16 de setembro de 2007

Exegéticas das apologéticas III

professor universitário-contra qualquer forma de fascismo e de capitalismo, pela emnacipação da humanidade da bárbarie e da exploração. Por esses princípios nenhuma manifestação de variante fascista, covarde, caluniosa pode ser aceita contra quem quer que seja. Toda a solidariedade ao prof. Quartim e todos os membros do Cemarx, vitmimas de difamação e calunia. Marcos Del Roio O Marcos deu alguma coisa se dirige, não propriamente ao nosso diabólico Olavo, mas a “toda forma de fascismo e de capitalismo”. É o problema de se optar pelo aforismo. Esse negócio só serve mesmo pro Nietzsche, que é tudo menos prolixo. Eu gostaria muito de saber quantas e quais são essas formas. Mas acho que vou ter que estudar economia e teoria política, e muito, para descobrir. Como não poderia deixar de ser, o ilustre é professor universitário e, pelo visto, de universidade pública, porque se trabalhasse na iniciativa privada ou fosse dono de sua própria faculdade, eu diria que ele incorreu numa contradição performática. Mas como se trata de professor universitário, sua performance é mesmo a contradição. Ele parece lutar por toda humanidade para livrá-la daqueles que a exploram, que, obviamente, não podem ser humanos. Porque se fossem, fariam parte da classe dos explorados, que, como nos diz, é toda a humanidade.A não ser, meu caro Watson, que parte dos humanos sejam sado-masoquistas exploradores de si mesmos. É isso. Marcos deu rolo é um ativista anti-ação. Ele é contra qualquer empreendimento humano, porque fazer o que quer que seja implica, em alguma medida, empregar as próprias forças, e isso, evidentemente, é exploração, melhor, auto-exploração. Deve, portanto, ser um puta preguiçoso e vagabundo, pois não se permite a utilização, mínima que seja, de sua própria força de trabalho. E ai de você se acusá-lo de cometer esse leniente pecado capital. Marcão deu o roxo vai bradar na sua cara: “Arrefeça-se em sua vil atividade, seu fascistóide, eu repilo qualquer manifestação, você não pode explorar barbaramente suas cordas vocálicas ou suas mãos!”. Estão resolvidos todos os problemas da humanidade! Ufa, alguém tinha mesmo que falar essa verdade inconveniente. No action, no conflict. Já que abusei demais dos meus cansados neurônios (e da minha boa vontade), podemos concluir a análise desse aforismo dizendo que ele expressa, com muita parcimônia, é claro, a ética da não-exploração,que é o complemento de uma filosofia moral mais ampla da não-ação, teoria que, se for coerente, nunca verá a luz do dia