4 de novembro de 2007

Esquedopatia, ateísmo, nihilismo e a tentativa de criminalizar os cristãos

Coitadinhos dos ateus e agnósticos, são tão discriminados! Esse Sottomaior é de uma cara-de-pau incrível. Só sendo um esquerdopata em fase terminal para pensar que quem não professa qualquer crença religiosa ou que, pelo menos, é indiferente a questões de fé, seja impedido de se apresentar publicamente como tal ou sofra algum tipo de retaliação jurídica ou política, embora não esteja imune, como qualquer cidadão, a avaliações morais nem, como sujeito racional, escape aos princípios básicos da lógica.
Quem, via de regra, é ridicularizado em público, boicotado no trabalho e dificilmente pode desempenhar funções ditas "intelectuais", como a de professor e estudante universitários, jornalista, artista popular etc., sem ter que esconder a Bíblia e ficar confinado humildemente na cidadela interior, são os cristãos, em particular os protestantes! Pelo visto, o que a anta do Sottomaior deseja é calar a boca dos cristãos, senão criar lobby para demiti-los de seus empregos ou até mandá-los pra cadeia, em favor da militância política dos ateus, o que fere abertamente a Constituição Federal, Título II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais Capítulo I - Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, Art. 5º, incisos seguintes: IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; Sottomaior talvez ignore, ou não queira saber, que ateísmo e agnosticismo são posições metafísicas (perfeitamente aceitáveis numa sociedade democrática, mas teórica e moralmente discutíveis) segundo as quais se rejeita a fé em Deus ou a capacidade humana de conhecê-Lo. Mas dessa rejeição ( que é uma lide que só diz respeito ao tribunal da consciência de cada um) concluir que Deus não existe e quem Nele acredita é um obscurantista intolerante, é uma pérfida falácia de semi-analfabetos. De fato, uma pessoa que, deliberada e positivamente, rejeita a fé (e não apenas lhe é insensível) já está a priori destituída da faculdade moral de obrigar os outros e, nesse sentido, não tem o direito sequer de afirmar que, se não é ouvida ou se incapaz de persuasão, é vítima de intransigência religiosa, porque age de má-fé e, por conseguinte, nenhum crédito lhe é devido. Alguns imbecis, inclusive, dizem que aos cristãos é concedida a liberdade de fazer proselitismo, ao passo que os ateus, na melhor das hipóteses, são vítimas de "preconceito". Tá bom, pelo inciso VII acima, um "ateu piedoso" pode, se sua consciência moral assim lhe prescrever, ir consolar uma pobre alma no leito de morte, tranquilizando-a de que, depois de passar desta para a melhor, estará livre dos infortúnios do nosso escarposo vale de lágrimas, na paz eterna do nada. O moribundo vai ficar tão feliz e espiritualmente tão revigorado com essa extrema unção, que será capaz de cometer um último pecado, cuspindo na cara do nosso filantropo! A soberba do ateu é que ele se acha a própria fonte das luzes da razão, considerando, por exemplo, os sete sacramantos da Igreja Católica (confissão, eucaristia, crisma, ordem, matrimônio, batismo, extrema-unção ou unção dos enfermos ) placebos da alma sem os quais não sobrevivem os tolos e fracos. Por isso, se pretende investido da tarefa de salvar a humanidade ( todos eles parecem se inspirar no Übermensch nietzscheano) das trevas da religião e infundir no coração desses "tolos e fracos" a " sua fé" . Isso porque negar a fé é ter fé na negação... na negação da verdade, na negação do bem, na negação da dignidade da pessoa humana, na negação da liberdade... Trata-se, portanto, de puro e simples nihilismo, intimamente ligado à redução moderna da consciência moral ao subjetivismo dos valores, entre os quais, acredita-se, podemos "livremente" escolher, a cada circunstância, o que melhor nos apraz, tal como escolhemos um creme dental no supermercado dentre os inúmeros tipos e marcas disponíveis.
