8 de setembro de 2007

FOI TONINHO MAIS UMA VÍTIMA DE JUSTIÇAMENTO?

CRIME CUJO SUSPEITO AGIU SEM MOTIVAÇÃO ALGUMA CONHECIDA. TONINHO, CELSO DANIEL, QUEIMAS DE ARQUIVO. HÁ MAIS COISA PODRE NO REINO DA PETRUALHA DO QUE PODE INTUIR NOSSO VÃO SENSO DE JUSTIÇA Rose Mary de Souza Direto de Campinas A psicóloga Roseana Garcia, viúva do prefeito Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, se mudou de Campinas há cerca de quatro anos e foi morar na capital paulista temendo por sua segurança após ser ameaçada. Ainda hoje, quase seis anos após a morte de Toninho, ela diz ter medo e temer pela segurança de sua filha. Roseana, que está em Campinas para atos em lembrança à morte do prefeito, discorda da Promotoria que aponta o seqüestrador Wanderson Neuton de Paula Lima, o Andinho, como responsável pela morte de Toninho. Ela pede a reabertura das investigações. Andinho cumpre pena em um presídio no interior de São Paulo e nega ter matado o ex-prefeito. Sua condenação chegou a quase 70 anos. O juiz do Tribunal do Júri de Campinas deve se pronunciar nos próximos dias. Toninho foi assassinado em 10 de setembro de 2001. O caso ainda corre nos tribunais. A Justiça não conseguiu determinar a motivação e o autor do tiro que tirou a vida do arquiteto, que tinha 49 anos. Toninho foi eleito com 59,79% de votos para administrar o município com quase 1 milhão de habitantes. Cerimônias Parentes e amigos vão se reunir na manhã de domingo, na avenida Mackenzie, local onde o ex-prefeito foi alvejado dentro de seu carro. À noite, às 19h, será celebrada uma missa na Igreja Nossa Senhora Aparecida, no bairro Proença, a pouco metros da casa em que a família morava. "Estou cada vez mais convencida que foi um crime de mando, do crime organizado. Cada vez fica mais claro que o estilo de Antonio era incompátivel", afirma Roseana. "É um crime que ninguém consegue resolver. O Antonio iria atrapalhar as maracutaias de muita gente. Ele era destemido até demais", comenta pontuando cada palavra. Para Roseana, a cidade que o seu marido administrou por nove meses concentra nichos da criminalidade. "A violência é cavalar", diz. "Basta procurar em arquivos e encontrar ações do narcotráfico, roubo de cargas, lavagem de dinheiro, gente graúda envolvida", enumera ela, assim como sustentou em depoimento na CPI dos Bingos na Câmara dos Deputados. Redação Terra Família de Toninho do PT tenta incluir testemunha A família do prefeito de Campinas assassinado em 2001, Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, solicitou para que uma testemunha que liga o caso ao suposto esquema de corrupção no contrato do lixo da cidade seja ouvida em juízo. A família do ex-prefeito petista contesta a versão do Ministério Público (MP), que não aponta motivação para o crime. O MP pede que o seqüestrador Wanderson de Paula Lima, o Andinho, seja levado a júri popular pelo crime de homicídio. Já a viúva e o irmão de Toninho alegam em documento entregue à Justiça que a acusação do MP necessita de "mais robusta comprovação", de acordo com o jornal Folha de S. Paulo. Redação Terra

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