de Gran Bretaña, y dueño de la primera cátedra de Ateísmo de Oxford -sí, sé que oficialmente es para explicar las ciencias, pero todos sabemos qué se trae Dawkins entre manos-, no está dispuesto a defender sus convicciones, debemos llegar a la conclusión de que están en graves aprietos. Dejo de lado la razón aparente del rechazo de Dawkins: que mi desafío está motivado por intereses personales. Todos sabemos que no es el verdadero motivo. Está asustado. A fin de cuentas, según el autor de El gen egoísta, todos nos guiamos continuamente por intereses personales y cualquier otro motivo sería antinatural o ilusorio. Huelga decir que no comparto a esta deprimente visión de la humanidad, y compadezco al profesor por creer imposible que un ser humano sea impulsado por la fe, una causa, un genuino deseo de esclarecer a la sociedad o -el principal objetivo en mi caso- un ferviente deseo de compartir el precioso don de la creencia en Dios con tantos mortales como sea posible. Una de las consecuencias espantosas de ser un materialista como Dawkins es que, por lógica, uno está obligado a negar la existencia de la metafísica, y el mundo del espíritu se convierte en zona prohibida. Uno está obligado a encarcelarse en una existencia unidimensional, sin pasado significativo y sin futuro personal, donde lo único que importan son objetos materiales empujados por genes porcinos. Pero, como decía, la razón que alega Dawkins para eludir el debate no es la real. Sospecho que hay tres razones principales para que Dawkins no compita. Una es la pereza intelectual típica de los divos de Oxford y Cambridge. A fin de cuentas, si uno está acostumbrado a actuar como una ingeniosa eminencia intelectual frente a jóvenes boquiabiertos, o a conferenciar ante públicos dóciles que anotan cada palabra como si fuera la Sagrada Escritura, o a pavonearse como león residente en la provinciana sociedad de las tertulias oxonienses, cuesta salir al mundo real donde la gente replica y exige pruebas, y las piruetas académicas son inconducentes. Fuera del ámbito protegido de los claustros, no existe un puesto intelectual seguro. Dawkins lo sabe. Una cosa es ir a Londres para emitir sonidos en un estudio de televisión, y muy otra enfrentarse a una audiencia en vivo durante dos horas respetando auténticas reglas del marqués de Queensberry. Además, sospecho que Dawkins está preocupado por la pobreza de sus argumentos. En el siglo diecinueve los positivistas llevaban las de ganar, en cierto sentido: podían señalar las ridiculeces que los teólogos habían dicho en el pasado -ángeles bailando en la cabeza de un alfiler, por ejemplo- sin contar con un cúmulo similar de idioteces arcaicas en su propio bando. Pero ya no es así. Las expresiones del ateísmo ahora tienen una larga historia, y es espectacularmente tonta. Los obiter dicta de científicos materialistas de otros tiempos, en su época tan eminentes y aplomados como Dawkins, constituyen hoy una lectura hilarante. Emile Littré definió el "alma" como "la suma anatómica de las funciones del cuello y la columna vertebral, y la suma fisiológica de la función del poder de percepción del cerebro". En cambio, Ernst Haeckel afirmó: "Ahora sabemos que ... el alma [es] una suma de plasmamovimientos en las células de los ganglios". Hippolyte Taine escribió: "El hombre es un autómata espiritual... el vicio y la virtud son productos, como el azúcar y el vitriolo". Karl Vogt insistía: "Los pensamientos brotan del cerebro como la bilis del hígado o la orina de los ríñones". Jacob Moleshot estaba igualmente seguro: "Ningún pensamiento [puede surgir] sin fósforo". En esa época los ateos sólo tenían que atacar. Ahora tienen mucho que defender o repudiar. Comprendo que Dawkins tenga miedo de que en un foro público sus plasmamovimientos terminen retorciéndose en las células de sus ganglios. En tercer lugar, a diferencia de sus predecesores, los ateos de hoy tienen las cosas fáciles. La sociedad -en el mundo académico, en los medios de comunicación, en el discurso público, en la conversación común- está orientada a su favor, como antaño estaba a favor de los cristianos. Como bien sé por experiencia propia, la inclusión de Dios en las argumentaciones -en un estudio de televisión, a una mesa, en una discusión pública- es un delito social que provoca inquietud, contrariedad y vergüenza. Dios es una palabra insultante que sólo se debe pronunciar dentro de zonas certificadas. En todas partes se da por sentado cierto agnosticismo irreflexivo, así que los ateos rara vez deben exponer sus argumentos ab initio. Casi los han olvidado. No siempre fue así. Thomas Henry Huxley tuvo que enfrentarse toda la vida con obispos militantes y políticos cristianos convencidos, y era un orador de primera; en comparación, Dawkins parece un haragán. George Bernard Shaw y H. G. Wells debatían continuamente en foros públicos acerca de Dios, la religión y la posibilidad de una vida ultraterrenal con gente como Hilaire Belloc y G. K. S. Chesterton. También eran brillantes en la lucha. Bertrand Russell defendió su propia versión de la racionalidad contra toda clase de contrincantes durante tres cuartos de siglo y sabía cómo hacerlo. Y, si mal no recuerdo, Freddie Ayer jamás eludió una pelea. Pero Dawkins no sabe si puede salirse con la suya. Está inseguro de sus argumentos, su causa y su destreza. Teme ponerse en ridículo frente al mundo y frente a sus colegas académicos, quienes, al margen de sus creencias, disfrutarían en grande si vieran un tropezón del Rey Ateísmo. Así que Dawkins masculla en su campamento del New College, temeroso de ponerse la armadura y afrontar la lid. Como dijo el poeta Chapman, hay algo despreciable en el escéptico inactivo: Oh incredulidad, ingenio de los necios, que chapuceramente escupen sobre todo lo bello, castillo del cobarde y cuna del perezoso.