Há nisso tudo, porém, uma confusão conceitual em torno da palavra "fé". Esta vem do latim "fides", que significa, entre outras coisas, crença, boa-fé, juramento, lealdade, fidelidade à palavra dada, sinceridade, consciência, retidão, honra, , garantia, confiança, auxílio, segurança, responsabilidade, autoridade, crédito, cumprimento, realidade etc. Todos esses sentidos podem ser resumidos a dois, que são logicamente articulados entre si: o de resgatar a palavra empenhada, cumprindo o que se prometeu, e o de, reciprocamente, admitir tanto a possibilidade de outrem manter a palavra quanto a realidade da disposição de este fazer o que prometera. Por essa razão Kant, na Lógica, sustenta que "a crença não é uma fonte particular de conhecimento, é um espécie de assentimento conscientemente imperfeito e, se o considerarmos restrito a uma espécie particular de objetos (que só pertencem à crença), distingue-se da opinião, não por grau, mas pela relação que, como conhecimento, ele tem com a ação", de tal modo que, limitada ao terreno da práxis e, em virtude disso, sob o pressuposto da liberdade da vontade, "fides é propriamente fidelidade im pacto, ou a mútua confiança subjetica de que a promessa que um fez ao outro será mantida. Fidelidade e crença (Treue und Glauben): a primeira, quando o pacto foi estipulado; a segunda quando deve ser concluído".
Desde essa perspectiva, fé em Deus nada mais significa que pôr como matéria do nosso arbítrio (representá-lo como um fim objetivamente necessário) o efetivo cumprimento de Sua palavra, enquanto expressão seja da vontade divina para conosco ( a maneira de agirmos) seja das consequências que se seguirão do fato de sermos agradáveis a Deus (a bem-aventurança). Em suma, crer em Deus é livremente escolher agir de acordo com (já que podemos agir contra) a Sua vontade, tal como manifesta na Bíblia, e, por conseguinte, reconhecer na Sua existência a condição necessária, não do cumprimento do dever, mas do bem supremo de todos aqueles para os quais o dever é um motivo por si só suficiente de determinação do livre-arbítrio.
Dito isso, querer privar o indivíduo da livre expressão de sua fé e, portanto, de sua consciência moral, é ofender a própria humanidade. Pois equivale a, ilegítima e ilegalmente, proibir-nos de estabecer e concluir um pacto íntimo com Deus, pacto esse que o ateu (e até o agnóstico)não está disposto a fazer, mas a que, no entanto, ninguém o obriga. Agora, quando toma sua opinião ( de que Deus não existe ou é incognoscível, o que pode ser verdadeiro mas pode também ser falso, sendo que tal decisão é teoricamente impossível para a razão humana) como uma causa a ser defendida ( contra o cristão), o ateu ou o agnóstico acaba por querer fazer de sua vontade lei, isto é, do nihilismo e do relativismo moral a regra suprema e inquestionável a que todos devem se submeter e, a fortiori, a medida única da tolerância social.
É certo que o reino dos verdadeiros cristãos não se encontra aqui neste mundo e que as épocas de maior elevação espiritual coincidiram com aquelas em que os cristãos sofreram as maiores perseguições. Mas isso não serve de pretexto para os cristãos, como gado pronto para o abate, se deixarem ferrar pelas "ações afirmativas" de ateus calhordas, pois o que aqui está em jogo é, antes de mais nada, o respeito à constituição e ao estado democrático de direito.
Daniel Sottomaior, se, como vc. diz, 53% dos norte-americanos rejeitam um canditado a cargo eletivo que se declare ateu*, é porque eles sabem perfeitamente que militar na causa do ateísmo é canalhice, exatamente o contrário de pregar a palavra de Deus, atitute que, se se constitui em propaganda religiosa (segundo sua interpretação), pelo menos não se impõe ditatorialmente sobre a vontade alheia, já que você ( e qualquer um) tem a liberdade, e até o poder, de não acreditar no que ouve, mas nem por isso tem o direito de calar aquele que você não quer ouvir. E um conselho: deixe os cristãos em paz e vá à merda com sua Camara de ateísmo e agnosticismo, seja lá o que isso signifique!

