Documento da cúria romana intitulado "Jesus Cristo portador da água da vidad: uma reflexão cristã sobre a ´Nova Era`" Link no título desta postagem
8 de novembro de 2007
O monstro da mitologia latino-americana:"decifra-me ou censuro-te"
Para quem tiver dúvidas sobre a existência e o propósito do Fórum de São Paulo assim como sobre a paternidade de Hugo Chavez e o futuro sombrio que nos espera, não é preciso recorrer ao oráculo de Delfos: a esfinge da comunidade esotérica instalada no palácio do Planalto lança o enigma:
"Foi assim que nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso companheiro, presidente Chávez, a criação do Grupo de Amigos para encontrar uma solução tranqüila que, graças a Deus, aconteceu na Venezuela.
E só foi possível graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um Estado com outro Estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem está lembrado, o Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa relação foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como presidente da Venezuela.
Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política. Foi assim que surgiu a nossa convicção de que era preciso fazer com que a integração da América Latina deixasse de ser um discurso feito por todos aqueles que, em algum momento, se candidataram a alguma coisa, para se tornar uma política concreta e real de ação dos governantes. Foi assim que nós assistimos a evolução política no nosso continente."
Link para o oráculo, clicando no título desta postagem.
Pânico na tv
9 de Novembro de 2007, 1:30 da madrugada. Meio sonolento, acabo de assistir ao filme "Floresta do mal", trash sobre um reality show cujos participantes são vítimas de uma família de canibais, sangue espirrando pela tela do televisor. Sintonizo o canal 7, Record News, reportagem sobre a Mongólia, ouço o seguinte comentário: "Os mongóis concebem o homem como parte da natureza. Eles não tem a noção de propriedade. Os nômades, quando a terra se esgota e a caça se esvai, recolhem seus pertences e vão para outro lugar". Perco a vontade de dormir, tomo o comprimido de cloridrato de paroxetina que havia esquecido e, sem medo, me recolho a minha vil insignificância.
Dez princípios conservadores
Traduzido pelo Padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr., o artigo de Russel Kirk que ora reproduzimos deixa bastante claro que conservadorismo não é uma corrente política, entre outras, ou pano de fundo ideológico de quem se beneficia com o status quo, nem mesmo um posicionamento puramente teórico refratário a toda e qualquer mudança. Conservador é, antes de mais, a qualificação de "um estado da mente, de um tipo de caráter, de uma maneira de olhar para a ordem social civil" ou, para falar em termos estritamente antropológicos, a característica da alma perfeitamente ordenada, à qual se contrapõe o tipo esquerdopata, que pensa que o máximo de liberdade a que pode aspirar o ser humano é o "direito" de subverter os costumes dos povos e os princípios consubstanciados na tradição ocidental (judáico-cristã e grega), substituindo-os pelos seus mais pueris e insanos caprichos, em geral forjados a partir de torpes modismos intelectuais. Se o conservador sabe que o real é o cosmos, no qual somente cada coisa determinada tem o seu lugar e em referência ao qual os entes, tal como são em si, se manifestam ao conhecimento humano, o progressista aposta todas as fichas no caos, isto é, no retraimento do próprio horizonte do ser e, por conseguinte, na indiferença ontológica de todas as coisas, a começar do proposital obscurecimento dos valores morais, isto é, da linguagem consuetudinária em que se expressa a infalível capacidade humana de distinguir o certo e o errado na conduta. Este nega a transcendência ou, ao menos, a reduz aos mais prosaicos, mesquinhos e efêmeros ideais humanos; aquele percebe, de maneira imediata e luminosa, que o princípio da ordem do ser (a verdade), sendo mais cognoscível por natureza, porém menos para o homem, é imutável e aponta para o divino em nós. Um se conduz resolutamente sempre em vista da perfeição (reflexo da ordem cósmica em sua alma), com olhar fixo na verdade, no bem e na beleza; o outro, típico espírito de porco, que nivela tudo por baixo, sofre com a impassibilidade das almas nobres diante dos revezes da fortuna, desejando ardentemente que elas, de uma vez por todas, sucumbam ao inimigo na eterna e gloriosa luta para atingir a sabedoria e a santidade de que um mortal é capaz. Em suma, onde o inquieto progressista vê um "mundo", mecanicamente estruturado e repleto de possibilidades, entre as quais ele transita, in abstracto, sem se apegar a nenhuma delas ( daí sua absoluta falta de responsabilidade), o conservador vê um cosmos - o lógos por força do qual somente as coisas (pragmata) se desvelam (aletheia) em sua essência (ousía) à percepção humana (nous) -, de cujas leis imutáveis procura, humildemente, extrair as diretrizes de sua vida, material e espiritual.
PS: A despeito dos eventuais equívocos e do inegável déficit intelectual deste blogueiro, que o leitor consciencioso pode bem corrigir, permanece a minha inamovível decisão de, através de tudo o que for postado aqui, expressar o meu sentimento de repulsa perante a maior doença espiritual de todos os séculos, a esquerdopatia, antes que, vaidosamente, dar sinais de erudição.
aristokraut ii: Dez princípios conservadores
Marcadores: Dez princípios conservadores
Assinar:
Postagens (Atom)