"El undécimo mandamiento de Karl Popper" - Paul Johnson

Los filósofos no nos han servido de mucho en este siglo. Idealmente, un filósofo debería ser un pensador de inteligencia pura y penetrante que la usa tanto para buscar la verdad y adquirir sabiduría como para comunicarlas a los demás de maneras que podamos usar en la vida y el trabajo. Según esta definición, hemos recibido un pésimo servicio. Bertrand Russell escribió muchos libros y artículos dirigidos al público general, pero es imposible señalar un mensaje destacado de él que haya resistido la prueba del tiempo. La mayoría de sus asertos están en contradicción con otras declaraciones, producto de sus repentinos cambios de opinión. Y sostenía altivamente que su trabajo serio, con lo cual se refería a sus Principia Mathematica, no tenía nada que ver con la gente común. Durante setenta años nos entretuvo como uno de los actores protagonistas de la telenovela cultural "¿Qué pasa entre los intelectuales?" pero, en cuanto a transmitir sabiduría, es como si nunca hubiera existido. Jean-Paul Sartre era menos esnob y trató genuinamente de elaborar una filosofía de vida para los jóvenes. Pero medio siglo después lanzó el existencialismo, y nada queda de él salvo el rancio aroma del aire caliente. Luego se esforzó por predicar una mala moralidad, sobre todo en el uso de la violencia: uno de sus más capaces discípulos del Tercer Mundo, Pol Pot, todavía está matando gente. Lo mejor que puede decirse de Russell y de Sartre es que despreciaron los trucos académicos de salón que han ocupado a la mayoría de los filósofos del siglo veinte. Wittgenstein y Freddie Ayer, los más famosos de ellos, hicieron grandes esfuerzos para convencernos de que la filosofía moderna era una empresa frivola, un refinado juego de preguntas y respuestas que no tenía relación con las grandes tragedias de nuestro tiempo. El mensaje que recibí de Wittgenstein es que nada podía demostrarse. Ayer, en la medida en que tuvo alguna influencia, causó daño. Como señala lord Hailsham en su nuevo libro -un esfuerzo notable en un hombre de ochenta y seis años, bellamente impreso en su letra manuscrita-, Ayer convenció a muchos lectores de que la mayoría de las grandes verdades morales y estéticas de las que depende la civilización son meros juicios de valor, imposibles de validar filosóficamente, y en consecuencia, insignificantes. Sin embargo, existe una maravillosa excepción en el lamentable desfile de los filósofos profesionales de nuestro tiempo. Karl Popper, que falleció en Londres durante el fin de semana, no sólo era un hombre auténticamente sabio sino que logró difundir esclarecimiento donde realmente importa: entre los hombres y mujeres de negocios, los poderosos e influyentes. Uno tendría que regresar a Locke, o al menos a Adam Smith, para encontrar un filósofo que fuera más leído y asimilado por los políticos y funcionarios, los empresarios y científicos, los escritores y periodistas. Popper no pudo impedir las monumentales catástrofes del siglo veinte, pero sus enseñanzas fueron decisivas para ponerles fin y contribuirán a evitar que se repitan. Los mensajes que transmitió cubren una amplia zona y se entrelazan con fuerza impresionante. No fue hombre de un solo libro. Su obra más