* Declarar-se ateu, sobretudo por quem ocupa ou procura ocupar um cargo acessível por via eleitoral, é não só fazer propaganda mas também tornar o ateísmo uma causa política e moralmente defensável, mesmo que isso vá de encontro às leis vigentes. Porque aí se trata de um juízo prático no qual já está implícita a pretensão de propor o ateísmo (a proibição da fé) como norma jurídica de conduta. Tal não ocorre quando o cidadão (mesmo no exercício da atividade política) torna pública a sua fé, caso em que o declarar sua crença em Deus (ou em qualquer outra coisa) significa, do ponto de vista da Constituição, apenas e tão-somente o reconhecimento (que pode lhe custar caro!) de que todos têm a liberdade de omitir o que pensa ou aquilo em que acredita, mais ainda, de não acreditar no que quer que seja (inclusive no que ele diz). Ademais, por que ateus e céticos se preocupam tanto com a credulidade alheia?

10 comentários:

luiz mott disse...

"O texto da palestra de Sottomaior é uma lição de clareza, consistência e ilustração, demonstrando o quanto os ateus ainda são vítimas da intolerância religiosa. Por sua vez, os comentários de Marcos Alberto de Oliveira confirmam o quanto os religiosas, sobretudo os fundamentalistas, em vez de argumentar racionalmente, apelam para o autoritarismo do Magister Dixit e da revelação divina, inerentes aos dogmas religiosos. A pergunta final de Oliveira peca pelo simplismo: "Por que ateus e céticos se preocupam tanto com a credulidade alheia", a resposta obvia é que os crentes, de todos os credos, impedem, entre outros crimes religiosos, que todos os seres humanos sejam tratados com respeito e dignidade: a justificação hístórica defendida, p.ex., pelas religiões de tradição abraâmica (judasimo, cristianismo e islamismo) do racismo, escravismo, machismo, homofobia, xenofobia, militarismo, etc, etc, sem falar mais modernamente, a condenação do uso do preservativo, do feminismo e do divórcio, são exemplos de quanto a credulidade alheia afeta negativamente a vida de todos nós, inclusive dos ateus. Luiz Mott, Fundador do Grupo Ateista Latino Americano

Marcos Alberto de Oliveira disse...

