Antes era o colesterol. Bem, aconselharam a substituição da menteiga pela margarina e, no máximo, um ovo por semana. Depois, veio a odiosa gordura saturada. Nada de frituras, redução do consumo de carne bovina, creme vegetal, brócolis, chuchu... Agora, é a tal da trans. Troca-se a gordura vegetal hidrogenada pela gordura vegetal interestificada. Já se cogita, porém, que esta última também faz mal a saúde, pois pode aumentar o nível de colesterol e a concentração de açucar no sangue.Não nego que essa neurose por um comida 100% benéfica à saúde tenha lá, digamos, seus fundamentos científicos. Mas esse barulho todo em torno da alimentação produzida industrialmente tem um único e evidente propósito: colocar a hipocondria a serviço da guerra cultural contra o capitalismo, hehehehehe.Comida e bebida politicamente corretas.Sexo politicamente correto.Trabalho politicamente correto.Medicina politicamente correta.Direito politicamente correto.Economia politicamente correta.Arte e tecnologia politicamente corretas.Ciências naturais politicamente corretas. Lógica politicamente correta.Educação politicamente correta.Crime politicamente correto.So falta o quê se enquadrar de vez na ditadura do ideal coletivista sobre a vida do indivíduo?Uma metafísica e uma religiosidade politicamente corretas?Com essa política politicamente correta, querem mesmo é infundir nas pessoas um medo doentio da liberdade, o que significa suprimi-la por completo, e lhes dar uma sensação falsa de segurança, e isto, em tempos de terrorismo ideológico, é assimilado já como felicidade.
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Governo quer restringir propaganda de alimentos com alto teor de gorduras
Por Luisa Belchior, na Folha.
O Ministério da Saúde fará consulta pública para decidir sobre a restrição a publicidade de alimentos com quantidades de açúcar, gorduras saturada e trans e sódio consideradas elevadas pelo ministério. O ministro José Gomes Temporão (Saúde) disse nesta terça-feira que as consultas estão sendo preparadas.Na semana passada, o ministério apresentou pesquisa mostrando que a maioria das propagandas de alimentos na programação da televisão brasileira é de alimentos com quantidades de açúcar, gorduras saturadas e trans e sódio consideradas elevadas pelo ministério.A idéia é fortalecer um programa da pasta de prevenção a doenças como hipertensão, diabetes e doenças coronarianas, cujo tratamento representa 60% dos recursos do SUS (Sistema Único de Saúde), segundo o ministério. Alimentos com alto teor de gorduras, açúcar e sal (presente no sódio) são fator de risco para essas doenças, segundo o ministério.A intenção da consulta, segundo Temporão, é ter uma resposta da população sobre as restrições a esse tipo de propaganda antes de regulamentá-lo. "Vai ser feita a consulta pública. Vamos ouvir todo mundo para depois poder tomar as decisões", declarou o ministro ontem, no Rio.Estudo da UnB (Universidade de Brasília) divulgado semana passada pelo ministério, que analisou 128.525 peças publicitárias veiculadas em 3.108 horas de programação televisiva, constatou que 18% de todas as propagandas de alimentos eram dos chamados fast-food, seguidos de guloseimas e sorvetes (17,%), refrigerantes e sucos artificiais (14%), salgadinhos de pacote (13,%) e biscoitos doces e bolos (10%).
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