famosa, La sociedad abierta y sus enemigos (1945), constituye la más devastadora denuncia jamás escrita de los crímenes del totalitarismo, y tendría que haber anulado para siempre la vena absolutista que mancha la filosofía desde Platón en adelante. Pero la continuó en su notable La pobreza del historicismo (1957), que expone la locura de todos los intentos grandilocuentes de explicar el mundo, la historia y la conducta humana con un sesgo determinista. Todos los jóvenes inteligentes deberían leer estos dos libros al finalizar la enseñanza secundaria o al comenzar la universidad, antes de ser víctimas del ismo de moda. Popper es una vacunación múltiple, una potente inyección que debería proteger a los jóvenes brillantes de la mayoría de las enfermedades intelectuales. Sin embargo, estos libros se apoyan en otro que en cierto sentido es más importante, la Lógica del descubrimiento científico (1934), que encarna su enfoque de la evidencia y la prueba. Popper aprendió de Einstein, el héroe de su juventud, a ser cauto con el entusiasmo del descubrimiento. Cuando estamos trabajando en un problema, científico o de otra índole, formulamos una hipótesis y procuramos verificarla empíricamente. Siendo la naturaleza humana como es, si la hipótesis es interesante porque abraza una verdad nueva e importante, o si concuerda con nuestras ideas preconcebidas, tendemos a buscar pruebas que la respalden, y a ignorar o desechar las pruebas que la refutan. Peor aún, si surgen pruebas negativas, modificamos descaradamente la teoría para acomodarla, en lugar de admitir valerosamente que la hipótesis es falsa y comenzar de nuevo. Popper citaba a Marx y Freud como ejemplos destacados de seudocientíficos que lucharon a muerte por sus falsas hipótesis en vez de admitir el peso de la prueba contra ellas. En cambio, Einstein construyó su teoría general de la relatividad de tal manera que resultaba fácil verificarla empíricamente, y no se podía considerar válida hasta que aprobara los tres exámenes vitales que él fijó. Aun así, era sólo una teoría provisional, sujeta a verificación constante. Popper nos enseñó que todo conocimiento empírico es provisional, que la soberbia de la certeza es un pecado mortal y que la búsqueda incesante de la verdad requiere un valor intelectual heroico. Estas son lecciones que todos podemos aprovechar y que se aplican a casi todas las formas elevadas de la actividad humana, desde el arte del gobierno y la legislación hasta la escritura de la Historia. Como historiador, me he adherido a la metodología de Popper, aunque requiere una autodisciplina tremenda. Una vez que hemos corroborado que determinada interpretación de la Historia es correcta, nada es más difícil que buscar sistemáticamente pruebas para refutarla. Pero es preciso hacerlo si deseamos ser científicos según la definición de Popper. El papel que valoro por encima de todo los demás es una carta que me escribió el año pasado, con las más generosas alabanzas para mi libro Tiempos modernos. Lo he hecho enmarcar y cuelga en mi estudio encima de donde escribo, para recordarme diariamente que los principios de falsificación y verificación que Popper defendía son el undécimo mandamiento, y que un escritor sólo puede ignorarlos por su cuenta y riesgo.