Embora não surta qualquer efeito persuasivo sobre uma cabeça comprometida cegamente com a defesa ou ataque de causas, antes que com a verdade, ainda é uma excelente estratégia de refutação explicitar as contradições internas do discurso partidário. Isso, ao menos, serve para mostrar o quanto há de honestidade intelectual em quem, ao mesmo tempo que se arroga impugnar a fé e até a mera opinião dos outros, ignora que a contradição interna invalida formalmente as suas próprias "teses"; pois explicar-lhe que a condição suficiente da falsidade é a contradição encerra a mesma facilidade que dissuadir um salteador de estrada da prática de roubo com o argumento de que ele está cometendo uma injustiça arrebatando de outrem algo que não é seu.
Pois bem.
Se todos os crentes, de todas as denominações religiosas, impedem "todos os seres humanos de serem tratados com respeito e dignidade", então das duas uma: ou os crentes não permitem que parte das pessoas respeite e trate com dignidade a outra parte (no caso, os ateus) ou eles diretamente desrespeitam e afrontam a dignidade de todo o resto da humanidade, sem que nada lhes aconteça. No primeiro caso, os crentes conseguiriam o MILAGRE de levar uma parte dos seres humanos ( que, evidentemente, não comunga com a fé cristã e, portanto, não tem motivo algum para levá-la a sério ou o mesmo tipo de preocupação espiritual para conceder-lhe crédito, deixando-se mover por opiniões que vão além do seu universo mental ) a se indispor com a legião furiosa de ateus militantes. No segundo, os crentes precisariam de tanto PODER ( político, econômico, bélico e até sobrenatural ), que se faria desnecessária qualquer catequese ou empenho proselitista para redimir "pecadores", já que não faltariam ateus, incluindo os mais empedernidos, decididos a negar publicamente seu próprio credo em favor de conveniências indispensáveis ao alpinismo social e aos prazeres proporcionados por nossos orifícios e protuberâncias corporais, tentação a que nem mesmo os crentes (pois quem fala pode perfeitamente faltar com a verdade, além de que, por debaixo de muita batina, parece esconder-se uma forte vocação não atendida) estão imunes. Afinal, mentira, bajulação, calúnia, chantagem e hipocrisia ainda são eficientes maneiras de exercer influência sobre os poderosos, sobretudo se estes, paradoxalmente, se constituem numa massa ingênua, imersa nas trevas da ignorância e intransigentemente crédula, como é a reputação dos cristãos aos olhos de toda a plêiade de filantropos esquerdopatas.
Contudo, não tenho dúvida alguma de que o sr. Luiz Mott sequer se deu conta de que suas afirmações são simplesmente absurdas, pois que ele imagine que sua fúria hiperbólica em imputar aos cristãos atos e motivações que sabe que são historicamente falsos se constitua num eficaz recurso retórico, que, não contente com suas peripércias de alcova, queira converter a humanidade ao homossexualismo, que pense que um "comentário" discordante do seu iluminado Sottomaior, postado, ademais, em um blog em meio a milhares de outros do mesmo gênero, é signo inequívoco de "autoritarismo" e algo impossível se o autor não for agraciado com uma "revelação divina" ou se apoie em "dogmas religiosos", ou então que a liberdade de escolher o modo de vida que julgarmos correto e, portanto, de assumir diante dos outros a conduta adotada (direito que também assiste ao sr. Luiz Mott e que ele exerce sem demonstrar qualquer tipo de constragimento, embora goste de posar de vítima de forças obscurantistas e herói em defesa de causa tão nobre)ofenda a honra e afete irremediavelmente a vida de quem livremente resolve trilhar outros caminhos, tudo isso só me faz rir e pensar que ou Luiz Mott é um paranóico enfastiado das suas "atividades científicas" ou é um bem humorado piadista que está tentando encher o meu saco. Aliás, Mott, nem pense que tenha me ocorrido seriamente a hipótese de que Vossa Senhoria está querendo ganhar notoriedade às minhas custas (que petulância minha, não é?) ou que eu esteja delirando com a incrível freqüência a este blog de ateus angustiados com a possibilidade de queimarem no fogo do inferno, por conta e graça do meu "polêmico e sábio artigo".
No mais, desejo-lhe sinceramente paz, saúde, prosperidade e que Deus lhe dê juízo e você passe a se preocupar um pouquinho mais com a salvação de sua pobre alma. Se Deus realmente não existir e se, portanto, a bem-aventurança eterna for uma vã aspiração humana, paciência: deixe-me com minha fé e meus escrúpulos conservadores, e vá você curtir o seu bacanal.

Marcos Alberto de Oliveira disse...

Em todo esse blá-blá-blá de Luiz Mott, mais rasteiro que os contorcionismos lingüísticos de intelctualóides de botequim vomitando insights etílicos às 4 da madrugada em círculo cultural de maconheiros, há um pequeno detalhe que, embora não me tenha escapado - pois é até covardia invocá-lo a meu favor- mostra bem o traquejo de nosso melindrado ateu com os rudimentos da lógica formal. Se Luiz Mott não se atém sequer às regras básicas da coerência argumentativa, quem dirá conferir judiciosa e diligentemente a correspondência do seu discurso com os fatos, que podem muito mais facilmente ser desconsiderados ou mesmo distorcidos.
Como, segundo Mott, todos os crentes, isto é, todas as pessoas que acreditam em qualquer coisa que transcenda o campo de seus interesses político-sexuais, impedem TODOS os seres humanos de...., ou os crentes se constituem em outra espécie animal (o que parece ser o caso para os esquerdopatas ateus - perdoem-me o pleonasmo -, dado o tratamento que estes querem lhes dispensar) ou então se proíbem o reconhecimento da própria dignidade e se torturam moralmente, desrespeitando a si mesmos, além, é claro, de se auto-difamarem, cometerem outros atentados contra a própria honra e, não poderia deixar de ser, blasfemarem contra o Deus que dizem acolher em seus corações.
Entendeu Mott? Ou "crente" cai sob o conceito "ser humano" ou não? Se cai, que é exatamente o que sua afirmação pressupõe, então as vítimas dos atos que vc. atribui aos creentes são, além de ateus, agnósticos, pegmeus panteístas, céticos dogmáticos, rastafáris deístas, esquimós críticos..., os próprios crentes

Unknown disse...

Interessante a mania de generalização do Sr. Marcos Alberto de Oliveira e, em geral, a mania teísta de se consdira "dona da verdade" e do direito de fazer o bem. Fácil fazer pré-julgamento e expor pré-conceitos sobre um assunto do qual ele só conhece um dos lados. Eu, como ex-teísta e ateu por convicção - convicção esta alcançada pelo uso da razão, do senso crítico (que me proporcionou um entendimento do que realmente é a bíblia) - só posso entender esses destemperos teístas e ataques gratuitos a quem não segue seus preceitos como medo. Medo de perder espaço (ateísmo e grupos como o GLSBT conquistam seus espaços) e medo de ver que seus próprios conceitos perdem credulidade a seus próprios olhos. É o que se distingue quando vulgos crentes rogam pragas, falam impropérios e traem suas próprias fés: "aquele que nunca pecou, atire a primeira pedra". Onde é mesmo que isso está escrito? Pelo visto, tem muito sujeito por aí se achando santo.

Unknown disse...

Parece que um outro ponto a definir a chatice é o dom da polêmica, que ao ser empregado em exagero passa a ser um maneirismo desgastado. Geralmente, os que usam esse artifício estão procurando construir a própria fama sobre os escombros de reputações alheias, são providos de fácil acesso aos canais de comunicações e se aproveitam disso pregando o que acham que é a verdade.

O problema está no fato da bíblia ser tratada não como uma alegoria fantástica, mas como um guia de verdades absolutas que devem nortear a vida das pessoas, mesmo com todas as contradições que apresenta.

O ateu não é contra o conhecimento e sim contra o doutrinamento nesse conjunto de regras que não estimula o senso crítico.

Sou desprovido de idéias fantasiosas ou de ilusões maniqueístas, tais como: deusa, deus, diabo, céu, inferno, pois busco o enobrecimento pessoal e a fraternidade universal, características do ser humano evoluído e consciente. Tenho meu foco na aplicação prática do conhecimento, dos resultados de pesquisa para a promoção da evolução física e psíquica da minha mente.

Eu faria uma única pergunta ao Sr. Marcos: Você já pensou no porquê de sua religião, e somente a sua e seu deus, representarem o que existe de correto e verdadeiro, apesar de existirem milhares de outras religiões espalhadas pelo mundo, cada uma delas com os seus deuses e com crentes que crêem tanto quanto você, ou mais?

Não sou como você que ataca as pessoas e não o tema, pois deve ter uma estrutura mental primária, e não apenas não duvida, mas discorda da boa fé daqueles que duvidam. Pensa que os ateus e céticos na verdade acreditam, mas são impelidos por uma obstinação misteriosa a negá-lo.