5 de maio de 2008

LINKS VARIADOS 2

ARKTIS - Arktis (1974) (nota 8,5) http://paylesssofts.net/rs/?id=4bb22986

BEDEMON - Invocation to Doom ( 72-75) (nota 8,0)http://paylesssofts.net/rs/?id=e8a27591 HAYRY CHAPTER - Eyes (1970 ), Can't Get Through" ( 1971),(nota 8,7) Part 1 http://paylesssofts.net/rs/?id=6806230 Part 2http://paylesssofts.net/rs/?id=f506231
HAZE - Hazecolor-dia (1971 ) (nota 7,8)http://paylesssofts.net/rs/?id=33228260
DEMONS THOR - Written in the Sky (1973 ) (nota 7,8)http://paylesssofts.net/rs/?id=df127587

LINKS VARIADOS

PENCA DE ALBUNS RAROS. SÓ HARD/PROG E AFINS!

Como não tou com muito tempo para comentar os albuns postados e tb para evitar falar bobagens ou obviedades inúteis, segue, doravante, uma lista de links para download acompanhados das capas dos respectivos albuns.
Aliás, é melhor ouvir do que falar sobre música. Aí a coisa fica tranqüila. Ouviu, gostou; torna-se a ouvir. Não gostou, esqueça ou dê um segunda chance. O importante, neste caso, é ter a oportunidade de conhecer e sair da dicotomia fácil gosto/não gosto. E o campo da experiência estética na música popular é vastíssimo, indo da mais crassa decepção (ou confirmação daquilo que vc. esperava: é tudo uma merda só) a descobertas inimagináveis e, por isso mesmo, gratificantes. Da minha parte, fico com a convicção de que há, sim, inteligência, criatividade e até gênio na música rock, não menos que na música de conservatório. Quem realmente gosta de música não pode se dar o luxo de fincar pé em segmentações e classificações, que, hehehehehe, não se prestam à fruição, pois sequer podem ser "ouvidas". Isso não quer dizer que não haja música ruim, mas esta não é outra coisa senão, pelo menos no meu caso, a que fica na rabeira de minha lista de prioridades. Por esse critério, coisas como axé music, samba e forró "de raiz", quase tudo de reggae, boa parte do pop/rock contemporâneo, incluindo o praticado aqui no Brasil, o bate-estaca que se convencionou chamar de música eletrônica, e até alguns ícones da "sacramentada" mpb só vou me dignar ouvir se não tiver à mão nada melhor. Infelizmente, nosso tempo de vida é curto! Felizmente, este tempo pode ser bem aproveitado! E graças a Deus existe a Internet!

JERICHO - Jericho (1972)

O melhor e, talvez, mais famoso grupo de rock de Israel. O debut album do Jericho Jones, ou simplesmente Jericho, é um clássico do heavy rock. Peso, instrumental elaboradíssimo (daí também entrar na categoria "progressive rock") e aquela adrenalina própria do estilo se vêem aqui com muita elegância e sofisticação. Para se ter uma idéia de que não exagero em dizer que Jericho está entre os 5 melhores do gênero, basta a faixa"Kill me with your love", que antecipa praticamente tudo que depois veio a constituir o heavy metal. Lugar de destaque em minha coleção e assíduo frequentador de meu pick-up (ou diskman ou pendrive, para não parecer muito retrô)
Denis Meyer, em seu "Hard Rock Anthology - 1968/1980", dá a este album cotação máxima, a que só fazem jus duas dezenas de albuns, considerando a banda "uma das melhores que eu já cheguei a ouvir", e pode ter certeza: o cara sabe das coisas e já escutou todo o rock de que um mortal é capaz!

FUSION ORCHESTRA - Skeleton in Armour (1973)

http://link-protector.com/319434/

Grande prog hard rock oriundo do Reino Unido, com fortes e espantosos vocais femininos, numa mistura perfeita de elementos de música erudita e complexa estrutura jazzística, mais o peso e nervosismo do rock. Composições hiper elaboradas, solos soberbos de guitarra, flauta e harmonica, bateria estupenda fazem obrigatória a audição deste album. Enfim, um must.