Intolerável seu comportamento, principalmente em nosso país, que é, por preceito constitucional, um estado laico e com uma diversidade religiosa muito grande.

E para encerrrar, deixo um lembrete de um grande líder:
"Crença religiosa não é uma condição prévia para a conduta ética ou para a felicidade"
Dalai Lama, no livro "Ética Para o Novo Milênio"

Um abraço
Sergio

Marcos Alberto de Oliveira disse...

E ainda pretendem falar em nome da ciência.
Meu comportamento é "intolerável". De fato, vcs não toleram qualquer opinião diferente da que sustentam, que, aliás, não passa de mera opinião, de conteúdo palpérrimo, por sinal. Vcs são um bando de nazistas, fascistas, esquerdistas...esquerdopatas. Vcs. querem é instalar a ditadura da palavra, impor a sua vontade. Por vcs. igrejas seriam fechadas, livros queimados, e os cristãos iriam penar na cadeia. Por que não falam logo? Vcs. não respeitam a tradição judáico-cristã e clássica (grega), que são, queiram ou não, a base da civilização ocidental, porque vcs. a ignoram por completo.
Vão pra Cuba, pra China ou pra Venezuela. Lá vcs. teriam a sua tão querida "liberdade de credo". Aí vcs. iriam ver o que é bom pra tosse.
O curioso é alguém reinvidicar liberdade de crença para proibir os outros de acreditarem no que quer que seja. Falta de crença não existe nem na ciência. Esta pressupõe ao menos, e não pode provar, porque isto ultrapassa os limites da investigação empírica, a regularidade dos fenômenos da natureza (ou seja,que o passado será conforme o futuro). E isto é artigo de fé.
E verifiquem, se tiverem alguma idoneidade moral: quem mais é assassinado no mundo por razões políticas e religiosas são os cristãos.

Marcos Alberto de Oliveira disse...

Primeiro um sujeito vem aqui e diz que todos os crentes são responsáveis por todos os males que afetam todas as pessoas.E eu generalizo,hahahahaha! O mesmo sujeito atribui um monte de atrocidades aos cristãos, todas falsas, e eu é que pretendo ser dono da verdade,hahahahahaha!

Ao Drigo: "Eu, como ex-teísta e ateu por convicção - convicção esta alcançada pelo uso da razão, do senso crítico (que me proporcionou um entendimento do que realmente é a bíblia)"
Parece até uma exclusividade, senão um privilégio, dos ateus fazer uso da razão. Quem acredita na, e entende o que significa, a Bíblia, não empurra goela abaixo suas crenças, apenas pronuncia publicamente a sua fidelidade à Igreja e às palavras de Deus, procurando obedecê-las. E eu é que me pretendo o dono da verdade. Quanto mais ateu, mais burro. Vá estudar lógica, retórica e treinar a raciocínio, cara!
O outro, Sérgio, já diz claramente o que pretendem os ateus, assim como os gays: ocupar espaço. Estratégia gramsciana manjada. É típico de esquerdopata. E ainda reclama por que a Bíblia não é tratada como alegoria fantástica. Meu caro, fantástica é a ignorância dos senhores.
Porra, se vc. não acredita em Deus, problema seu. Quem se importa? De novo, o vitimismo. Sou um pobre ateu incompreendido, e o mundo tem que se curvar a meus pés. E o cristãos são os doutrinadores! hahahahahah. E quem te falou, meu, que cristão, por ser crente, é contra o conhecimento? Vc.s acham que a condição para se amar a verdade, e ter um um espírito contemplativo, é ser ateu? Ora, ora, ora, vão estudar, bando de ignorantes.

E só um lembrete: ser ateu não é mérito nem também demérito. O problema é ateu burro.
Qualquer adolescente da Assembléia de Deus dá de lambuja em vocês, esquerdopatas.
Sabe o que é ser ateu na boca de vocês? Mero pretexto para esconder a burrice e a completa falta de capacidade analítica. Vcs não se preocupam em entender nada, seu negócio é militar, ocupar espaços, adquirir privilégios legais, e fazer intimidação política.
Prova disso é a indignação de Sottomayor com o dado estatístico apresentado por ele segundo o qual os norte-americanos resistem a votar num candidado ateu. Querem até determinar como, e por que razões, o cidadão deve vota. Santa petulância!
Quando vcs. tiverem sido coagidos a frequentar igrejas ou a ler a Bíblia, me falem; eu serei o primeiro a defendê-los. Enquanto isso, passem bem

Marcos Alberto de Oliveira disse...

"Ao dono do blog... quando responder aos comentários, deveria apenas ser mais ameno".

Agora,dá sim, Leonardo, para ser menos exaltado, aliás dá até pra ficar com o coração plácido, qualidade que todos os cristãos, imagino, se esforçam para, ou pelo menos fingem, possuir. O problema é que eu sou um péssimo cristão, e fico pior ainda diante de piripaque de ateu.

"Esse mundo que tem a religião judaico-cristã como base é fadado a desigualdades sociais e miséria"

Essa crítica é a mesma endereçada ao capitalismo, que, até onde sei, só trouxe riqueza, ao contrário dos regimes socialistas, cuja "economia" planificada é uma contradição em termos e no qual ninguém tem liberdade, nem gays, nem crentes, nem ateus, exceto a casta do partido dirigente. Se há desigualdades sociais, isso não se deve certamente ao fato de que uns surrupiaram bens dos outros, sob a forma da "exploração burguesa", que, segundo Marx, resulta da mais-valia e não necessariamente de más intenções. Só que a tese da mais-valia de há muito foi provada falsa, o que esquerdopatas ou ignoram ou não querem saber. O capitalismo pressupõe uma base jurídica estável e, sem dúvida alguma, um elenco de virtudes morais, a começar da boa-fé e honestidade, todas elas pregadas e difundidas pelo cristianismo.

Quanto a sua afirmação de que não é "a favor do poder político que a religião vem exercendo ultimamente em nossa sociedade", respondo-lhe o seguinte:
O poder da religião, e penso aqui nas instituições e não em crenças ou doutrinas, resulta da adesão voluntária das pessoas e se dirige diretamente a estas. Alías, essa adesão é possível num estado democrático de direito justamente porque, nele, as pessoas têm liberdade, constitucionalmente assegurada, de se associarem da maneira que lhes bem aprouver e segundo os estatutos que estabelecerem, desde que não entrem em choque com os dispositivos legais.

Abraços, e volte sempre, mesmo que as opiniões aqui defendidas lhe pareçam falsas ou mesmo absurdas. Se você me provar que o são, eu é que lhe agradeço, pois detesto permanecer, ignorante, no erro.
Quanto ao tom irado, desconsidere. Cachorro que muito late não morde, mas que assusta, assusta, sobretudo esquerdopata e essa sub-espécie meio Hello Kitty, o ateu militante e vitimista ou, como vc. bem colocou, que gosta de dar xilique

Orlando Tambosi disse...

Ôpa, Marcos,

vejo que a coisa aqui também tá pegando fogo.
Não vejo, pelo menos aqui no sul, qualquer ação agressiva em relação aos cristãos ou religiosos em geral, inclusive nas universidades.
Mas não dá pra negar que ateus e mesmo agnósticos (gente mais brandy) não são bem aceitos na comunidade e mesmo na universidade. Sinal de que a religião tem mais força do que os gatos pingados que não têm fé ou são indiferentes à religião (acho que este é o caso do agnosticismo).
Não sou contra a fé (foro íntimo) nem contra a religião em geral, mas não gosto nem um pouco das igrejas, quaisquer que sejam. Talvez eu seja um restolho do iluminismo, mas, paciência, sempre aberto ao diálogo.