4 de maio de 2008

GERARDO MANUEL & EL HUMO - Apocallypsis (1970)

Aproveitando o insucesso da passeata dos maconheiros e o post anterior do grupo peruano Traffic Sound, segue agora o soberbo album Apocallypsis, do Gerardo Manuel. Fantástico hard psicodélico com uma guitarra ensandecida e a voz imponente de Gerardo. Rockões de primeira linha, alguns muito pesados, dessa album que foi lançado em Lima em 1970. Simplesmente, uma jóia perdida e esquecida no tempo, exceto, é claro, pelos valentes colecionadores e apreciadores da música dessa época, cuja qualidade transcende fronteiras. Todas as canções são muito boas, porém as duas diferentes versões de "Where Did You Go" são simplesmente de lascar, porrada dura em seus ouvidos.
Post dedicado ao meu amigo Geraldo Gregório, que sabe apreciar como ninguém essas maravilhas do heavy rock!
O coeso e afinado grupo é formado por:
Gerald Red Manuel: Vocals, Maracas - Rhythm Guitar Enrique "Tip" Ego Aguirre : Guitars - Hammond Organ Jorge "The Coco" Pomar: Fender Bass, Acoustic Bass & Acoustic Rhythm Guitar "Pure" Freddy Sources: Drums & Percussions.

"Meshkalina" TRAFIC SOUND (PERU)

Em homenagem aos sábios juizes que barraram a tal marcha da maconha em várias capitais do país, marcha que, segundo seus idealizadores, tinha como propósito "debater" a legislação sobre a erva, vai "Meshkalina" do album "Virgin" - considerado pelos colecionadores mais vorazes um do maiores albuns de rock psicodélico de todos os tempos - do sensacional conjunto peruano Trafic Sound. Fico cá imaginando um "debate" entre maconheiros, aquela conversa fiada, sem pé nem cabeça, entremeada de risadas artificiais (de crododilo!), sobre o que é bom ou nocivo para a sociedade. Definitivamente, a improdutividade e a degeneração neuronal desse povo chegam às raias da falta de senso do ridículo
Obs.: se você não é maconheiro, antes de dar play aqui, ponha em pausa a playlist (Canon in D Pachelbel) que aparece na caixa ao lado em vermelho.

3 de maio de 2008

AMON DÜÜL II - Yeti (1970)

http://paylesssofts.net/rs/?id=1cd6764
Salve, salve! Clássico dos clássicos, kraut nas últimas! Para meu gosto, o melhor album do Amon Düül II e uma das coisas mais impressionantes que já ouvi. Psicodelia de primeiríssima qualidade. O som é denso, profundo e único. Todos os ingredientes do krautrock (jazz, música atonal, experimentações eletrônicas, progressive rock, Stockhausen, cosmic rock e outros baratos indispensáveis a uma nice trip) numa mistura para a qual qualquer comparação soa no mínimo indevida. Longas e elaboradíssimas sequências instrumentais, pontuadas com momentos "orientais" (acústicos), improvisações malucas e aquele clima tétrico, servindo perfeitamente de trilha sonora ao pior de seus pesadelos. Ficaria ainda melhor se os vocais fossem em alemão! Não deixa de ser esquisito. Mas o que esperar de uma boa música rock? Se é uma coisa que não suporto na música popular é a mesmice, o que tá fora de cogitação em se tratando de John Weinzierl, Chris Karrer, Renate Knaup-Kroetenschwanz e o resto da turma!
Album duplo em vinil. Faixas:
1 Soap Shop Rock: Burning Sister/Halluzination Guillotine/Gulp a Sonata 13:47 2 She Came Through the Chimney 3:01 3 Archangels Thunderbird 3:33 4 Cerberus 4:21 5 The Return of Ruebezahl 1:41 6 Eye-Shaking King 5:40 7 Pale Gallery 2:16 8 Yeti (Improvisation) 18:12 9 Yeti Talks to Yogi (Improvisation) 6:18 10 Sandoz in the Rain (Improvisation) 9:00

JERUSALEM - Same (1972)

Banda produzida por Ian Gillan e, como não poderia deixar de ser, clone do Deep Purple. Porém, muito boa. Hard rock eficiente e excitante em alguns momentos. O som é naquela linha meio nervosa e quebrada do album Fireball. Recomendado não só a fans da maior banda de rock de todos os tempos.

DIES IRAE - First (1971)

Prog rock hiper sofisticado com inequívoca influência do Black Sabbath. Mais um clássico do krautrock. Guitarras furiosas duelam com riffs de harmônica. Como sempre, aquela agradável mistura de peso e agressividade com melodias complexas e bem estruturada, tudo isso executado com extremo virtuosismo. Vale a pena conferir.