Abraço

Marcos Alberto de Oliveira disse...

Ócios e ossos do ofício, quem fala tem que ouvir, e ouvir tudo: verdades, falsidades,impertinências, ofensas,críticas (que favoráveis ou não são aqui sempre justas), opiniões impensadas, opiniões (verdadeiras ou não) pertinentes, elogios insinceros, ofensas pessoais, às vezes sinceras e justas, às vezes simplesmente maldosas, enfim, quem não segura a onda não abre blog.

Quanto ao fato de que no sul as coisas se passem como vc diz, e eu acredito, inclusive na existência de cristãos fresquinhos com suscetibilidades a flor da pele, é suficente para provar que se indispor por causa da fé como tal, na sua interioridade invisível, é profaná-la e, com isso, violar a própria consciência moral.
Por outro lado, já presenciei em universidades (e não foram poucas vezes) situações absurdas envolvendo pessoas que, embora não enchessem o saco de ninguém, ostentavam com orgulho sua fé, terem sido humilhadas por colegas e professores. E isso foi suficente também para eu tomar-lhes as dores, coisa que não é muito do meu feitio e pela qual tenho até algum repúdio.
Ninguém, moralmente falando, pode ser hostilizado (e eu tõ pensando aqui somente em querer ridicularizá-la)por sua fé ou falta de fé. Acho que o cristão que faz um troço desse comete um verdadeiro crime contra natura. Idem o ateu, que assim põe em descrédito a sua sincera crença na inutilidade, moral ou teórica, de se recorrer a um Deus criador etc. Não fica também isento o agnóstico, que, do mesmo modo que o ateu, afronta a sua própria dúvida e/ou indiferença perante a idéia de Deus.
Em suma, penso que o problema, que é realmente incendiário, pouco ou nada tem que ver com o confronto direto entre fé e razão, ou entre as várias posições possíveis perante o valor da ciência e da religião como tais.
O problema é de ordem moral e política. Esse negócio de querer legislar sobre as consciências, quer venha de esquerdopatas, quer de instituições religiosas sérias, quer, principalmente, do Estado ou mesmo de um sistema econômico auto-regulável como o capitalismo, é, repito, um crime contra natura e absolutamente (de todos os pontos de vista que se queira) inaceitável. Contribuir ou compactuar com tal soberba é o ápice do terrorismo e do pendor totalitário.
É absurdo criar privilégios jurídicos para cristãos, ateus, agnósticos, gays, machões, donas de casa, políticos, intelectuais, artistas, carecas como nós dois (hehehe), gente de pinto grande, gente de pinto pequeno, eunucos, heróis da resistência democrática, militares, donos de pitbull, mocreias falstronas, beldades anoréxicas, maconheiros, alcólatras, fumantes, transeuntes, motoristas de BMW, ladrões e assassinos, negro, branco, nordestino, campineiro, apreciadores de música erudita, detratores do jazz, menores infratores, prostitutas malsucedidas.........


Quanto a igrejas, essas de alvenaria, e iluministas, os franceses em espcial, não nutro muito simpátia mesmo.
Minha fé, como e quando realmente a sinto, é intangível
Minha igreja é invisível
Luzes, só as da razão, quando de fato a exerço.
No mais, incomodo-me com regras morais kantianamente cuspidas na cara dos outros
Juizo moral? Esforço-me para me limitar á avaliação de ações e modos de conduta (as próprias regras morais), pouco importando quem são os agentes, e nunca cair na tentação de julgar a intenção e o caráter das pessoas, excetuando, confortavelmente, a minha personalidade e temperamento.
O melhor e mais sólido critério moral é ser o mais duro possível na apreciação de nós mesmos.
Se eu violar isso que acabei de dizer acerca de juízo moral, não hesitem: caiam de pau sobre mim, vcs. estarão, mesmo sendo ateus, ajudando a suavizar as chagas de Cristo.