VIRUS - Revelation (1971)

http://paylesssofts.net/rs/?id=7638277

Prog rock com muito peso, banda alemã tipica do movimento kraut. Excelentes guitarras combinadas com expressivo órgão e vocal em inglês. Algo entre Pink Floyd e, sei lá, Grand Funk Railroad, na linha do primeiro do Eloy. Não obstante essas referências, a música do Virus é absolutamente original, reservando gratas surpresas auditivas ao longo de todo o album. Belas variações melódicas marcadas com riffs criativos. Enfim, tão bom quanto o seu debut album.

2 de maio de 2008

ARCADIUM - Breathe Awhile (1969)

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Formed in mid-1969,a very early prog group. They made an album and a single before splitting. Both became incredibly rare, but Repertoire has reissued Breathe Awhile with the single tracks as bonuses-effectively the group's collected works. Very heavy and atmospheric hard-rocking stuff, with lots of organ and 12-string acoustic guitar. Breathe Awhile is described as being "full of anguish and despair, even in the quieter moments" but the anguish and despair is almost never strong, and quiet moments are rare. The group is a lot like Led Zepplin, the album is a non-stop roller coaster of speed and agression with no relief, the few and fleeting slow parts are only build-ups to the fast parts, and utter lack of contrast causes what little emotion is sprinkled throughout to sound bland, worn out by never-ending attempts to thrill. Breathe Awhile is one over-sized finale with no beginning nor epilogue, and worthwhile only for those who like continuously agressive and climactic music. Either a great group that didn't fulfil their potential or a bad group that made a fair album. The latter seems most likely, as the playing (especially the vocals) is too pompous. In particular, the frightfully incessant and astoundingly arrogant "Woman of a Thousand Years" is one of the worst prog tunes ever: brainless organ beats behind Robert Plant-style vocals and preachy lyrics, broken by a choral singing of the title. How pretentious can you get? In contrast, the 10-minute "Birth, Life and Death" opens with 6 minutes of crafty and glorious instrumentation (Birth). The vocal period (Life) mourns human life as a simple game of limited choice, then climaxes with a choral chant (Death). If you have nothing better to buy, get this album and try listening to this song first; it's by far their best, but its impact is deflated by the fact that most of the album is climactic. The single A-side, "Sing My Song", is filled with lonely organ,gentle guitar, and some striking riffs. The B-side, "Riding Alone", is similar but better, though brief. -- Robert Orme

MICHAEL QUATRO - In Collaboration with the Gods (1975)

Hard prog do irmão da lendária rockeira Suzi Quatro, a Suzy Q do Creedence Clearwater Revival. Excelente album desse tecladista que prima em fazer versões em música rock para clássicos da música erudita, como a impagável Rollerbach do album subsequente, ou então em compor belos rocks sinfônicos LINK FOR DOWNLOAD: CLICK IN TITLE OF THESE POST

TERRY CALLIER -What Color Is Love (1972 US)

Like the artist himself, the music on this brilliant album defies all categories, embracing Terry Callier's wide range of influences and experiences. Callier's musical kaleidoscope is filled with funk, rock, folk, jazz, and even classical influences. "Dancing Girl" opens the album with Charles Stepney's majestic orchestration. This opus is the album's pinnacle, moving with soft intensity toward soul-stirring crescendos. Songs like "What Color Is Love" and "Ho Tsing Mee (A Song of the Sun)," an elegant antiwar prayer of confusion, somehow avoid clichés or take them to another level. "You Goin' to Miss Your Candyman" was made popular by Urban Species when they sampled it on "Listen" in the early '90s, and not surprisingly, it sounds better in its original form. No matter where you turn, Callier's passionate voice captures the sweeping drama of the human condition. A lost romantic amid "concrete front yards," this album is a must-have for any music connoisseur. 1 Dancing Girl Callier 9:03 2 What Color Is Love Callier 4:06 3 You Goin' Miss Your Candyman Braxton, Callier 7:21 4 Just as Long as We're in Love Callier, Wade 3:42 5 Ho Tsing Mee (A Song of the Sun) Callier 4:21 6 I'd Rather Be With You Butler, Callier, Wade 6:40 7 You Don't Care Callier, Wade 5:29 Texto extraído de allmusic guide